Emprego em alta na indústria da Baixada

Sondagem da Firjan na região revela bom desempenho no 2º trimestre de 2008.

A indústria da região da Baixada Fluminense II - que inclui Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e todos os municípios até Guapimirim – registrou no primeiro trimestre do ano alta no emprego e no uso da capacidade instalada das empresas. A produção recuou pouco, mas se manteve próxima à estabilidade. Os dados são da Sondagem Econômica Regional, elaborada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O levantamento utiliza uma escala de zero a 100, onde 50 é o número que representa a estabilidade.

O indicador de emprego na região registrou 54 pontos, mantendo uma alta que vem desde o terceiro trimestre de 2007. Quanto à situação financeira das empresas, foram 51 pontos, o que demonstra um momento positivo que já vem de três trimestres consecutivos.

A margem de lucro caiu para 43 pontos, por conta da alta nos custos das matérias-primas e da competição de mercado. Um problema na região tem sido o acesso ao crédito. Na sondagem do 1º trimestre, havia marcado 46 pontos, abaixo da estabilidade pela primeira vez na série. Neste 2º trimestre, ficou em 49 pontos, mais próximo da estabilidade.

A produção registrou 47 pontos, quebrando uma seqüência positiva que já dura cinco trimestres. O estoque de produtos finais, que vinha registrando estabilidade, atingiu 57 pontos, o que mostra a boa capacidade de previsão dos empresários da região, que vão poupar custos com estoque e logística. O uso da capacidade instalada na região, medido em pontos percentuais, ficou em 79%, contra 77% do trimestre anterior.

A Sondagem investigou a avaliação dos empresários quanto às condições do próprio negócio neste momento e nos próximos seis meses. Os indicadores ficaram em 52 e 62 pontos, respectivamente, demonstrando otimismo.

Outros indicadores de futuro também evidenciam o bom momento. As perspectivas para os próximos seis meses estão positivas com relação a demanda por produtos (64), compra de matéria-prima (58) e contratação de trabalhadores (56).

Para descobrir quais são as maiores dificuldades dos empresários, faz parte da Sondagem Econômica uma pesquisa de opinião, com resultados percentuais. A competição acirrada foi citada por 65% como o principal entrave ao crescimento. A carga tributária vem em seguida com 61%, o que reforça o apelo da Firjan por reformas que melhorem o ambiente de negócios.