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Picciani ressalta importância da retomada do terreno da UNE

O movimento da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pela retomada da posse do terreno das entidades na Praia do Flamengo, recebeu dia 14 de fevereiro, o apoio do presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), que se comprometeu a fazer gestões junto aos demais poderes, para agilizar a devolução da área, hoje ocupada por um estacionamento. Os deputados petistas Rodrigo Neves e Alessandro Molon e o deputado Fernando Gusmão (PCdoB) também estavam presentes na reunião com os estudantes, na Presidência da Alerj. Eles entregaram aos líderes estudantis uma moção de apoio aprovada pela maioria do plenário da Assembléia. Picciani ressaltou a importância de se reconquistar a área e disse que o Parlamento sempre apoiará iniciativas ligadas à educação. "A educação permite o desenvolvimento do País, a consciência ecológica, o combate à violência, entre muitas outras coisas", afirmou.

Rodrigo Neves, Alessandro Molon e Fernando Gusmão acompanham os estudantes desde o início deste mês, quando cerca de quatro mil alunos tomaram o terreno. O presidente da UNE, Gustavo Petta, disse que a expectativa é positiva, principalmente com o apoio do Legislativo e do Executivo estadual e municipal. Os estudantes, que também recorreram ao presidente Lula, aguardam agora uma decisão judicial que deve sair até dia 16. De acordo com o presidente da UNE, o juiz da 43ª Vara Cível havia concedido uma liminar que daria a retomada do terreno aos posseiros, donos do estacionamento que funciona no local. Mas antes mesmo de a ordem ser expedida, o magistrado a cancelou. "Ele convocou uma reunião para justificar a suspensão da liminar e agora estamos aguardando uma nova decisão", disse Gustavo Petta. O presidente da Alerj entrou em contato com o presidente do Tribunal de Justiça e encaminhou os representantes das entidades para uma reunião, agora com o Judiciário.

Além da posse do terreno, os estudantes buscam apoio da Petrobrás e do BNDES para construir a nova sede, com projeto doado por Oscar Niemeyer. A construção seria um novo ponto cultural e traria ao Rio de Janeiro, novamente, a referência de organização estudantil. Ainda há cerca de 150 alunos acampados no local, na expectativa de uma decisão positiva para o grupo.

O prédio da Praia do Flamengo, onde funcionava o Clube Germânico, foi doado aos estudantes pelo ex-presidente Getúlio Vargas na década de 1940. Em 1964, com o golpe militar, a UNE foi expulsa do prédio, que mais tarde foi incendiado. Na década de 1980, o prédio foi demolido e surgiu um estacionamento no lugar. Desde o fim da ditadura as entidades buscam reaver o terreno, que foi devolvido aos estudantes em 1994 pelo ex-presidente Itamar Franco. Na ocasião, o hoje deputado estadual Fernando Gusmão presidia a UNE.

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