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17/09/2008 - 09:41

Setor de design espera atingir US$ 500 milhões em investimentos nos próximos dois anos


A primeira edição do Brazil Design Week, no formato das grandes feiras e congressos internacionais, se encerra superando as expectativas e coloca o Brasil na agenda mundial do design.

O balanço da primeira edição do Brazil Design Week – Inovação como Estratégia de Negócio, maior evento do segmento voltado para geração de negócios em design e inovação já realizado no Brasil, não podia ser mais positivo. Fruto de um investimento de R$ 2 milhões, o evento superou as expectativas dos organizadores, que a princípio esperavam uma média de três mil visitantes, sendo que a feira recebeu mais de quatro mil pessoas, principalmente empresários e executivos de empresas de diferentes setores, contribuindo para o fechamento de negócios futuros, além da promoção dos profissionais brasileiros no mercado mundial.

“Atingimos o nosso principal objetivo, que era inserir o Brasil no calendário de design internacional e, com o apoio da Apex-Brasil, pretendemos levar o evento para Nova York já em 2010. Conseguimos integrar empresas de vários setores e instituições, para promover o mercado de design. As conversas que tivemos com BNDES e Sebrae, por exemplo, serão fundamentais para expandirmos e fortalecermos os investimentos em design dentro do Brasil”, diz L uciano Deos, coordenador geral do evento, vice-presidente da Abedesign e diretor-presidente do GAD’.

O executivo adianta que o setor projeta US$ 500 milhões em investimentos nos próximos dois anos. Hoje, a atividade movimenta cerca de US$ 150 milhões no mercado brasileiro. “Para isso é necessário que as empresas reconheçam o investimento em design e inovação como um diferencial para o resultado efetivo de seus negócios. E essa avalancagem é essencial para que possamos concorrer internacionalmente, fortalecer as empresas de design e assim conseguir desenvolver projetos cada vez mais complexos”, avalia.

O Brazil Design Week contou com seis seminários setoriais, fóruns políticos, governamentais, associativistas, de fomento e ensino, workshops e rodadas de negócios, que promoveram uma aproximação entre governo, agentes do setor e indústria. Além disso, os principais especialistas nacionais e internacionais do segmento na atualidade apresentaram cases empresariais de alta relevância e destaque, como Motorola, Starbucks, Procter & Gamble, Fiat, OXO e Secus, entre outros. “Contamos com a presença de mais de 60 empresas compradoras nas rodadas de negócios. Um ótimo resultado para essa primeira edição do evento”, contabiliza Deos. Representantes da Inglaterra, Coréia e Espanha trouxeram a experiência de seus países na formatação de políticas públicas para o fomento de design.

Outra atividade importante foi a exposição “Design Brasil no século XXI – Inovação na Indústria Brasileira”, que reuniu cerca de 80 trabalhos nacionais, industrializados ou em fase de produção, abrangendo todos os setores da indústria brasileira - veículos, eletrodomésticos, aparelhos de lazer e medicina, utensílios domésticos, mobiliários etc. São trabalhos consagrados entre os melhores nos mais importantes prêmios nacionais e internacionais, como iF Design, Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, IDEA Brasil e Red Dot.

Convênio com Apex-Brasil - Após um primeiro convênio entre a Abedesign (Associação Brasileiros de Empresas de Design) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), com aporte de US$ 2 milhões, um novo acordo já está na pauta das duas instituições. As negociações caminham para o valor de US$ 10 milhões, que contribuirá para criar demanda para os serviços brasileiros de design no exterior.

“Se esse convênio se concretizar será o maior investimento já feito para promover o design brasileiro. Temos excelentes designers, rapidez na entrega e preço mais baixo do que os concorrentes internacionais. Além disso, possuímos uma cultura miscigenada e um jeito de lidar com os clientes e projetos de forma mais aberta. Essa é a parte fundamental para a geração de valor criativo. Por essa razão, já temos tantos cases de sucesso no mundo e o evento contribuiu ainda mais para a promoção e mobilização desses profissionais”, analisa Manoel Müller, presidente da Abedesign (Associação Brasileira de Empresas de Design) e diretor-presidente da Müller & Camacho.

Design e inovação como ferramentas de negócio - O Brazil Design Week conseguiu reunir em um mesmo local as empresas do setor, as agências de fomento, associativistas e políticas, além de grandes marcas nacionais e internacionais, todos empenhados em mostrar que o design e a inovação agem como uma ferramenta estratégica para os negócios. "Com o evento, todos nós aprendemos a lidar com esta nova forma de trabalhar em parceria. Conseguimos mostrar que o design brasileiro tem potencial e caminha rumo a um espaço cada vez mais destacado na economia nacional e no mercado mundial. Acredito que três pilares foram fundamentais para sustentar o evento: competência instalada, recursos financeiros e cases de sucesso”, avalia Müller.

Hoje, existem cerca de três mil escritórios de design no Brasil e para alimentar essas empresas, um celeiro de mais de 100 mil alunos se especializam por meio dos 300 cursos na área.

O Brazil Design Week aconteceu entre os dias 9 e 14 de setembro no MAM-RJ. O evento foi realizado pela Abedesign em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A ação contou ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Petrobras, SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Sebrae (Serviço de Apoio às micro e pequena empresas), e Philips.

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