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08/10/2008 - 10:50

AES Eletropaulo e AES Tietê já investiram R$ 75,8 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento

Em ambas as empresas, nos últimos cinco anos, foram feitos cerca de 100 projetos, que agregaram valor para todo o setor elétrico.

A AES Eletropaulo, distribuidora que atende 24 municípios da região metropolitana de São Paulo (inclusive a capital), e a AES Tietê, geradora com dez usinas hidrelétricas no interior do Estado de São Paulo, investiram nos últimos cinco anos R$ 75,8 milhões em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Na distribuidora paulista, foram desenvolvidos, no período, cerca de 80 projetos nas áreas de Engenharia, Operações, Clientes Corporativos, Treinamento, Meio Ambiente e Segurança, Mercado de Energia, Tecnologia e Serviços e Combate a Perdas.

Na geradora hidrelétrica, os P&Ds se concentraram nos setores de Engenharia, Operações e Meio Ambiente, que totalizaram 18 projetos.

As empresas fizeram parcerias com instituições acadêmicas como Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), Mackenzie, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicação (CPqD), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Lactec do Paraná para realizar estes estudos.

“Desenvolver e aplicar tecnologia alinhada à estratégia operacional das empresas é um dos objetivos dos projetos de P&D. Nos últimos anos, temos sido referência no setor elétrico por conta dessas pesquisas. Isto agrega valor ao core business das organizações e aos profissionais que trabalham nestes projetos”, destaca o diretor de Estratégia e Gerenciamento de Performance da AES no Brasil, Sérgio Werneck.

Regulamentações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem às companhias investirem parte de suas receitas operacionais líquidas (ROL) para os projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. No caso da AES Eletropaulo, é destinado 0,2% da ROL, o que significa um valor de R$ 16 milhões anuais. Na AES Tietê, é investido 0,4% da ROL, o que representa R$ 5,8 milhões anuais.

Projetos de destaque da AES Eletropaulo - Na área de Engenharia, a distribuidora desenvolveu um P&D sobre a automação das chaves da rede de distribuição, o que quer dizer que toda a rede será monitorada remotamente. Esse é o primeiro passo para se evoluir para a rede inteligente, cujo estudo está em processo de validação da Aneel. A chave é o equipamento que liga e desliga partes do circuito elétrico. Tanto a atividade de seccionar como de religar é feito automaticamente. No ano passado, a empresa fez exaustivos testes em circuitos prioritários com as chaves automatizadas e os resultados são bastante satisfatórios.

Agora, os engenheiros da Eletropaulo aguardam a aprovação por parte do órgão regulador de um estudo, também de Automação, que visa a criação de uma rede inteligente, ou seja, ela própria terá recursos para localizar o defeito sozinha, autodiagnosticando-se, o que lhe propicia uma autoconfiguração. Por meio da transmissão de dados via rede elétrica, as informações seriam enviadas automaticamente para a Central de Operações. Para o diretor de Engenharia e Planejamento de Operações da empresa, Arnaldo Silva Neto, este projeto pode trazer grandes vantagens para a empresa e benefícios incalculáveis para os 5,7 milhões de clientes da companhia. “Redes auto-reconfiguráveis representam a segunda onda da automação da distribuição que começamos em 2007. O conceito é que chaves automáticas "conversem" entre si e, em caso de falta, tenham uma seqüência lógica de aberturas e fechamentos de forma a limitar ao mínimo e rapidamente o número de clientes afetados. Esse é o passo que deveremos iniciar em 2011, mas já existem projetos piloto em implantação”, diz Arnaldo.

Outro projeto que chama a atenção tanto do setor elétrico como do setor automotivo é o de veículos elétricos, que visa o desenvolvimento de medidores inteligentes de energia elétrica para carregadores de baterias para esse tipo de veículo. A empresa trabalha na criação de medidores que sejam instalados em locais públicos como shoppings centers, escolas e em estacionamentos. A idéia é que haja uma tomada de força e os usuários possuam um cartão pré-pago, semelhante aos utilizados pelas empresas de telefonia, para pagar pela energia utilizada quando carregarem as baterias.

