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25/09/2008 - 10:30

Carlos Manga recebe título de benemérito e inaugura exposição na ALERJ


Um dos mais importantes diretores do cinema e da televisão brasileiros, Carlos Manga recebeu, na quarta-feira (24/09), das mãos do deputado André do PV o Título de Benemérito do Estado do Rio. Emocionado, o artista de 80 anos, responsável pela direção de clássicos das chanchadas, tais como Matar ou correr e nem Sansão, nem Dalil, e por novelas, programas humorísticos e minisséries da TV, sendo Um só coração o mais recente deles, agradeceu a homenagem e pediu a todos que nunca deixem de fazer o povo sorrir.

Nasci décadas depois dos dourados anos 50, mas, com o advento do vídeo e do DVD, fui me encantando com os filmes desse verdadeiro revolucionário do cinema brasileiro, declarou André do PV, antes de inaugurar uma exposição sobre Manga no Saguão Getúlio Vargas do Palácio Tiradentes, sede da Assembléia Legislativa do Rio.

Admirador ilustre de Manga, o músico Billy Blanco, que compôs a mesa de cerimônias, afirmou que é fácil falar do homenageado. Esse homem transformou todas as coisas que estão erradas no cenário artístico nacional e fez coisas boas que contribuíram para a alegria de nosso povo, apontou. O jornalista e pesquisador Ricardo Hollanda destacou que a cerimônia não devia ser vista como uma sessão de saudosismo. Estamos evocando um momento especial da cultura nacional e isso já deveria ter sido feito há muito tempo, pois Carlos Manga representa o que é de mais puro na essência de brasilidade, comentou Hollanda, frisando que, em dados comparativos, nenhum filme nacional conseguiu ultrapassar a marca de 16 milhões de espectadores daquele que foi o maior sucesso da chanchada: O homem do Sputnik.

Após a cerimônia, o homenageado seguiu para o hall de entrada do Palácio Tiradentes para inaugurar a exposição.Tempo de Manga., com 16 painéis que contam a história do carioca João Carlos Aranha Manga, a mostra, que traz fotos de alguns dos filmes do diretor, permanecerá na Alerj, na Rua Primeiro de Março, s/nº, no Centro do Rio, até o próximo dia 3 de outubro. Ela ficará aberta à visitação pública das 10h às 17h. Nunca imaginei entrar nesta Casa e ouvir tudo o que ouvi aqui hoje. O que fiz não foi nada mais do que apenas dirigir as cenas, gritando ação e corta, porque, em se tratando de Oscarito e Grande Otelo (dois dos atores que mais trabalharam com o diretor), eles sabiam muito bem o que estavam fazendo, relatou Manga, completando: A coisa que vou levar daqui para sempre dentro do meu coração foi ter feito o brasileiro rir.

Carlos Manga estreou nos cinemas, em 1953, com a direção do filmeA dupla do barulho, onde explorou como ninguém a verve humorística de Oscarito e Otelo. Foi também pelas mãos do diretor que a atriz Norma Benguell teve sua primeira participação em obras cinematográficas, na famosa cena musical de O homem do Sputinik (1959). Em 1956, Manga mostrava ao que veio, quebrando todos os recordes de público num único fim de semana de estréia. Isso aconteceu com o filme Colégio de brotos,que fez 250 mil espectadores irem às salas de exibição em apenas um sábado e um domingo. Levado para a tevê pelo humorista Chico Anysio, Manga também realizou trabalhos memoráveis na tela pequena, dentre os quais o programa Chico City e a novela Torre de Babel.

Idealizada pela professora Dalva Lazaroni, que também compôs a mesa de cerimônia do evento, a exposição Tempo de Manga irá a outros municípios do estado, tais como Duque de Caxias e Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense, onde será sempre inaugurada pelo próprio homenageado.

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