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O aposentado e o Meio Ambiente

A divulgação de um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas deixou o mundo perplexo. De acordo com o documento, o homem é o principal responsável pelo aquecimento global, despejando toneladas de gás carbônico na atmosfera através das chaminés de indústrias e do escapamento dos veículos. O reflexo dessa poluição ao Meio Ambiente já se reflete no clima do planeta, sobretudo para quem vive no Hemisfério Norte e tem sofrido com o calor escaldante do verão e o frio insuportável do inverno. No Brasil, a situação não é diferente. Estudos indicam que a faixa de areia de praias paulistas diminuiu com o derretimento das geleiras dos pólos.

A partir de agora, cuidar do Meio Ambiente não se trata apenas de um dever, mas uma obrigação de todos. Pelos cálculos dos cientistas, a temperatura do planeta pode subir até 6º C em relação aos níveis atuais. Será esse o mundo que pretendemos deixar para nossos filhos e netos? Tenho certeza que não. Ninguém, em sã consciência, deseja viver em uma atmosfera inóspita, utilizando roupas especiais para se proteger dos raios ultravioleta e máscaras de oxigênio.

Os aposentados também não podem se esquivar desse debate. Digo isso porque, semanas atrás, ouvi comentários assustadores de um senhor em uma roda de bate-papo. Ele dizia que seu tempo estava se esgotando e não havia o que fazer. O problema teria de ser resolvido pelos jovens. Ledo engano. Se tivesse um pouco mais de consciência, ele concluiria que grande parte do problema surgiu por causa da poluição que as gerações anteriores e as atuais despejaram e despejam na atmosfera.

Não estou sugerindo que os aposentados peguem pás e enxadas e saiam por aí plantando árvores para amenizar a quantidade de gás carbônico no ar. Isso ajudaria, mas não é o caso. Pelo menos por enquanto. O importante é não dar as costas para o problema. A consciência ecológica de um filho ou neto pode nascer dentro de casa, com ações simples como a economia de água potável e energia elétrica, a destinação correta do lixo doméstico e até o respeito pelos animais.

Como se vê, não é preciso ser um especialista para ajudar na preservação do planeta. Pequenos gestos podem ter impacto profundo e imediato no Meio Ambiente. Basta ter um pouco de vontade e manter-se aberto para o que vier pela frente. Acho que isso não é pedir muito, não é mesmo? Principalmente quando o futuro dos jovens está em jogo. O relatório divulgado em Paris prevê a reversão do quadro se houver conscientização da humanidade. Leva tempo, é verdade. Mas se não fizermos nada para amenizar a situação, estaremos assinando a sentença de morte de nossos filhos, netos e das próximas gerações.

.Por: Milton Dallari é consultor empresarial, engenheiro, advogado e presidente da Associação dos Aposentados da Fundação Cesp. O e-mail para contato é o [email protected] .

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