Está em andamento na distribuidora um P&D que simula virtualmente atividades de linha viva em rede de distribuição aérea. Por meio de um sistema avançado de projeção tridimensional, o eletricista utilizará um joystick e óculos especiais pelos quais poderá interagir com o programa para operar em rede energizada. Por meio de realidade virtual, o treinando exercitará a atividade sem risco de se acidentar, reforçando o comportamento seguro em relação a essa atividade.

A área de Meio Ambiente da AES Eletropaulo desenvolveu um projeto de pesquisa, em parceria com o Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio) da USP, para transformar resto de poda de árvores em adubo e em biomassa. Segundo a coordenadora do P&D, a engenheira florestal Silma Carmelo, “o estudo comprovou a viabilidade técnica e econômica da utilização desse resíduo como composto tanto para a produção de adubo como para a geração de energia via biomassa. Comparou-se o preço do resíduo de poda com os existentes no mercado e também foi verificado o potencial energético desse composto misturado a outros materiais que tenham capacidade de gerar energia”.

Projetos de destaque da AES Tietê - O contato constante com a água leva os equipamentos das usinas hidrelétricas à corrosão. Tendo isto em mente, a equipe de manutenção mecânica da Água Vermelha da AES Tietê está desenvolvendo um método e materiais alternativos aos convencionalmente empregados no jateamento para o tratamento e combate desse fenômeno. Segundo o coordenador do projeto, prof. Carlos Perez Bergmann, espera-se uma redução nos problemas ambientais e nos custos elevados dos abrasivos atualmente empregados na remoção de óxidos de superfícies. O presente projeto também traz como benefícios a investigação de métodos alternativos a fim de melhorar questões como emissão de particulados, eficiência e custos bem como investigar abrasivos alternativos para substituição do atual a fim de melhorar o desempenho do processo. Como subproduto, o projeto inclui um estudo da reciclagem dos abrasivos e o impacto ambiental das técnicas propostas.

Destaque também para o P&D que estuda soluções via seleção de materiais e engenharia de superfície para evitar e minimizar a formação de incrustações causadas pelo mexilhão dourado. O mexilhão-dourado é um pequeno molusco originário da China, que chegou à América do Sul nas águas de lastro dos navios mercantes, invadiu a bacia Paraná-Paraguai e hoje está presente em vários rios. Nas usinas hidrelétricas, o acúmulo de mexilhões pode afundar equipamentos flutuantes, prejudicar a operação de equipamentos submersos e obstruir tubulações. Os sistemas de refrigeração das turbinas ficam sujeitos a entupimentos. Quando isso ocorre, a geração é interrompida. Com este P&D, a AES Tietê espera ter alternativas inéditas para a solução do problema de incrustações do mexilhão dourado nos equipamentos utilizados na captação e transporte de água para a refrigeração das usinas integradas ao sistema de geração hidrelétrica nacional.

AES no Brasil: Presente no país desde 1995, o grupo AES no Brasil é formado hoje por sete empresas que atuam no setor elétrico e de telecomunicações.

São duas distribuidoras, a AES Eletropaulo, a maior da América Latina, responsável pelo fornecimento de energia elétrica a 5,7 milhões de clientes em 24 municípios da região metropolitana de São Paulo, inclusive a capital; e a AES Sul, que atende um milhão de consumidores em 118 municípios do Rio Grande do Sul.

O grupo possui duas geradoras, a AES Tietê, concessionária de 10 usinas hidrelétricas nas regiões central e noroeste do Estado de São Paulo com capacidade total instalada de 2.651 MW (megawatts), o que equivale a 20% do consumo em todo o estado de São Paulo; e a AES Uruguaiana, usina termelétrica, localizada no Rio Grande do Sul, com capacidade instalada de 639 MW.

Há também a AES Infoenergy, comercializadora de energia elétrica e duas empresas que atuam no segmento de telecomunicações: a AES Com Rio, provedora de circuitos de fibra ótica para o setor de telecomunicações, que atende a alguns dos principais municípios do Estado do Rio de Janeiro; e a AES Eletropaulo Telecom, cuja atividade principal é o atendimento às necessidades de acesso local na Grande São Paulo para operadores de telefonia fixa local e de grande distância, para telefonia móvel e para provedores de serviços de telecomunicações.

Todas estas empresas, exceto a AES Sul, que é totalmente controlada pela AES, integram a holding Cia. Brasiliana de Energia, formada pela AES Corp., que detém 50,01% do controle, e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com 49,99%.

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