Exportações fluminenses atingem US$ 2,3 bi, recorde em agosto

Superávit registrado de US$ 832,1 milhões.

As exportações do Rio de Janeiro bateram novo recorde no mês de agosto quando alcançaram US$ 2,3 bilhões, crescimento de 75% se comparado a igual mês do ano passado. O desempenho deveu-se principalmente às exportações de produtos básicos, principalmente petróleo e gás natural, que alcançaram US$ 1,89 bilhão, crescimento de 133% frente ao mesmo mês de 2007. As importações registraram US$ 1,5 bilhão, resultando em superávit de US$ 832,1 milhões.

Em relação ao total do comércio exterior brasileiro, em agosto o Rio de Janeiro respondeu por 11,9% das exportações nacionais. Este resultado ajudou o estado a alcançar participação de 9,4% no acumulado de 12 meses, a maior da história para o período.

Os números são do Boletim RioExporta, publicado pelo Sistema Firjan, com base nos dados fornecidos pela Funcex e divulgado hoje, dia 24 de setembro (quarta-feira).

No acumulado do ano, o volume exportado alcançou o recorde de US$ 11,9 bilhões, registrando variação de 40,5% sobre o mesmo período do ano passado.

Nos últimos 12 meses, as exportações alcançaram US$ 17,732 bilhões, ante os US$ 13.136 bilhões das importações, o que representa um saldo comercial positivo de US$ 4,60 bilhões. O crescimento do fluxo comercial do estado superou tanto o da região Sudeste quanto o do país no período.

Importações - As importações, por sua vez, cresceram 104,2% em agosto deste ano ante o mesmo mês do ano passado, influenciadas pelo crescimento de mais de 1.000% nas compras de petróleo.

No ano, o crescimento das importações foi de 60,9%, superior às exportações, acumulando US$ 9,4 bilhões no período. No acumulado do ano o saldo comercial recuou 5,9%, para US$ 2,4 bi, embora em ritmo mais lento que o recuo nacional, de 38,5%. A aceleração das importações atingiu todos os gêneros industriais, destacando-se material elétrico e de comunicação (97%).

O destaque é a aquisição de bens de consumo duráveis, cuja influência é pautada pelo aquecimento do mercado de automóveis e pelo intercâmbio entre montadoras com sede no Rio de Janeiro e na Argentina. Em seguida vêm petróleo e gás natural e máquinas e equipamentos. "Observa-se nestes itens a tendência de modernização do parque fabril do estado", avalia Luciana Costa de Sá, Diretora de Desenvolvimento Econômico do Sistema Firjan.

Nos últimos 12 meses, o crescimento das importações foi comandado pela indústria extrativa mineral, seguida da indústria metalúrgica, que realizou compras de materiais para os estaleiros fluminenses. As importações do estado alcançaram US$ 13,1 bilhões e representaram 8,2% de participação do Rio no período.

- Santa Lúcia, a ilha caribenha, foi o principal destino das exportações do estado em agosto, alcançando US$ 681 milhões (29,1% do total). O único produto exportado foi o petróleo. Os Estados Unidos vêm em segundo, com US$ 513 milhões, mas continuam como o principal destino para os produtos fluminenses: o país recebeu US$ 3,4 bilhões de importações acumuladas no ano do Rio de Janeiro.

Em relação à origem dos importados, os Estados Unidos e a Arábia Saudita lideram as vendas para o Rio de Janeiro, cada país com volume de US$ 289 milhões. Os principais produtos foram "turborreatores e turbopropoulsores", enquanto da Arábia Saudita as compras foram exclusivamente de petróleo.

Se considerada a taxa de crescimento, a China teve o melhor desempenho em agosto, com avanço de 133,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.