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24/09/2008 - 09:22

Crise financeira global pode diminuir ritmo de crescimento do País, diz presidente do Banco Central

Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, durante palestra-almoço realizada pela ADVB-SP.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, admitiu ontem (22/09), em palestra, a convite da ADVB-SP (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), durante almoço, realizado na sede do Clube Monte Líbano, em São Paulo (SP), que a crise financeira americana e global poderá desacelerar o crescimento da economia brasileira, previsto para 2009.

Se isso, de fato, vier a ocorrer, esclareceu o presidente do BC, também deverão ser tomadas medidas adicionais de restrição ao crédito. Meirelles fez uma comparação entre o crédito oferecido a empresas e pessoas físicas, nos Estados Unidos, que é maior do que o PIB, estimado em US$ 11 trilhões; e o do nosso País, que oscila entre 35% e 37% do PIB.

Para o presidente do BC, a economia brasileira está hoje mais preparada para enfrentar crises financeiras globalizadas, ao contrário de outras anteriores, ocorridas nas décadas de 80 e 90 do século passado. Segundo Meirelles, a diferença deve-se a duas medidas tomadas durante o recente período de expansão do comércio mundial (2003-2007).

A primeira delas, de acordo com o presidente do BC, foi ter desvinculado parte da dívida pública externa e interna da variação cambial. Antes, sempre que o dólar ou o euro se valorizavam diante do real, o estoque dessas dívidas crescia. Desde que tal medida foi adotada, explicou Meirelles, toda a vez que o real perde valor em relação a essas moedas, as dívidas brasileiras também caem.

A segunda medida, de acordo com o presidente do BC, foi ter aproveitado a expansão do mercado mundial, registrada naquele período, para formar um “colchão” de liquidez, com reservas em moedas fortes que ultrapassam os US$ 200 bilhões.

A combinação dessas duas medidas, segundo Meirelles, serviu para melhorar a relação entre dívida externa e exportações e também para elevar a confiança de credores e investidores estrangeiros no desempenho da economia brasileira.

O presidente do BC procurou tranqüilizar os mais de mil empresários, presentes ao almoço, dizendo-lhes ter estado, recentemente, em Nova York, onde foi se inteirar do teor das medidas de socorro, tomadas pelos bancos centrais americano, britânico, suíço e da União Européia, no valor total de mais de US$ 1 trilhão.

Meirelles concluiu sua exposição, afirmando que o Brasil está confiante, mas atento a quaisquer sinais de evolução da crise financeira globalizada.

Antes de anunciar o início da palestra de Henrique Meirelles, o presidente da ADVB-SP, Miguel Ignatios, juntamente diretores da entidade, fez a entrega da placa comemorativa da primeira edição do prêmio “Personalidade Ambiental ADVB de 2007”, vencido pelo Banco Bradesco, representado na solenidade por seu presidente, Marcio Cypriano.

Ao agradecer o prêmio, Cypriano disse que a preocupaçao com o meio ambiente é mais que uma obrigação, pois “significa ajudar as gerações futuras”. Para o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, presidente da Fundaçao Amazonas Sustentável, também presente ao evento, o Banco Bradesco tem implantado programas visando à preservaçao do meio ambiente. “Um desses programas, apoiados pelo banco, é responsável pela conservação de uma área, no Estado do Amazonas, com 16,4 milhões de hectares”, afirmou.

Prestigiaram o evento, dentre outros: Agostinho Turbian, presidente da FENADVB; Lívio Giosa, presidente do Ires (Instituto ADVB de Responsabilidade Sociombiental); José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP; João Crestana, presidente do Secovi-SP; Sergio Watanabe, presidente do Sinduscon; J.B. Oliveira, presidente da Associação Paulista de Imprensa; a deputada estadual Célia Leão; Paulo Bastos Cruz, presidente da União Cultural Brasil Estados Unidos; e a jornalista Ana Paula Padrão.

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