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08/10/2008 - 10:49

Norma padroniza comunicação em subestações de energia elétrica

Empresas siderúrgicas, mineradoras e cimenteiras tendem a adotar o novo padrão .

A norma IEC 61850, que já foi definida como padrão para os setores de energia e petroquímico no Brasil, vem se tornando uma tendência nas áreas de siderurgia, cimento e mineração. Exemplo disso foi o seminário “Introdução da Norma IEC 61850 – Aplicações Industriais”, promovido pela multinacional americana Schweitzer Engineering Laboratories (SEL), que reuniu na última quarta-feira, em Belo Horizonte, cerca de 130 engenheiros e técnicos de renomadas empresas, como Vale, Usiminas, Samarco, Orteng, Magnesita, Minerconsult, Petrobrás, Gerdau, Holcim e CSN.

Para o engenheiro eletricista da Orteng, Philippe Maurin, que compareceu ao evento, a norma deixou de ser apenas uma tendência e já se tornou realidade. A norma cria um protocolo para padronizar a comunicação em subestações de energia elétrica, promovendo a interoperabilidade dos sistemas de controle e proteção. Os resultados são simplificação da engenharia, confiabilidade das informações e redução de custos.

De acordo com o engenheiro e diretor comercial e de marketing da multinacional SEL, Fernando Pettinati Ayello, as informações que antes eram obtidas por fios e cabos convencionais passam a trafegar em velocidades de transmissão de 100 Mbit/s pela rede Ethernet, meio padrão de comunicação já consolidado e disponível no mercado.

O engenheiro eletricista Anderson Vargas veio da unidade da Vale em Vitória, Espírito Santo, para participar do seminário. “O protocolo é uma novidade no mercado e a Vale tem projetos de substituição de relés já nesses padrões. O momento exige que se conheça mais a fundo essa nova tecnologia”, explica. Para ele, a maior vantagem é a padronização dos equipamentos de diferentes fabricantes.

Os relés, "vigilantes" do sistema elétrico, quando "sentem" que algum problema está ocorrendo, iniciam ações para os desligamentos da energia, de forma a evitar que os problemas se propaguem para outras áreas não afetadas. “Existe uma grande responsabilidade por trás do engenheiro encarregado pela configuração dos relés de proteção, pois, em caso de erros de cálculos ou de implementação dos parâmetros, o equipamento poderá atuar de forma errada e causar enormes prejuízos à sociedade”, ressalta Fernando.

O engenheiro eletricista da Usiminas, José César Campos, conta que a idéia da Usiminas é implantar a norma IEC 61850 nas novas usinas que serão construídas, como a de Santana do Paraíso, próxima a Ipatinga, MG. O objetivo é padronizar e facilitar a manutenção no seu sistema de automação.

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