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Instituições e empresas fazem parceria para gerar energia a partir do biogás de esgotos

A Itaipu Binacional, Copel, Sanepar, Eletrobrás, Eletrosul, Ocepar, Cooperativa Lar, Cepel, Lactec e Fundação PTI estarão firmando um acordo de parceria e lançando o Programa de Geração Distribuída de energia a partir do biogás, com saneamento ambiental nos dias 6 e 7, no Hotel Deville,Rua Comendador Araújo 99, em Curitiba (PR), telefone (41) 3883- 4777.

“O programa, que começou a ser articulado há pouco mais de seis meses, partindo da iniciativa das instituições paranaenses, passou a uma dimensão nacional, com a adesão das novas e bem-vindas parceiras”, diz Jorge Samek, diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, junto com Rubens Ghilardi, diretor presidente da Copel. e com Stenio Jacob, diretor presidente da Sanepar, patrocinadores principais do programa.

Modelo da energia do biogás - A geração distribuída, explica Samek, busca dar valor econômico à energia gerada pelas próprias fontes consumidoras. No caso, utilizando-se do biogás gerado no tratamento dos esgotos de frigoríficos, granjas de aves, suínos e vacas leiteiras e também dos esgotos urbanos tratados pela Sanepar.

A geração distribuída não tem sido bem aceita pelo sistema elétrico nacional, porque apresenta riscos se não for executada segundo critérios rigorosos de segurança e sincronismo com as redes distribuidoras, o que é possível com um planejamento espacial eficiente. Por isso, a importância da participação da Eletrobrás e da Eletrosul, para a normatização deste tipo de geração, o envolvimento das cooperativas agroindustriais para validar as experiências e os laboratórios de pesquisa do setor elétrico para desenvolvê-la.

Remuneração da energia do biogás - Um pequeno criador de 2.000 suínos pode gerar com os dejetos destes animais, submetidos a um biodigestor, a energia suficiente para toda a sua propriedade e ainda sobra um excedente seis vezes maior do que a energia consumida. Com a Copel comprando esta energia, o produtor consegue incorporar uma receita importante para o seu agronegócio. O setor encontra enfim a cobertura que tanto precisa para enfrentar os custos do tratamento ambiental dos dejetos, o que lhe garantirá a sustentabilidade e a conquista de novos mercados exigentes em critérios ambientais de produção. O mesmo ocorre com os frigoríficos e com os esgotos urbanos. Samek faz questão de frisar que a geração distribuída funcionará como um “Protocolo de Kioto” nacional, possível de ser reproduzido pelas regiões do Brasil . E só o setor elétrico, disponibilizando o conhecimento e as ferramentas tecnológicas que tem, poderia propor uma empreitada desta ao setor do agronegócio e do saneamento.

As instituições convocaram também, para um encontro de trabalho, as industriais fornecedores de insumos e equipamentos para biodigestores e conversores de biogás em energia, que encontrarão na geração distribuída a escala de negócios que necessitam para se desenvolver e, com isto, abrir novas oportunidades de trabalho.

O Programa: Desenvolvimento de Modelo de Geração Distribuída com Saneamento Ambiental.

Geração Distribuída: - É a geração de energia próximo às fontes consumidoras, quando não pelas próprias fontes, com valor econômico.

Resumo do Programa - Demonstrando que é preciso planejamento conjunto para enfrentar questões complexas como a da gestão da energia, as instituições ELETROBRAS, Itaipu Binacional, ELETROSUL, Companhia Paranaense de Energia – COPEL, Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR, aliadas à Cooperativa Agroindustrial LAR e tendo como suporte tecnológico os Centros de Pesquisa do Setor Elétrico, CEPEL, LACTEC e a Fundação PTI, assinam um Protocolo de Intenções para desenvolver um Modelo para Geração Distribuída de Energia Elétrica, a Base de Biogás, com Saneamento Ambiental, para servir de orientação para a formação de uma Política Pública, com o objetivo de definir a Geração Distribuída como uma das modalidades viáveis para o aproveitamento de energias alternativas, inserindo no caso, a energia do biogás originado em tratamento sanitário de esgotos, efluentes e resíduos orgânicos, na matriz energética brasileira.

Com o desenvolvimento deste modelo as instituições envolvidas pretendem oferecer uma forma alternativa de alto significado, considerando-se as pontas de redes aonde ocorrerão, assim como produzir alto impacto econômico para as atividades favorecidas, na medida em que se constrói condições para os setores do agronegócio e do saneamento fazer frente aos seus custos ambientais, o que é determinante para a sustentabilidade destes setores.

A metodologia proposta considera o potencial energético contido na biomassa residual, dos efluentes industriais, esgotos urbanos e animais, assim como resíduos orgânicos, propondo que o biogás gerado nos sistemas de tratamento sanitário destes materiais, seja convertido em energia a ser utilizada: . Pelas próprias fontes geradoras | . O excedente desta energia seja comprado pelas Distribuidoras. Com isto, espera-se criar um mecanismo de remuneração que proporcione às fontes geradoras, a cobertura dos custos dos serviços ambientais realizados, viabilizando assim a sustentabilidade das atividades. O Programa é composto de seis Projetos: . Arranjo institucional, para estabelecer direitos e obrigações das instituições | . Geração de biomassa residual, para garantir a qualidade dos efluentes, como matéria prima do biogás | . Geração de biogás, a partir de biomassa residual, estabelecendo padrões de biodigestores | . Conversão de biogás em energia: fixando critérios de conversão por motores a explosão ou por células combustível. | Desenvolvimento de sistema de proteção dos geradores e das redes, com tecnologia de informação para sincronismo da geração distribuída com os sistemas de Distribuição | . Desenvolvimento de metodologia e normatização para operação e gestão da geração distribuída.

