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Agroecologia fortalece geração de trabalho e renda junto a pequenos agricultores

Investimento da Fundação Banco do Brasil, Ministério da Integração e Sebrae transforma realidade e diminui as desigualdades sociais no país.

Brasília - Uma tecnologia social, o projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), está modificando a realidade de 1.003 famílias brasileiras. Com 548 unidades instaladas em todo o país, o Pais tem como pilares a horta em formato circular, a irrigação por gotejamento e um galinheiro para fornecimento de adubo orgânico.

A simplicidade da idéia é que garante a sustentabilidade do projeto, já implantado em 12 estados brasileiros, com agricultores familiares, em áreas indígenas e quilombolas. Uma avaliação do projeto foi apresentada hoje (26), em Brasília, pelo ator Marcos Palmeira, o cacique xavante Izaías Trowe Tseretwe, da aldeia São Pedro, de Xavantina (MT), e o agrônomo senegalês Aly Ndiaye, criador da tecnologia.

A reaplicação da tecnologia social no Brasil é resultado de parceria entre a Fundação Banco do Brasil, o Ministério da Integração Nacional e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Até hoje, os parceiros investiram R$ 3,51 milhões na reaplicação do projeto.

Alguns cuidados devem ser tomados para a implantação do Pais. A primeira etapa é escolher um terreno com pouca ou nenhuma declividade. O ideal é que o espaço seja protegido do vento e o mais próximo possível de uma fonte de água e que receba luz do sol a maior parte do dia.

Na parte central do empreendimento, deverá ser construído um galinheiro circular com capacidade para 11 aves. Os canteiros devem ser preparados em forma circular, com largura de 1,20 metro e distância de 50 centímetros entre eles. O preparo do solo dos canteiros deverá ser enriquecido com matéria orgânica.

Geração de renda - Desde que foi implementado, em 2005, nas aldeias Onça Preta, São Pedro, Parina'ia, localizadas no município de Campinápolis (MT), o projeto foi responsável por uma série de melhorias na qualidade de vida de cerca de 400 famílias indígenas, como a redução da mortalidade infantil, o aumento do consumo de alimentos saudáveis e a diminuição do caso de doenças, como diarréia e gripe. O Pais ajudou, ainda, a gerar empregos e aumentar a renda dessas populações, que pode variar entre R$ 180 e R$ 300, por semana.

Para o ator Marcos Palmeira, o Pais incentiva o cultivo de alimentos saudáveis e envolve, ainda, educação, saúde e a cultura, pois resgata antigos modos de vida das pessoas. No caso dos Xavante, eles passaram a cultivar o algodão, o urucum e o consumo de verduras e hortaliças.

O cacique Izaías Trowe diz que a proposta é um presente para as gerações futuras. O agrônomo Aly Ndiaye afirma que o grande diferencial da tecnologia é sua sustentabilidade, pois as matérias-primas utilizadas são as mais facilmente encontradas na região.

O produtor Osmar Lourenço da Mata, do município de Três Barras, em Goiás, está satisfeito com a horta agroecológica que construiu em um hectare de terra. "Ontem era empregado e hoje sustento minha família com o cultivo de mandiocas, abacaxis, bananas e hortaliças", diz.

O presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, reforça a importância do estabelecimento de parcerias para a multiplicação de tecnologias sustentáveis que garantam a melhoria da qualidade de vida e gerem renda e trabalho para a população brasileira.

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