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10/09/2008 - 09:55

Ergonomia como agente transformador

A Ergonomia surgiu há alguns séculos, mas foi a partir da 2ª Guerra Mundial que começou a ser reconhecida. No início, a ergonomia buscou o estabelecimento das medidas e limites impostos ao ser humano, a necessidade de se estudar os arranjos físicos do local de trabalho e sua interação com o trabalhador. Posteriormente, começaram também os estudos em relação a aspectos como ruídos, vibrações, temperatura e iluminação.

Com a informatização dos sistemas, a ergonomia ganhou uma visão cognitiva do trabalho, através de como a informação é captada e processada para gerar uma resposta por parte da máquina ou do homem.

Hoje, a ergonomia formula propostas baseadas no processo organizacional. O estudo não está centrado somente na tecnologia empregada para desenvolver um produto, nem apenas no ser humano ou no ambiente ao redor, mas na união de todos estes fatores. Esse estudo é chamado de Macroergonomia.

Tal definição está em estreita relação com a definição de Ergonomia proposta pela Associação Internacional de Ergonomia (International Ergonomics Association) de 2003, que explica: “Ergonomia (ou fatores humanos) é a disciplina científica dedicada ao conhecimento das interações entre o ser humano e outros elementos de um sistema, é a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para o projeto, de modo a otimizar o bem-estar do ser humano e o desempenho do sistema como um todo. O ergonomista contribui para a projeção e a avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, meio ambientes e sistemas para torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas”.

A capacidade de olhar para a empresa como um todo, desconstruí-la e posteriormente propor uma reconstrução inovadora e eficaz dependem da capacidade técnica do Ergonomista (profissional que usa a ergonomia como ferramenta de transformação) e dos objetivos da instituição que busca uma resposta ergonômica.

Equilibrar aspectos como: saúde do trabalhador, qualidade de vida, segurança, conforto, possibilidade de execução do trabalho, valorização das capacidades dos indivíduos e a viabilidade econômica dos projetos devem permear a ação ergonômica. Essas ações são complementares quando permitem a observação do local de trabalho sob as lógicas social e produtiva. O problema surge quando aspectos relacionados a custos, organização e produção impedem reflexões mais aprofundadas. Tal postura dificulta o trabalho mais amplo, porém, não o impede.

O mundo está em constante transformação, e as empresas necessitam buscar um diferencial por meio de ações estruturadas e focadas. O desempenho de atividades dos trabalhadores requer atenção não apenas no mobiliário, mas também na revisão de todo o processo produtivo. Isso fará com que a eficácia das ações das empresas rumo a um futuro promissor seja estabelecida com uma base científica e segura. E para isso, a Ergonomia tornou-se fundamental.

. Por: Rodrigo Azevedo de Oliveira é graduado em Fisioterapia pela Univali-SC, especialista em Fisioterapia Traumato/ortopédica e Osteopatia pelo CBES, especializando do curso de Ergonomia pela UFPR, e atua na área de Prevenção Laboral e atividade física empresarial pela SEFIT – Serviços Especializados em Fisioterapia do Trabalho. | . Camila Machado Salmória é graduada em Fisioterapia pela PUCPR e especializanda do curso de Ergonomia pela UFPR. Participou da Residência em Ergonomia na empresa BS Colway Pneus, e atua na área de Prevenção Laboral e atividade física empresarial pela SEFIT – Serviços Especializados em Fisioterapia do Trabalho.

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