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12/09/2008 - 09:30

Classe c aumenta presença nas universidades com o crédito Pravaler

Estudantes que contam com a opção de financiamento buscam cursos com maior valor percebido.

Os estudantes da classe C estão mais presentes nas salas de aulas de universidades e faculdades, graças à opção de financiar sua graduação com crédito universitário. A conclusão é resultado de pesquisa apresentada durante o III Fórum de Crédito Universitário, promovido pela Ideal Invest, maior empresa brasileira de Crédito Universitário privado. O estudo considera os dados de 107 mil alunos que, antes de ingressar na graduação em 2008, manifestaram o desejo de contar com o programa de Crédito Universitário Pravaler - que permite ao aluno pagar metade da mensalidade durante o curso e dobrar o tempo de pagamento da graduação.

Segundo o levantamento, 43,6% dos alunos que buscam o financiamento pertencem à classe C e fazem parte de famílias cuja renda per capita é de até 1,87 salário mínimo. Ainda assim, demandam cursos cuja mensalidade média está na faixa de R$ 600 a R$ 1000. “Isso sinaliza que as escolas, que usaram a redução da mensalidade como principal ferramenta para atrair alunos nos últimos anos, começarão a sentir pressão por cursos melhores, que ofereçam mais perspectivas de carreira, mesmo que custem mais caro”, aponta Oliver Mizne, CEO da Ideal Invest.

Os dados revelam que os estudantes, caso tenham condições, preferem escolher cursos percebidos como melhores independente do valor das mensalidades. “Saber que existe uma alternativa de crédito universitário privado mudou o padrão de escolhas dos cursos”, afirma Mizne. “A possibilidade de pleitear o crédito antes do vestibular permitiu aos alunos eliminar uma das mais importantes barreiras para entrar na faculdade, além de estimulá-los a buscar os cursos e faculdades que eles realmente desejam, mesmo que sejam mais caros”, enfatiza.

O levantamento também constatou que 63% dos alunos que demandam o crédito trabalham e que 78%, caso concluam o curso, serão os primeiros de suas famílias a se formarem na universidade.

Mudanças e consolidação - Convidado a abrir o fórum, Gabriel Mário Rodrigues, presidente da ABMES (Associação de Mantenedoras de Ensino Superior) e Reitor da Universidade Anhembi Morumbi, reiterou a mudança do perfil dos estudantes de ensino superior no Brasil. “Na década de 50, o ensino superior era apenas para elite. Hoje, há uma maior demanda das classes emergentes e o ensino superior deve atender a demanda das classes C e D”, afirma.

Para o analista do setor de educação da Itaú Corretora, Luciano Campos, isso altera o cenário do mercado privado de educação superior, uma vez que “o crédito estudantil permite às instituições atrair alunos sem ter de, para isso, precisar reduzir o valor das suas mensalidades”. O ponto mereceu a concordância de Walter Braga, presidente da Kroton, que destacou, durante sua palestra no evento, a importância de se garantir aos alunos condições de pagamento para que eles cursem a graduação.

Sobre a tendência de consolidação do segmento educacional, tanto Eduardo Wurzmann, presidente da Veris Educacional, quanto Marco Rossi, diretor financeiro e de Relações com Investidores da SEB, sugeriram que as intensas movimentações no segmento, com fusões e aquisições, tendem a se manter.

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