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06/09/2008 - 08:48

Petrobras dá partida na construção de navios em Pernambuco


Presidente Lula marca presença e compara carreira profissional, como metalúrgico, com as oportunidades que os trabalhadores do estaleiro têm agora. "O nordestino quando tem chance, abraça com vontade. Passamos 22 anos sem construir um alto forno, sem aumentar a capacidade de produção de aço. Com a realização do PAC, e seus objetivos, temos orgulho desse País, que reacende a indústria naval”, afirma.

Com o início do corte do aço no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca, Pernambuco, no dia 5 de setembro (sexta-feira) , a Petrobras dá a partida que proporcionará uma nova era na indústria naval brasileira. Começa a construção do primeiro dos 49 navios previstos para as duas fases do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef). Com isso, o setor já está em plena fase de revitalização: os estaleiros modernizam suas instalações e se tornam de novo competitivos. Além disso, programas especiais formam e qualificam mão-de-obra.

Um dos importantes projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Promef foi inteiramente elaborado e executado pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e vai proporcionar cerca de 40 mil empregos diretos e 120 mil indiretos em suas duas etapas. A primeira fase prevê a construção de 26 navios, entre petroleiros e gaseiros, com um investimento de US$ 2,5 bilhões. Na segunda etapa serão mais 23 navios.

O presidente Lula comparou o começo da carreira profissional, como metalúrgico, com as oportunidades que os trabalhadores do estaleiro têm agora. "O nordestino quando tem chance, abraça com vontade. Passamos 22 anos sem construir um alto forno, sem aumentar a capacidade de produção de aço. Com a realização do PAC, e seus objetivos, temos orgulho desse País, que reacende a indústria naval”, afirmou.

De acordo com o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, “com a construção do estaleiro, o brasileiro terá a oportunidade de ter carteira assinada e melhor qualidade de vida”, disse. Para o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o grande esforço para a construção dessa obra não foi em vão. “Ver os jovens tendo acesso ao primeiro emprego, podendo exercer uma atividade econômica dá mais perspectiva de futuro. Isso é resultado de uma organização política correta, que visa diminuir a desigualdade social”, comentou.

Na primeira fase, foram licitados dez navios Suezmax, cinco Aframax, quatro Panamax, quatro navios de produtos e três navios para transporte de gás liquefeito de petróleo (GLP). O Estaleiro Atlântico Sul está começando a construção de dez petroleiros Suezmax, a um preço global de US$ 1,2 bilhão. Os outros 16 navios desta fase serão construídos no Rio de Janeiro e em Santa Catarina.

A Transpetro lançou, no início de julho, o edital de licitação internacional para a segunda fase do Promef. Esta nova etapa prevê a licitação de 22 navios e a contratação direta de mais um, para transporte de GLP em fase de construção pelo Estaleiro Itajaí, em Santa Catarina. Serão, ao todo, sete navios DP (Posicionamento Dinâmico) – quatro Suezmax e três Aframax – oito navios de produtos, cinco gaseiros e três navios para transporte bunker (combustível para embarcações).

Na primeira fase do programa, os 26 navios somarão 2 milhões e 700 mil toneladas de porte bruto, ao custo total de US$ 2,5 bilhões. Só para essa etapa serão consumidas 440 mil toneladas de chapas grossas de aço. Na segunda fase, serão mais 23 navios, com um total de 1 milhão e 300 mil toneladas, que utilizarão 240 mil toneladas de aço.

O impacto positivo anual que o programa terá na Balança de Pagamentos será de US$ 600 milhões: US$ 330 milhões na primeira fase e US$ 270 milhões na segunda. Assim, a Petrobras vai ajudar a restituir a nossa soberania no setor do transporte marítimo, que representa um gasto anual de US$ 10 bilhões para o País. Deste total, menos de 4% são pagos a armadores brasileiros. Estes números adquirem ainda maior importância quando se sabe que 80% do comércio internacional são feitos por mar. No Brasil, o percentual sobe para 95%.

O Promef não tem como objetivo principal apenas construir navios no Brasil: sua principal premissa é garantir escala para que os estaleiros voltem a adquirir, como ocorreu no passado, condições de competir internacionalmente. O País está retomando, assim, uma posição destacada no mercado mundial de navios de grande porte, como já ocorrera nas décadas de 60 e 70, quando chegou a ser o segundo maior fabricante. Os resultados do impulso representado pelo programa já são visíveis: aumentou consideravelmente o volume geral de encomendas feitas aos nossos estaleiros – incluindo pedidos de outros países.

As novas descobertas de jazidas pela Petrobras e o aumento previsto da produção estão gerando novas demandas logísticas, com reflexos sobre o Promef. A importância estratégica de construir navios no Brasil é, assim, transformada pelo programa em oportunidade de investimentos e desenvolvimento para o País.

Promef - Dados gerais: Primeira fase – Construção de 26 navios-petroleiros e gaseiros: Dez Suezmax, cinco Aframax, quatro Panamx, quatro navios de Produtos e três para transportar Gás Liquefeito de Petróleo (GLP); | Segunda fase – Construção de 23 navios-petroleiros e gaseiros: sete navios DP (Posicionamento Dinâmico) – quatro Suezmax e três Aframax – oito navios de Produtos, cinco para GLP e três para Bunker (combustível de embarcação) | Investimento na primeira fase: US$ 2,5 bilhões; | Empregos diretos gerados nas duas fases chegam aos 40 mil | Consumo de aço: 440 mil toneladas na primeira fase e 240 mil toneladas na segunda etapa.

. Leia também Diretor da Transpetro fala do corte de aço para produção dos primeiros navios petroleiros

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