Com a crise financeira nos Estados Unidos, Europa tem alta de aquisições de bancos

No último final de semana, a Europa viu uma onda de estatizações e aquisições de bancos devido à crise financeira americana. Ao menos sete instituições financeiras foram nacionalizadas ou compradas por outras. De acordo com o sócio da Trevisan Consultoria, Ricardo Fleury, esta crise produzirá efeitos ainda por um bom tempo. “O fato de as instituições financeiras não quebrarem não significa que estarão preparadas para sobreviver por conta própria, depois da crise. O processo de consolidação virá da necessidade de alguns mais estruturados sobreviverem”.

Fleury comenta que esta reação dos bancos europeus já era prevista. “Bancos nacionais ou regionais que não conseguirem escapar da crise poderão ser adquiridos por outras instituições a valores bem inferiores do que em anos anteriores, mesmo com o socorro dos bancos centrais”.

“As empresas financeiras vivem da confiança de seus investidores e da sua capacidade de alavancar recursos (tomar empréstimos) no mercado interbancário. Sem isto, perde-se a força e a capacidade de crescer. Depois de equacionados os principais problemas e de quantificados os prejuízos, os bancos mais capitalizados sairão às compras”, opina Fleury.