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11/09/2008 - 07:45

Congresso de Medicina Nuclear em Vitória

Próxima semana, no Centro de Convenções de Vitória.

Entre 18 e 21 de setembro de 2008, das 9 às 18 horas, no Centro de Convenções de Vitória, no Espírito Santo, a Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SBBMN) realizará o XXIV Congresso Brasileiro de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular Espera-se a participação de 500 profissionais da saúde, entre médicos nucleares e de outras especialidades, biomédicos, tecnólogos, biólogos, físicos, farmacêuticos, químicos e outros, que assistirão palestras, simpósios e mesas-redondas sobre pesquisas, avanços tecnológicos, radiofármacos, proteção radiológica, diagnóstico e tratamento de doenças através da Medicina Nuclear.

Avanços da Medicina Nuclear - Nos últimos anos, cresceu a aplicação da Medicina Nuclear no Brasil. Além disso, esta especialidade entrou na geração de equipamentos híbridos, que fornecem informações funcionais e anatômicas, como o SPECT/CT. Em 2003, chegou ao Brasil a Tomografia por Emissão Pósitrons (PET), que permite a avaliação metabólica e fisiológica das patologias, com grande aplicação na Oncologia, na Cardiologia e na Neurologia. Em seguida, passou-se a usar a PET/CT, mais um equipamento híbrido, que une a PET com a Tomografia, incorporando informações metabólicas (Medicina Nuclear) e anatômicas (Tomografia Computadorizada).

Hoje, existem cerca de 20 equipamentos de PET/CT instalados no país e vários em fase de aquisição, ou em instalação nas mais diversas regiões brasileiras.

A maioria absoluta de procedimentos da Medicina Nuclear é coberta pelo SUS, por convênios médicos e faz parte da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Infelizmente, a PET/CT, que está na CBHPM, ainda não é coberta pelo SUS, apesar de diversos estudos terem comprovado sua importância e eficiência e dos esforços da SBBMN junto às autoridades competentes.

Exame modifica tratamento do linfoma - Nos casos de linfoma, o resultado da PET/CT modifica o tratamento proposto em cerca de 30 a 40% das situações, o que na prática, para o paciente, significa melhor qualidade de vida, menos sofrimento e até maior sobrevida. Os linfomas correspondem a 8% dos tumores malignos e, em geral, acometem jovens. Com a evolução dos métodos terapêuticos, a taxa de cura em longo prazo é de mais de 80%. Mas, para tanto, é fundamental individualizar o tratamento, o que só pode ser feito com o uso de um método diagnóstico que avalia com precisão a extensão da doença e a resposta terapêutica, o que é perfeitamente realizado pela PET.

PET no câncer de mama - A PET é particularmente útil no reestadiamento de pacientes com câncer de mama, na avaliação da resposta à terapia e como método decisivo quando exames convencionais são equivocados. Também tem demonstrado capacidade particular de avaliação da resposta à quimioterapia em pacientes com câncer de mama avançado e naqueles com doença metastática.

A Medicina vive a transição de diagnóstico baseado em técnicas anatômicas para diagnóstico baseado em técnicas metabólicas. Os tumores malignos consomem glicose avidamente, o que faz com que possam ser detectados através da PET com Glicose Marcada. Isso significa que é possível avaliar o funcionamento dos órgãos “in vivo”.

Em 36% dos casos de câncer de mama avançado, usando a PET, há mudança no estadiamento clínico e pode ocorrer mudança na conduta clínica em 58% dos casos. Além disso, a PET mostra a resposta do paciente à quimioterapia já nos primeiros ciclos do tratamento, o que pode levar à mudança de conduta. Na prática, para o paciente, isso significa menos ansiedade, menos sofrimento, mais qualidade de vida e até maior sobrevida.

Medicina e as doenças nas articulações - Hemofílicos e pacientes com Artrite Reumatóide sofrem de problemas que comprometem as articulações – artropatias -, doenças que tendem a progredir e reduzir a mobilidade articular. Na hemofilia, a deficiência do fator de coagulação provoca sangramentos, sendo que 80% destas hemorragias ocorrem nas articulações originando a artropatia hemofílica que, se não tratada adequadamente, pode provocar até perda total da capacidade de uma articulação se movimentar.

Tratamento simples e pouco invasivo, capaz de melhorar a qualidade de vida desses pacientes, é oferecido por serviços de Medicina Nuclear de Brasília, Curitiba e Cuiabá: a Radiossinoviortese, ou Sinovectomia Radioativa, que consiste na infiltração intra-articular de material radioativo, como alternativa à cirurgia, que é mais agressiva.

Atualmente, o tratamento está sendo estendido para a Reumatologia e para a Ortopedia porque um número maior de pessoas pode se beneficiar dessa terapia, pouco conhecida na América Latina e comum nos serviços de Medicina Nuclear da Europa, onde o procedimento é realizado em 99% das vezes em pacientes com Artrite Reumatóide e outras artropatias. | Site www.sbbmn.org.br.

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