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China reduz participação da Argentina e dos EUA e torna-se segundo parceiro comercial do Brasil


O resultado do comércio exterior brasileiro em janeiro de 2007 demonstra expansão das atividades exportadora e importadora, porém com mudanças significativas no estabelecimento de parcerias. A China tornou-se o segundo maior fornecedor de mercadorias ao Brasil, posição até então ocupada pela Argentina.

As exportações chinesas para o Brasil em janeiro cresceram 58,2% em relação ao mesmo mês de 2006, totalizando US$ 791 milhões. As vendas argentinas, por sua vez, registraram aumento de 24,9%, o equivalente a US$ 672 milhões. No mesmo período, as importações totais brasileiras somaram US$ 8,5 bilhões, recorde histórico para o mês de janeiro e valor 31,3% superior a janeiro de 2006. Desta maneira, a participação chinesa na pauta importadora brasileira no primeiro mês do ano foi de 7,3%, contra fatia argentina de 6,2%. Os Estados Unidos, principal parceiro comercial do Brasil, também viram sua presença diminuir de 27,3% em janeiro de 2006 para 16,0% no mesmo mês de 2007. Já no final de 2006, as estatísticas consolidadas pelo governo brasileiro demonstravam o avanço da China nas importações brasileiras.

Em relação às exportações, as vendas brasileiras para a China cresceram 17,2%, registrando US$ 558 milhões. O resultado mensal das exportações brasileiras retomou trajetória de crescimento, porém não evitou o quarto déficit mensal consecutivo com o país asiático. O saldo comercial Brasil-China em janeiro de 2007 foi negativo em US$ 233 milhões para o Brasil, reflexo do progressivo aumento do valor agregado das exportações chinesas. O déficit de janeiro de 2007 foi 866,8% maior do que o registrado no mesmo mês de 2006.

O fenômeno de substituição de parceiros comerciais foi verificado também na Argentina -Desde a crise naquele país, as vendas brasileiras ao vizinho têm crescido à média anual de 49%, enquanto as vendas chinesas sobem 76,8%/ano. Um agravante são as novas restrições comerciais impostas pela Argentina ao Brasil, na forma de licenças não-automáticas de importação (o que, na prática, burocratiza a entrada do produto brasileiro no mercado argentino). Segundo a consultoria Abeceb.com, o Brasil deve preocupar-se com a semelhança dos produtos chineses vendidos à Argentina, que tem retirado espaço dos eletrônicos, bens de capital, plásticos, calçados e brinquedos brasileiros. Os Estados Unidos também verificaram perda de mercado na Argentina em concorrência aos produtos chineses. O Brasil ainda é o principal fornecedor à Argentina, com fatia de mercado de 34,3% em 2006.

A maior presença chinesa na América do Sul condiz com seu desempenho comercial mundial. O superávit comercial chinês cresceu 67% em janeiro emrelação ao mesmo mês de 2006, para US$ 15,9 bilhões. De acordo com dados do governo chinês, as exportações chinesas somaram US$ 86,62 bilhões em janeiro, com salto de 33% ante igual mês de 2006. As importações ficaram em US$ 70,74 bilhões, com elevação de 27,5%. | Por: CEBC

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