É preciso inovar para não perder espaço

Comerciantes tradicionais precisam inovar neste Dias das Crianças para não perder espaço para os produtos virtuais.

Outubro é o mês do Dia das Crianças e, conseqüentemente, a data aumenta o número de vendas no setor varejista. Por esse motivo, empresários do comércio tradicional terão que inovar no momento das vendas. O objetivo é não perder espaço para os produtos eletrônicos, como computadores, vídeo games e aparelhos de MP3.

Para se ter uma idéia, somente nos primeiros seis meses deste ano, o comércio eletrônico faturou 3,8 bilhões de reais e teve um crescimento de 40%, de acordo com a 18º edição do relatório WebShoppers.

Para o diretor institucional da ACEB - Associação Comercial Empresarial do Brasil, Irineu de Ascenção, o comércio tradicional tem condições suficientes para enfrentar as vendas do mundo virtual. “Todos sabemos que as vendas de produtos eletrônicos são altas, mas isso não é motivo para desânimo. Basta o comerciante se capacitar e se atualizar, além de buscar novas formas de conquistar e cultivar os clientes”, explica ele.

Fazer uma promoção diferente, investir em novos caminhos e em um atendimento diferenciado, renovar a vitrine e refazer mala direta são algumas medidas que podem ser feitas para atrair mais consumidores para dentro da loja. “Não se pode esquecer que o principal público é o infantil. Por isso, antes de atrair os adultos, vale a pena investir em produtos que chamem a atenção dos pequenos”, alerta o diretor da ACEB.

Para Ascenção, os empresários podem conseguir bons resultados com atitudes sutis. “É possível aquecer as vendas em momentos estratégicos, como é o Dia das Crianças. A data é considerada a terceira mais importante para o varejo, perdendo só para o Natal e o Dia das Mães”, explica.

Em 2007, as vendas de eletrônicos para a comemoração do Dia das Crianças, período compreendido entre os dias 18 de setembro de 12 de outubro, tiveram um aumento de 35% em relação ao verificado no ano anterior. No ano passado foram faturados 264 milhões de reais.

Apesar de toda a tecnologia, o faturamento com a venda de brinquedos tradicionais deve somar R$560 milhões, 8% a mais em comparação com 2007, segundo a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos). “Já que os números são positivos, ao comerciante basta investir em criatividade, atrair a atenção dos consumidores mirins e comemorar o sucesso nas vendas”, finaliza Ascenção.

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