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04/10/2008 - 10:03

Expomac movimenta R$ 90 milhões


Feira do setor metal-mecânico, realizada de 24 a 27 de setembro, em Curitiba, foi marcada por muitas vendas para o setor automobilístico.

Mesmo realizada em dias de cenário econômico obscuro por conta da crise financeira nos Estados Unidos, a Expomac 2008 – 17ª Feira Sul Brasileira da Indústria Metal-Mecânica, que aconteceu de 24 a 27 de setembro, no Expotrade, em Curitiba/Pinhais (PR), foi marcada por negócios. Entre as vendas realizadas no evento e aquelas que foram iniciadas para conclusão nos meses seguintes, as 250 indústrias expositoras deverão gerar volume de negócios de R$ 90 milhões, conforme levantamento da Diretriz, organizadora da feira. Trinta e cinco mil pessoas visitaram a Expomac, cinco mil a mais do que na última edição, em 2006.

A maior parte das vendas de máquinas e equipamentos aconteceu para setores como o automobilístico, que, apesar da queda na venda de carros novos em agosto de 15%, continua atualizando o parque fabril. “Tivemos muita procura nessa área, o que nos ajudará a fechar cerca de R$ 2,5 milhões em vendas”, conta Márcio Campos, representante para Curitiba e Sudoeste do Paraná da Deb’Maq, empresa paulista que vende equipamentos pesados, como tornos e centros de usinagem. “Sem dúvida, a indústria automobilística continua puxando muito não só as nossas vendas, como também a de boa parte do setor metal-mecânico”, emenda Alfredo Ferrari, diretor da paulista Ergomat, que espera contabilizar negócios de R$ 2 milhões com a Expomac.

A Ferramentas Gerais (FG), distribuidora com sede em Porto Alegre, fechou nada menos que R$ 1,5 milhão em vendas. Com o corpo-a-corpo realizado, estima-se que o número aumente em R$ 1 milhão até dezembro. Os bons números, segundo Fernando Cordeiro, gerente de vendas externas da unidade de Curitiba, estão ligados ao aquecimento de alguns setores, como o de prestadores de serviço para montadoras, a metalurgia e o agronegócio. No momento, ele diz não temer as últimas variações cambiais, tendo em vista que algumas tabelas de preços para a importação foram fixadas no início do ano. “Entretanto, se o dólar continuar aumentando, irá afetar as negociações para 2009. Já está se falando de um aumento de preço em torno de 40% nos produtos que trazemos da China, por exemplo”, coloca.

Outras empresas que também dependem da importação, como a Fobrasa, distribuidora com matriz em São Paulo, demonstram-se seguras quanto às surpresas que o mercado pode vir a oferecer. A empresa, por uma questão estratégica de desenvolvimento na região em que foi realizada a Expomac, não repassou os custos oriundos da alta do dólar aos clientes. De acordo com Mauricio Gonçalves, supervisor de vendas, como a Fobrasa possui bases financeiras sólidas, ainda não está sentindo os efeitos das alterações na variação cambial. “Mas, se houver alguma situação de instabilidade futura, teremos que fazer algum ajuste nos preços”, ressalta. Ele aponta que, independentemente do mercado externo, a empresa quer crescer. “Temos uma expectativa futura muito boa. O Brasil é um país em crescimento, que está nos gerando oportunidades muito grandes”, diz.

Para a importadora de máquinas Meggaton, com matriz em São Paulo, os resultados obtidos no evento foram muito positivos – nos quatro dias de Expomac, seis equipamentos foram vendidos, totalizando um montante de mais de R$ 1,75 milhão. “Muitos clientes deixaram máquinas negociadas para fechamento no pós-feira. Acredito que poderemos vender mais 12 equipamentos”, afirma João Luiz Poleselo, diretor comercial.

