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20/09/2008 - 08:31

Agricultura familiar celebra aprovação da terceira variedade de algodão transgênico

Líderes de agricultores familiares do norte de Minas, o prefeito municipal de Catuti (MG), José Barbosa Filho (Zinga), e o seu assessor técnico agrícola, José Tibúrcio de Carvalho Filho, consideraram “motivo de grande celebração” a aprovação pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) de uma nova variedade de algodão transgênico para ser plantada no Brasil, o algodão tolerante a glifosato, da Monsanto. Até agora haviam sido aprovados, no Brasil, o algodão tolerante ao glufosinato de amônia, da Bayer, e o algodão resistente a lagartas, da Monsanto.

Estes agricultores familiares cultivam algodão transgênico em uma área de 130 hectares, dentro de um projeto de recuperação da produção de algodão no Norte de Minas Gerais – região que representa, a partir de Catuti, em distâncias de até 390 km, municípios diversos como Janaúba, Monte Azul, Mato Verde, Pai Pedro, Francisco Sá e São Francisco. De acordo com o prefeito Zinga, a produtividade anterior, quando se plantava algodão convencional, girava entre 30 e 40 arrobas por hectare.

Atualmente, nessa região, apenas com o plantio da primeira variedade de algodão transgênico aprovada no País, as 30 famílias de pequenos produtores de algodão da região conseguem até 200 arrobas por hectare. “Imagina agora que teremos uma nova variedade transgênica para escolher”, afirmou. Assinala que, além da tecnologia, a região detém um clima muito favorável ao plantio de algodão. “Temos que ter muito mais variedades transgênicas para poder aproveitar esse clima e retomar a economia regional”, acentua.

Para José Tibúrcio, também diretor técnico da AMIPA (Associação Mineira de Produtores de Algodão), para o Norte de Minas, existe um preconceito no Brasil de que o algodão transgênico só beneficia os grandes produtores – situação que absolutamente não é a deles. “Nossas lavouras aqui têm no máximo 4 hectares”, conta. “Precisamos ter aqui, na região do semi-árido, a mesma tecnologia utilizada pelos grandes produtores porque é garantia na certa de que nossa produtividade só tem a crescer”, acrescenta. Segundo ele, em média, uma família de pequenos agricultores de algodão transgênico naquela região pode conseguir um rendimento mensal de R$ 1.500, “um rendimento essencial para sustentar a família”.

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