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O impacto do custo da energia na cadeia produtiva

Quem não se lembra da crise do apagão no início do século? Este episódio nos ensinou uma lição que devemos relembrar de tempos em tempos, para que aquela situação nunca mais se repita. Não quero e não vou analisar aqui as causas da crise, mas, o que as empresas têm feito no sentido de preservar e otimizar o uso da energia. A priori, a lição deixada pelo episódio foi a necessidade de uma conscientização maior em relação ao uso dos recursos energéticos. O que antes era informação pouco útil, agora é parte fundamental da estratégia de negócio e faz parte da agenda das empresas.

Isso porque a forma como as empresas têm lidado com a questão ambiental evoluiu bastante nos últimos cinco anos e, além disso, o consumo dos recursos energéticos se tornou uma grande preocupação no processo de fabricação, em virtude da busca contínua por redução de custos. Assim, conhecer as várias fontes de energia, formas de geração, transporte, armazenamento e transformação podem ser um diferencial para o setor industrial que, com a necessidade de se tornar cada vez mais produtivo, aplica uma grande quantidade de tecnologias e processos para otimizar o uso dos recursos energéticos desde a geração até o consumo desses recursos na cadeia produtiva.

Este assunto será amplamente debatido na Tarde de Manufatura que acontece no dia 22 de novembro, durante o Congresso SAE BRASIL 2006. A DaimlerChrysler, por exemplo, mostrará como conseguiu nos últimos anos, através do monitoramento do seu consumo e com o claro entendimento das suas demandas, estabelecer indicadores e reduzir assim o custo das suas fontes de energia.

Além da otimização da utilização dos recursos energéticos pela aplicação de novas tecnologias e processos, a aplicação do Seis Sigma, Lean Manufacturing e outras ferramentas tem contribuído muito para a redução dos custos da manufatura e inclusive de áreas administrativas. Teremos a oportunidade, durante a Tarde da Manufatura, de conhecer com apresentações da Xerox e também da Comau Service como a utilização combinada destas ferramentas pode resultar em reduções surpreendentes de custo.

Investir na capacitação dos profissionais da manufatura é caminho certo para a conquista de ganhos de produtividade e da melhoria da qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos clientes. Durante o congresso, empresas como PSA e Tupy vão apresentar os programas que têm implementado para desenvolver talentos e habilidades na área de manufatura e os resultados que estes esforços têm gerado em suas operações. E o Senai, instituição consagrada na área de capacitação de pessoas, trará uma visão geral do que se tem criado e aplicado nesta área ao longo dos últimos anos.

Assim, a soma destes eventos (escolha e uso racional dos recursos energéticos, combinação de metodologias de gestão de produção e investimentos na formação dos profissionais) gera importante impacto na competitividade das empresas que, frente à concorrência internacional, podem ser decisivas para o sucesso ou fracasso do empreendimento como um todo. Fato é que em breve países como China, Índia e os do Leste Europeu, além dos nossos vizinhos da América Latina passarão a concorrer cada vez mais uns com outros e, por conta disso, a já acirrada busca por mercados se intensificará.

Este é, portanto, o desfecho desta Tarde, em que diretores de manufatura avaliarão o impacto destas ações na competitividade, com uma comparação de diferentes regiões no mundo para assim mostrar como está a nossa competitividade frente a estes novos concorrentes e que caminho devemos trilhar para não só manter estes mercados como buscarmos novas oportunidades.

. Marcel Salzmann é diretor do Comitê de Manufatura do XV Congresso e Exposição Internacional de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL

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