Para o gerente comercial da Braffemam, fabricante em Campo Largo (PR) de guilhotinas e prensas hidráulicas, os quase R$ 2 milhões que a indústria está fechando em virtude da feira se devem ao fato da empresa estar um pouco “imune” aos percalços da economia. “Só trabalhamos com matéria-prima nacional e, por isso, conseguimos manter preços, prazo de entrega e assistência técnica diferenciados, que não sofrem com os problemas de aumento ou baixa do dólar, por exemplo”, explica o gerente comercial, Pablo Schellenberg.

Expomac ajuda a alcançar metas no Sul - Para a Iscar do Brasil, fabricante de ferramentas de corte para usinagem de peças com sede em Vinhedo (SP), essa edição da Expomac foi uma das melhores até agora. Isso porque, segundo Heraldo Marcellaris, gerente regional de vendas no Sul, novos contatos foram feitos, especialmente com o público do Paraná. “Para 2009, nossa meta é obter 20% de crescimento no Sul, tanto em vendas quanto em volume de produtos. Dividimos essa porcentagem pelos três estados, sendo que temos que crescer mais no Paraná”, coloca. Ele afirma que participar da feira auxiliará no cumprimento do planejamento da empresa: “Tendo novos clientes, com certeza traçaremos perspectivas ainda maiores para o ano que vem”.

A Perfimec S.A. – Centro de Serviços em Aço, de Curitiba (PR), também destaca a importância da Expomac para o crescimento dos negócios. A empresa, que pretende fechar 2008 com 40% de acréscimo no faturamento, teve a oportunidade de fazer contato com diversos clientes, principalmente de Santa Catarina. Danny João Berté, presidente, conta que visitantes de São Paulo também compareceram ao estande, mas para oferecer o fornecimento de seus equipamentos. “Dentro da feira, nós inclusive fechamos a compra de uma guilhotina, para nossa utilização na empresa”.

Outra expositor que acabou comprando equipamento na própria feira foi a Behrsul, de Curitiba. “Vendemos uns US$ 200 mil em prensas hidráulicas, mas compramos na feira uma máquina de US$ 170 mil dólares para melhorar a nossa produtividade”, conta o diretor Mario Luiz. Segundo ele, a atualização do parque fabril estava prevista para o ano que vem, mas foi antecipada devido ao bom momento do mercado. “Deveremos fechar 2008 com aumento nas vendas em torno de 30%, pois o setor está aquecido. Isso nos fez antecipar a compra de equipamentos para podermos ser mais produtivos”, explica.

Público qualificado foi um dos destaques - Ao longo da história, a Expomac vem se consolidando com uma feira de público altamente qualificado, com mais de 50% dos visitantes sendo presidentes, diretores e gerentes de empresas. Na edição 2008, não foi diferente. E a qualificação desse público, é, para os expositores, um dos motivos dos bons resultados alcançados. “Recebemos pessoas especializadas, com perguntas técnicas e realmente interessados nos nossos produtos. Isso vai nos gerar algo perto de R$ 1 milhão em negócios”, apontou Marcio A. Seguro, gerente para a Região Sul da Hexagon, que tem sede em São Paulo e trabalha com sistemas de medição. “Havia no público muita gente ligada à area, querendo saber questões técnicas dos equipamentos. Agendamos visitas com eles e é bem provável que tenhamos negócios”, completou Itamar Gama, promotor da Industécnica, de São Paulo, que trabalha com elementos de fixação, morsas hidráulicas, entre outros produtos.

Para Marcos Aurélio, gerente comercial da Unistamp, de Várzea Paulista (SP), importadora e revendedora de guilhotinhas, dobradeiras, entre outros equipamentos, chegou a ser surpeendente o resultado da feira em função do público qualificado. “Pessoas focadas em produtos nos fez vender logo no primeiro dia dez máquinas, sendo que esperávamos, em toda a feira, não mais do que sete”, diz Marcos Aurélio. Segundo ele, a feira vai contribuir para que as vendas totais da empresa para o Paraná aumentem de 25% para 40%. “Fica assim por um período pós-feira e depois recua, mas com certeza, o índice de 25% se elevará um pouco”, explica.

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