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02/09/2008 - 09:57

Síndrome do ‘tique nervoso’ ainda é uma incógnita para muitas pessoas

Quem nunca viu alguém que sofre com os tiques nervosos, se tornando o centro da atenção em alguns lugares públicos ou motivo de riso para os que não conhecem os sintomas dessa síndrome? Os tiques são movimentos involuntários, rápidos, repetitivos e estereotipados, que surgem de maneira súbita e não apresentam ritmo determinado. (fonte: www.neurociencias.org.br)

Alguns exemplos deles são piscadas de olhos e movimentos com os ombros, que podem ser contínuos, ou surgirem repentinamente. Além disso, essas manifestações também podem se dar na forma de sons emitidos pelo paciente. De acordo com a médica e psicanalista, Soraya Hissa de Carvalho, cada paciente tem uma intensidade diferente, sendo alguns casos, quase imperceptíveis.

A médica salienta que alguns pacientes, com grande esforço emocional, conseguem evitar os tiques. “Algumas pessoas têm um aumento na intensidade das manifestações por estarem em um momento de tensão ou ansiedade, mas, geralmente, quando a pessoa está dormindo, os movimentos diminuem”, explica.

Segundo Soraya, pouca gente sabe, mas, mais do que meras manias extravagantes, os tiques são a expressão mais perceptível de uma doença neurológica ainda incurável e pouco conhecida, chamada ‘Síndrome de Gilles de La Tourette’, ou Síndrome dos Tiques. “É um distúrbio de origem genética que não compromete a capacidade de raciocínio do portador, tampouco as habilidades físicas dele, mas que é fatal para a auto-estima”, afirma ela.

Sintomas - De acordo com a psicanalista, os portadores podem apresentar tiques motores - como movimentos bruscos de encolher os ombros, fazer caretas ou repuxar a cabeça -, tiques vocais - fungar, repetir palavras, grunhir ou fazer estalidos com a língua, ou não apresentar mais do que uma ligeira tendência depressiva e nenhum tique ou, pior, apresentar todos os distúrbios juntos.

“Não tem fórmula. É muito variada a manifestação da doença. E nem toda mania é sintoma da síndrome. Geralmente, os distúrbios aparecem na idade escolar. Se, em um ano, não desaparecerem, devem ser analisados por um neurologista. Se sumirem são os tiques normais, que muita gente tem quando criança e que não são motivo de preocupação”, alerta Soraya.

Tratamento - Até o momento, não há cura para os tiques e a Síndrome de Tourette, mas os medicamentos utilizados corretamente podem ajudar a aliviar os sintomas. Soraya explica que o tratamento envolve também a terapia psicossocial e a farmacológica, porém, antes de ser iniciado, deve-se fazer uma avaliação dos tiques, no que diz respeito a localização, freqüência e intensidade. “Também devem ser analisados aspectos como ambiente escolar e familiar, relacionamentos e distúrbios associados ao problema”, finaliza a médica.

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