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05/09/2008 - 11:06

Energia e investimentos em infra-estrutura são os principais desafios ao crescimento dos negócios na opinião dos CEOs brasileiros

Constata pesquisa da PricewaterhouseCoopers

Joinville – O cenário de negócios no Brasil deve se manter positivo com aumento nas vendas e nos investimentos e aceleração do ritmo de crescimento das empresas. Essa é a expectativa dos CEOs brasileiros não só para este ano, como para os próximos dois anos. A constatação é da 4ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, realizada pela PricewaterhouseCoopers junto a mais de 100 gestores do país e que faz parte de um trabalho mais amplo realizado em esfera mundial pela PricewaterhouseCoopers: a 11ª Annual Global CEO Survey, para a qual foram entrevistados 1.150 CEOs de 50 países, todos à frente de empresas com, no mínimo, 100 funcionários e faturamento superior a US$ 500 milhões.

Entre os líderes brasileiros entrevistados, 66% disseram estar muito confiantes no que diz respeito ao aumento de receita de suas empresas em 2008. Este índice foi superado em apenas dois dos demais países contemplados na pesquisa – Índia (90%) e China (73%). Na média mundial, 50% dos gestores revelaram estar muito confiantes com as perspectivas de expansão de suas companhias ao longo deste ano. “A estabilidade econômica e política e o compromisso do governo com o controle da inflação e o equilíbrio das contas externas têm sido fatores fundamentais para o aumento da competitividade das companhias brasileiras”, afirma Fernando Alves, presidente da PricewaterhouseCoopers - Brasil.

As oportunidades de crescimento trazem desafios igualmente complexos. Na opinião dos CEOs brasileiros, a oferta de energia, as deficiências em infra-estrutura e o excesso de regulação são, nesta ordem, os principais gargalos ao crescimento econômico que precisam ser superados no curto prazo. Outro fato que merece destaque é que pela primeira vez, desde que a PricewaterhouseCoopers iniciou a Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, a regulação deixou de liderar a lista de maiores preocupações entre os executivos, um indício de que, na visão dos gestores, o Estado brasileiro vem reduzindo gradativamente seu peso intervencionista na economia. Hoje, no entendimento de 76% dos entrevistados, o maior fator de aflição é a capacidade de o país gerar energia para sustentar o crescimento econômico projetado. Logo depois, vem a questão da infra-estrutura, um problema grave na opinião de 72% dos consultados.

Muitos dos gestores manifestaram apreensão com as dificuldades que o governo federal vem encontrando para realizar os investimentos planejados. Finalmente, o excesso de regulação da economia é o maior desafio a ser superado, segundo 70% dos CEOs. “A despeito dos avanços econômicos e políticos do país, a oferta de energia e as deficiências em infraestrutura ainda são obstáculos muito resentes no dia-a-dia das empresas”, afirma Fernando Alves.

Um terço dos líderes empresariais brasileiros declara intenção de realizar transações de fusão e aquisição e 57% acreditam que esse tipo de operação terá papel mais importante para a expansão dos negócios em um horizonte de médio prazo. Entre os gestores internacionais, a investida em fusões e aquisições promete ser mais modesta. Apenas 30% deles acreditam que suas corporações darão este passo num prazo de três anos.

O processo de expansão das grandes corporações mundiais depende cada vez mais de outros fatores não necessariamente de ordem financeira ou relativos ao comportamento do mercado. Os principais gestores têm demonstrado uma crescente preocupação com questões intangíveis capazes de afetar diretamente o desempenho das empresas. Um deles é a valorização do capital humano. Entre os líderes brasileiros, 90% concordam ou concordam plenamente que a gestão dos profissionais de sua empresa é uma prioridade estratégica. “Não surpreende que o capital humano esteja entre os itens prioritários, especialmente considerando a realidade e as limitações de nosso sistema educacional e de formação profissional”, diz Fernando Alves.

Outra questão com crescente importância no radar dos executivos é o meio ambiente, notadamente o impacto das mudanças climáticas sobre seus negócios. No Brasil, o motivo de maior apreensão são os efeitos das alterações no clima sobre o custo de energia. Segundo a pesquisa, 66% dos CEOs mostraram-se moderados ou excessivamente preocupados com o aumento das tarifas energéticas. O segundo item é o risco de interrupção na cadeia de suprimentos, que provoca relativa ou extrema apreensão entre 38% dos executivos consultados. Entre os gestores brasileiros, 90% consideram que os governos devem liderar um movimento internacional para reduzir os efeitos das transformações climáticas sobre as atividades produtivas.

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