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12/09/2008 - 08:42

Setor siderúrgico aparece no topo das recomendações dos analistas para setembro

São Paulo - O setor siderúrgico aparece no topo da lista dos mais citados nas carteiras recomendadas para setembro, segundo levantamento realizado pela InfoMoney.

Dentre a avaliação de 17 corretoras e bancos de investimento, as ações do segmento receberam o maior número de sugestões. De um total de 165 recomendações, os ativos do setor apareceram em 24 indicações.

Fundamentos e patamar atrativo garantem liderança - O segmento aparece no ponto mais alto do pódio pela primeira vez em 2008. De um modo geral, o cenário bastante favorável no mercado interno e a crescente demanda por aço, com amparo também na expectativa de novo reajuste nos preços da commodity, sustentam o otimismo.

Os analistas também afirmam que a oferta reduzida e o consumo cada vez maior geram um cenário extremamente favorável às siderúrgicas no longo prazo. Para a Link Investimentos, a demanda aquecida, a alta nos preços do aço e a produção própria de minério de ferro devem continuar favorecendo as empresas do setor e melhorando sua rentabilidade.

Já o Citigroup acredita que o mercado brasileiro de aço atualmente mostra os melhores fundamentos do mundo. "A demanda é crescente e a estrutura de participantes mostra um oligopólio bem definido. Não há interferência governamental, os custos produtivos são relativamente baixos e, para fechar, não há competição significativa com produtos importados".

Por fim, a forte queda recente das siderúrgicas - entre elas CSN, Gerdau e Usiminas - também foi levada em conta pelos analistas, que não vêem motivos para a fraca performance uma vez que as expectativas para o setor continuam bastante favoráveis.

Deste modo, o atual patamar dos ativos é considerado como uma boa oportunidade para o investidor formar uma posição de longo prazo no setor da Bolsa que mais se valorizou no ano passado.

Setor financeiro cai para o segundo lugar - Com 22 indicações, os papéis do setor financeiro aparecem no segundo lugar dentre os mais recomendados, depois de quatro meses consecutivos na liderança. Basicamente, os analistas acreditam que a tendência para segmento continua favorável, devido à forte ampliação do crédito e ao crescimento econômico brasileiro.

Mesmo com o impacto do aperto monetário, os analistas do Unibanco esperam expansão média de 25% nos financiamentos, além de destacarem que o setor também se beneficia do ligeiro avanço do consumo interno e da estabilidade da inadimplência.

Já a equipe do BlackRock afirma que "os bancos provaram ao longo do tempo serem capazes de registrar lucros em praticamente qualquer cenário", a despeito dos temores de que o atual ciclo alta no juro básico pese sobre a expansão na concessão de crédito no Brasil.

Em adição, o IPO (Initial Public Offering) da VisaNet - um dos mais esperados dos últimos tempos - deve beneficiar duas das principais instituições financeiras do País: Bradesco e Banco do Brasil, que devem se aproveitar do fato de possuírem grande participação na companhia para alavancar seus ganhos nos próximos trimestres.

Contudo, quando a avaliação setorial é focada em um horizonte mais de longo prazo, o cenário preocupa. As principais razões são os maiores custos para captação de recursos, além da expectativa de desaceleração do movimento de expansão do crédito em 2009 em função justamente do impacto do atual enrijecimento da política monetária.

Consumo e Varejo completa o pódio - Com 21 sugestões, o setor de consumo e varejo completa o pódio. A perspectiva de manutenção das fortes vendas nos próximos meses, sustentada pelas melhores condições do mercado de trabalho e pelo crescimento do crédito, colocam os ativos do segmento como boa opção de investimento.

Na avaliação da Fator Corretora, a combinação de crescimento populacional e urbanização, relativa estabilidade econômica e demanda reprimida vem permitindo ao Brasil superar seus obstáculos, como baixa renda per capta e desigualdade social, colocando-o entre as potências emergentes do consumo.

Já o Unibanco avalia que o ambiente econômico, mais especificamente a demanda doméstica, segue suportando as boas estimativas para os papéis de consumo e varejo e sustentando os bons resultados.

Com relação ao aperto monetário promovido pelo Copom (Comitê de Política Monetária), os analistas acreditam que não deve abalar a solidez das vendas do comércio varejista no Brasil.

"Mesmo estando o consumidor já preocupado com a inflação, o mercado de trabalho ainda está muito apertado e a massa salarial ainda está crescendo - o que deve garantir ao comércio varejista resultados ainda bons nos próximos meses", interpreta a equipe do Santander.


O número de recomendações de cada setor:

Setor | Recomendações | Porcentagem

Siderúrgico: 24 | 14,55%

Financeiro: 22 | 13,33%

Consumo e Varejo: 21 | 12,73%

Mineração: 16 | 9,70%

Petróleo e Gás: 15 | 9,09%

Energia e Saneamento: 15 | 9,09%

Industrial: 15 | 9,09%

Telecomunicações: 12 | 7,27%

Transportes: 10 | 6,06%

Imobiliário: 7 | 4,24%

Papel e Celulose: 5 | 3,03%

Petroquímico: 2 | 1,21%

Tecnologia e Informática: 1 | 0,61%

Total: 165 | 100%

As carteiras selecionadas são de: Ágora, Ativa, Citigroup, Coinvalores, Fator, Geração Futuro, HSBC, Itaú, Planner, Safra, Senso, Socopa, Souza Barros, Spinelli, UBS Pactual, Unibanco e Win. || Por: Gabriel Ignatti Casonato/ InfoMoney

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