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04/10/2008 - 08:14

Especialistas discutem no 13º Conec desafios e oportunidades com abertura do resseguro

A abertura do setor de resseguros no Brasil, que chega para encerrar um monopólio de sete décadas, irá provocar uma verdadeira revolução no mercado segurador. Embora as seguradoras brasileiras andem apreensivas com a possibilidade de ter mais perdas do que ganhos com a entrada desse novo mercado, especialistas acreditam que o setor deve se manter estável. No entanto, terá de investir em qualificação profissional, buscar informações técnicas e rever seus contratos, se adequando para os novos desafios e oportunidades. Este foi o panorama geral apresentado por especialistas no debate “Resseguros – O novo mercado e o que altera na vida do corretor de seguros”, promovido nesta sexta-feira, 3/10, em São Paulo, durante o 13º Conec – Congresso dos Corretores de Seguros.

Participaram da mesa de debate Maria Elena Bindini (professora da Escola Nacional de Seguros e diretora de Assuntos Institucionais e de Resseguros da Fenaseg – Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados), Plínio Rizzi (advogado), Cláudio Saba (diretor de resseguro da Marítima Seguros), Henrique Brandão (presidente do Sincor-RJ), Renato Cunha Bueno (corretor de seguros e resseguros) e Orlando da Costa Filho (corretor).

Para Maria Elena, o Brasil está caminhando, no aspecto regulatório, de forma correta na abertura do resseguro. Mas, face à concorrência de resseguradoras estrangeiras, esse novo mercado exige das companhias de seguros um substancial aumento na qualificação profissional dos corretores. “O Brasil é um país de enormes oportunidades, com atrativos para as empresas estrangeiras por apresentar baixos riscos de grandes catástrofes naturais”, destaca. Para ela, as seguradoras e os corretores precisarão redesenhar sua carteira de clientes, calculando muito bem os riscos de cada contrato. “O setor tem que se preparar, buscar auxílio e parceria de resseguradoras, objetivando aumentar seu capital e ampliar sua capacidade para o caso de ter de, eventualmente, se responsabilizar pela cobertura de um grande sinistro. Ou seja, para evitar que as empresas sofram insolvência e limitem as perdas e danos financeiros ”, aconselha.

Já Cláudio Saba entende que as seguradoras precisam definir qual é o papel que devem exercer no mercado, com a abertura do resseguro e a entrada dos grandes grupos estrangeiros. “O clima é de insegurança entre os corretores. Mas acredito que as corretoras de seguro e os corretores não vão perder nem ganhar, mas terão de enfrentar um mercado diferente. Terão de se preparar, investindo na qualificação dos corretores e buscando informação técnica para ser capaz de identificar as oportunidades de novos negócios e manter os contratos e a confiabilidade dos clientes. Precisamos nos preparar para essa abertura, evitando que as grandes companhias internacionalizadas, que hoje respondem pelos maiores contratos de resseguro no Brasil, venham aqui e abocanhem um mercado com potencial de negócio calculado em R$ 3 bilhões”, comentou.

Organizado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo (Sincor-SP), o 13º. Conec reúne até o dia 4 de outubro (sábado), mais de seis mil profissionais do setor no Palácio de Convenções do Anhembi.

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