Preencher vagas de nível técnico e operacional é o desafio das empresas

Joinvill – Faltam profissionais de nível técnico e operacional nas empresas e os jovens não estão dispostos a seguir estas carreiras. A constatação, do gerente de treinamento e desenvolvimento da Weg, Jonas Germano Schmidt, foi apresentada nesta quinta-feira, dia 25, em palestra no Encontro Desenvolvimento Sustentável, no SENAI/Joinville. O evento integra a série encontros que o Sistema FIESC realiza nestes meses de setembro e outubro em seis cidades catarinenses.

Schmidt toma como exemplo a situação enfrentada pelo Centro de Treinamento Weg, mantido há 40 anos pela empresa em Jaraguá do Sul e que oferece cursos em parceria com o SENAI/SC. Embora os cursos sejam gratuitos e os estudantes tenham carteira assinada como jovens aprendizes, em 2008, a procura caiu de 14 para seis candidatos por vaga. "Os jovens querem os cursos de nível de superior", afirma. "Hoje sobram profissionais graduados e faltam técnicos e operacionais".

Segundo o executivo, para superar este problema, as empresas devem promover planos de cargos e salários que atendam às expectativas dos novos profissionais. Em 2007, a Weg investiu R$ 11 milhões em treinamento e desenvolvimento de pessoas. Foram 55 mil participações em 750 programas de treinamento com duração média de 25 horas, totalizando 1,3 milhões de horas de treinamento. Cada colaborador da empresa teve em média 78 horas de treinamento. De 20 a 30% deste volume foi realizado dentro do projeto de implantação do novo sistema de gerenciamento da produção, implementado em parceria com o SENAI/SC e que atingiu cinco mil colaboradores da empresa em mais de 20 países, por meio da educação a distância.

Outro caso de sucesso apresentado no encontro de Joinville foi o da implementação das equipes de alta performance na Votorantim Metais, que também contou com o uso intensivo da educação a distância. O projeto, apresentado pelo gerente de projetos de desenvolvimento humano e organizacional, Edílson de Azevedo Santos, consistiu no fortalecimento do aspecto comportamental dos integrantes das equipes. Foram treinados 1,8 mil colaboradores, em três anos, numa média de 180 horas por pessoa.

Este foi o terceiro encontro da série Desenvolvimento Sustentável que o Sistema FIESC realiza até 16 de outubro, nas diversas regiões do Estado, abordando os temas educação e mercado de trabalho, responsabilidade social e meio ambiente, sempre apresentando experiências bem-sucedidas praticadas pela indústria. A programação se iniciou no dia 4 de setembro, em Chapecó, com os casos da Vonpar e da Celulose Irani em responsabilidade social. O segundo encontro, em Lages, dia 11, tratou de meio ambiente, com as experiências da Tractebel Energia e da Amanco.

Em outubro, os eventos serão em Criciúma (dia 4, sobre meio ambiente), Florianópolis (dia 9, sobre educação e mercado de trabalho) e Blumenau (16, sobre responsabilidade social). Apresentarão seus casos empresas como O Boticário, Eliane, Basf, Tupy, ArcelorMittal Veja e Chesf.

Na capital, o evento será na sede da FIESC e, nas demais cidades, no auditório do SENAI. As inscrições são gratuitas, pelo site www.fiescnet.com.br/encontrosustentavel, onde também consta a programação do evento. || Site: www.fiescnet.com.br