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04/09/2008 - 10:37

FINEP investe R$ 69 milhões em navio polar para pesquisa oceanográfica


O Ocean Empress entra em operação em um ano e meio.

Um navio polar que será equipado com a mais avançada tecnologia para pesquisa oceanográfica é a nova aquisição da Marinha do Brasil. A embarcação, que está passando por obras de adaptação em um estaleiro na Alemanha, servirá de apoio ao Programa Antártico Brasileiro e deverá entrar em operação dentro de um ano e meio. A compra do navio de origem norueguesa Ocean Empress, que deve ser concluída nos próximos meses, conta com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Ministério da Ciência e Tecnologia, que aprovou recursos não-reembolsáveis de R$ 69 milhões para o projeto.

Entre as inovações tecnológicas que serão adpatadas ao navio estão um conjunto de sensores multifeixe que permitem captar imagens do fundo do mar e depois processá-las de maneira tridimensional. “Isso torna possível a análise, em detalhes, de objetos e de toda a geologia marinha”, afirma o coordenador do projeto, Fuad Gatt Kouri, Capitão-de-Mar-e-Guerra e superintendente de neios de Superfície da Marinha.

O Ocean Empress contará ainda com equipamentos avançados para a coleta de água, areia e lama no fundo do mar. Outra novidade é um sistema de posicionamento dinâmico, capaz de manter a embarcação parada em um determinado local, mesmo em condições de tempo e vento desfavoráveis. Com isso, a embarcação consegue uma coleta de dados muito mais precisa. Essa tecnologia já existe no mercado, mas ainda não é utilizada em navios de pesquisa brasileiros.

Além de cinco laboratórios para pesquisa, sendo dois “molhados” para receber amostras retiradas do mar, o novo navio tem capacidade para 106 pessoas (30 pesquisadores) e autonomia para 90 dias no mar. Ele está sendo preparado para realizar todo tipo de pesquisa antártica, nas áreas de meteorologia, geologia continental e marinha, oceanografia, biologia, astrofísica, geomagnetismo e geofísica nuclear.

“O novo navio vai representar um salto tecnológico nas pesquisas brasileiras, já que as tecnologias são de última geração”, afirma o comandante Kouri.

A idéia é que num futuro próximo, o Ocean Empress venha substituir o atual navio de pesquisa oceanográfica Ary Rongel, em operação desde 1994 na estação Almirante Ferraz, que fica na ilha Rei Jorge, no Arquipélago Shetlands do Sul. Segunda embarcação a servir de apoio logístico aos pesquisadores brasileiros na Antártica - o primeiro foi o navio Barão de Tefé que zarpou rumo à Estação em dezembro de 1982 - o Ary Rongel já está ultrapassado tecnologicamente.

A nova embarcação traz ainda a vantagem de ter amplo espaço interno e externo, além de operar com dois helicópteros (o Ary Rongel só tem capacidade para um). O projeto prevê um cyber café para acesso à internet via satélite e academia de ginástica.

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