Cara e Cultura Negra 2008

Com fotos inéditas da holandesa Bertie Winkel Rook.

O que um índio dos Andes, um Padaung em Birma, um Huli na Nova Guiné Papua e um membro Maasai do Quênia têm em comum? Todos eles já foram capturados pelas lentes de Bertie Winkel que, fascinada pelas suas pinturas, jóias, trajes, tatuagens e expressões faciais registra grupos e lugarejos que em breve poderão não mais existir.

Parte do que as lentes de Bertie Winkel registrou no continente africano estará na mostra internacional “No Coração da África”, que acontecerá de 05 a 14 de novembro no Teatro Nacional Cláudio Santoro. A mostra é uma das atrações do Festival Cara e Cultura Negra 2008, realizado pela Prefeitura do Setor de Diversões Sul, ONG Nossa Marca e produzido pela Griô Produções.

"Para mim, o que mais atrai nessas pessoas é o fato que eles se adornam. Na maioria das vezes por que querem somente embelezar-se. Mas às vezes a pintura ou as jóias têm outras funções”, diz Bertie.

Com muita sensibilidade Bertie Winkel leva para sua fotografia a realidade que permeia os fotografados, registrando como eles realmente são. “O ideal é quando passamos um período maior em uma aldeia. Então, as pessoas acostumam-se a nós. Foi o que ocorreu no Quênia, onde nós passamos um bom tempo numa aldeia Maasai com futuros guerreiros e suas mães. Aquelas cabeças, com pinturas vermelhas durante um determinado ritual… em dez anos isso tudo pode desaparecer e esses Maasai podem ser tão modernizados como outros grupos étnicos do Quênia”.

Cara e Cultura Negra é um programa de ações anuais que visa promover e preservar a identidade cultural, social e econômica resultante da influência da raça negra na construção da sociedade brasileira, e potencializar a participação dessa população no processo de desenvolvimento, a partir de sua história e cultura. | Site: www.caraeculturanegra.com.br