Fundamentos - A conversão da biomassa residual (efluentes cadeia produtiva da carne e de esgotos urbanos, no caso do Programa) em energia, seja nas unidades de confinamento (produtores), nas unidades frigoríficas ou de beneficiamentos em geral, pode ser um grande passo para a modernidade do agronegócio, não fossem as dificuldades impostas à geração distribuída de energia. Em outras palavras, as concessionárias distribuidoras de energia no Brasil não são estimuladas a promover a compra de energia deste tipo de geração devido às condições em que a energia é gerada, geralmente de forma empírica, sem garantias da estabilidade e sincronismo da geração com o controle e a segurança das operações. O objetivo fundamental do Programa é levar aos gestores de unidades econômicas e de saneamento básico, os critérios necessários para viabilizar as garantias exigidas pelas concessionárias e assim viabilizar a modalidade de geração distribuída. Ou seja, promover a geração distribuída de forma segura e sincronizada a partir de mecanismos confiáveis de medição e monitoramento da energia gerada. Os geradores, por seu lado, podem esperar pagamentos justos e a valorização dos seus planos de eficiência energética, incorporando-os como ativos novos às planilhas de custos da produção.

Especificação de Objetivos / Metas: 2.1. Objetivo Geral - O Programa “Desenvolvimento de Modelo de Geração. Distribuída com Saneamento Ambiental” tem como principal objetivo promover o desenvolvimento de uma metodologia que permita a adotar a geração distribuída comprovando a sua viabilidade técnica, econômica e ambiental, tendo, no caso como base, a biomassa residual contida em efluentes de todas as fases da agroindústria da carne, assim como a contida em esgotos urbanos. A meta é a implantação do programa, em cinco protótipos representativos para a geração de biogás, produção e distribuição de energia, em 24 meses. 2.2. Objetivos Específicos - OE.1. Estabelecer procedimentos operacionais para a geração da biomassa residual, com vistas à produção de biogás, via biodigestão a partir do acompanhamento e estudos em cinco protótipos, quais sejam: . Estação de tratamento de efluentes industriais do Abatedouro de Aves da Cooperativa Agroindustrial Lar, Matelândia, Paraná | . Sistema de tratamento de dejetos suínos de uma Unidade Produtora de Leitões – UPL, Itaipulândia, Paraná | . Sistema de tratamento coletivo de 33 suinoculturas localizadas na microbacia hidrográfica do rio Toledo, Paraná | . Sistema de tratamento de uma suinocultura integrada da Cooperativa | . Agroindustrial Lar, Itaipulândia, Paraná | . Sistema de tratamento de esgotos urbanos, operado pela Sanepar, Foz doIguaçu, Paraná.

OE.2. Converter em biogás, a biomassa residual gerada nas estações de tratamento sanitário dos cinco protótipos em biogás, via biodigestão. A meta é produzir em torno de 1.800 m3/dia de gás metano; OE.3. Converter o biogás em energia térmica e elétrica fazendo uso e validando as tecnologias já estabelecidas e equipamentos disponíveis no mercado. A meta é produzir em torno de 203kVA. OE.4. Desenvolver soluções tecnológicas apropriadas para o gerenciamento dos protótipos, com vistas à proteção e conexão sincronizada com a rede, mantendo com custo acessível aos produtores e que atendam às exigências técnicas da concessionária de requisitos de segurança da rede, para os geradores e usuários. OE.5. Desenvolver os estudos necessários e consolidar uma metodologia que permita o setor elétrico através de suas concessionárias realizarem conexões de pequenas fontes geradoras, levando em consideração as necessidades técnicas e economico-financeiras, sem comprometer a segurança e a qualidade do sistema.

Resultados esperados - A partir da implantação de cinco protótipos para a produção de biogás, bem como para a geração e distribuição de energia; são esperados os seguintes resultados |. Minimização de impactos ambientais sobre as águas, a partir do tratamento e da destinação adequada de efluentes e resíduos orgânicos - biomassa residual | . Conversão de fonte alternativa de energia, o biogás, em energia elétrica | . Comercialização desta energia pelas concessionárias | . Sustentabilidade do agronegócio e do saneamento básico | . Estímulo ao desenvolvimento tecnológico e industrial especializado em biodigestores, motores, conversores, unidades de controle e outros equipamentos e insumos, em bases local, regional e nacional, com conseqüente aumento de emprego e renda |Viabilização da geração distribuída no Brasil | . Formação de uma base tecnológica economicamente segura para atividades brasileiras participarem do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – Protocolo de Kioto | . Normatização da Geração Distribuída, como componente importante do Programa Nacional de Energia.

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