Instituições debatem tecnologia em biocombustíveis

Os investimentos da Petrobras em biocombustíveis e no seu desenvolvimento tecnológico foram destaque em conferência da Rio Oil & Gás, realizada no dia 15 de setembro (segunda-feira), que reuniu em uma mesma mesa representantes da Petrobras Biocombustível, do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), da Chevron e da UFRJ.

A nova empresa do setor, a Petrobras Biocombustível, vai priorizar investimentos em pesquisas nesta área. “Vamos nos empenhar no desenvolvimento de biocombustíveis de segunda geração, em parceria com o Cenpes, como é o caso do etanol de lignocelulose, que utiliza resíduos como o bagaço de cana-de-açúcar. Este processo permitirá aumentar em 60% a produção na mesma área plantada”, informou o diretor Industrial da Petrobras Biocombustível, Ricardo Castello Branco.

O diretor acrescentou que os biocombustíveis de segunda geração devem entrar em produção comercial no mundo até 2015. “Eles exigem alta complexidade tecnológica, com a vantagem de utilizar rejeitos como matéria-prima”, comentou o diretor, informando que até 2010 deve predominar a tecnologia de primeira geração.

Além dos desafios tecnológicos, Castello Branco destacou que a empresa tem como meta reduzir a dependência da soja para a produção de biodiesel, desenvolvendo novas fontes de matérias-primas, e construir parcerias empresariais na produção de etanol.

“A demanda por biocombustíveis é crescente e tem gerado discussões no mundo inteiro”, comentou Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente executivo do Cenpes, que atuou como moderador do painel.