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02/10/2008 - 10:17

Maturidade profissional em TI

O mercado de tecnologia da informação deverá desacelerar-se nos próximos anos. A expectativa é de que o setor já em 2008 não cresça no Brasil tanto quanto no ano passado, devendo paulatinamente expandir-se cada vez menos, até se estabilizar. Mesmo assim, o País continuará sendo um dos maiores consumidores de TI do mundo. O avanço consolidado da economia nacional é um trunfo em meio à falta de um “boom” na área, como foram o ERP e a internet tempos atrás.

Os ramos siderúrgico, financeiro, petroquímico, automobilístico e da construção civil e mineração impulsionaram os negócios em território brasileiro. São atividades que movimentam muito dinheiro e têm necessidade grande e permanente de buscar inovação. Porém, os pequenos e médios empreendimentos surgidos nos últimos anos também consumirão tecnologia como nunca, devido à nova fase que estão vivendo, de estabilidade e expansão dentro do atual sistema econômico nacional — mais focado no mercado externo e no atendimento à massa da população brasileira que saiu da pobreza e se tornou efetiva consumidora de bens e serviços.

O fato é que o mercado nacional de TI já está maduro, seguindo o que aconteceu nos países desenvolvidos. O ingresso de novas tecnologias está mais escasso e os custos de software, hardware e serviços, bastante nivelados – para baixo. Atualmente, o diferencial tem sido a prestação de serviços na área, aliada à flexibilidade de atender as transformações que envolvem a economia globalizada.

Outra prova do grau de maturidade do setor é o modelo de compras para serviços complexos de TI. Há um tempo as empresas faziam leilões para qualquer tipo de aquisição e a experiência mostrou não ser eficaz para atividades mais críticas. Vale dizer que isso não foi copiado do Exterior. Aparentemente, a prática foi fruto da vontade de mostrar transparência no processo. Hoje, o mercado entendeu que transparência é tratar abertamente com seu fornecedor por meio de regras claras e, por conta disso, estes leilões, no segmento privado, diminuíram bastante.

Segundo a IDC, no mercado de TI, o Brasil gasta 40% em serviços, 44% em hardware e 16% em software. É bem provável que, nos próximos anos, o segmento de serviços supere o de hardware, como já acontece na média mundial de distribuição do mercado de tecnologia. Outsourcing, desenvolvimento e integração devem liderar a categoria.

Não há muita novidade nisso. O diferencial será das empresas de TI que oferecerem mais valor agregado ao cliente, entregando projetos em prazos mais curtos e dispondo dos melhores parceiros na realização das iniciativas e de mão-de-obra qualificada, que saiba aliar tecnologia e negócios sem que isso gere desgaste — financeiro, de tempo e, principalmente, nas relações entre a empresa e a indústria de tecnologia. Tudo isso com conhecimento em segurança, virtualização, mobilidade, convergência, governança, alta performance e flexibilização na implementação de projetos.

Há algumas décadas, um técnico em informática esforçava-se em aprimorar um conjunto de sistemas integrados. Ele não dava muito bola ao que acontecia ao seu redor e o que isso poderia representar à empresa em termos de ganho e eficiência. Hoje, é com o “ao redor” que devemos nos preocupar, para o bem da tecnologia, dos players da área e, principalmente, dos que a estão utilizando.

. Por: Rui Rosado, diretor Comercial da área de Finanças da Unisys Brasil.

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