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18/09/2008 - 08:27

Palmas para a construção civil

Há pelo menos dois anos, um setor da nossa economia é motivo de orgulho para quem nele opera e tanto se empenha na construção de um Brasil melhor. É justamente das mãos de quem levanta os sacos de cimento e põe a mão na massa que nasce a nova realidade – a construção civil mudou literalmente a cara do nosso país.

De norte a sul desse imenso território, eu vejo de longe arranha-céus sendo levantados e mudando a fisionomia de uma cidade ou região. São investimentos que podem aumentar a produção de uma fábrica ou até realizar o sonho da casa própria. Não importa a obra, mas a nova realidade econômica que surge em cada um desses pólos de desenvolvimento.

Falo dos últimos dois anos, pois foi nesse período que um gigante adormecido parece ter levantado com forças de um rei, que nunca perde sua majestade. Vivemos na terra de Niemayer, Burle Marx e tantos outros que colaboraram para embelezar com suas obras o nosso país. Mas, essa indústria vivia períodos difíceis, espremida por fatores como a falta de crédito e investimentos.

Porém, foi com tijolinho em cima de tijolinho que começamos a superar um período difícil e mostrar que existia toda uma indústria pronta para qualquer que fosse o porte do crescimento que nós já avistávamos. Parecia uma questão de tempo para que esse boom com que hoje convivemos se tornasse realidade.

Todo um esforço para que essa indústria crescesse com qualidade foi muito bem articulado e estudado. Não podíamos chegar ao ápice e continuar a registrar problemas sérios como os de acidentes de trabalho e falta de tecnologia e mão-de-obra. Se não pensássemos nisso seria loucura avançar no escuro.

Deixamos de ser os principais causadores de acidentes de trabalho – passamos esse negro bastão –, colaboramos em 5,5% com o PIB no ano passado, chegamos a mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada e recordes na produção de equipamentos, fornecimento de serviços e venda de materiais. Chegamos a ficar sem cimento.

É gratificante ver tudo isso acontecendo – sindicatos se unindo, concorrentes conversando e indicando um ao outro, empresas expandindo seus negócios e outras vindo de fora para produzir em nosso país. Conversando recentemente com dirigentes de duas empresas multinacionais que importam seus produtos para o nosso mercado, fui surpreendido com o volume de equipamentos que estão sendo vendidos no Brasil. Ambos me disseram ter revisto o número dessas importações já que não têm mais em estoque equipamentos fundamentais na construção civil. Tiveram um aumento de 40% na procura.

Foi também perto disso que a locação de equipamentos cresceu no Brasil no primeiro semestre, um incremento de 34%, se comparado a 2007. Esse número mostra que o setor tende a respirar tranqüilo nesses últimos meses e ajudar a fechar 2008 com um crescimento de 10%, aumentando também nossa participação no PIB em cerca de 1%.

Com todos esses números e com toda essa festa que a construção civil vive é que pedimos sim uma salva de palmas para uma indústria que gera muito orgulho para o Brasil.

. Por : Expedito Eloel Arena, engenheiro civil e presidente da Associação Brasileira das Empresas Locadoras de Bens Móveis (ALEC)

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