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Fórum Mundial apresentará caso de sucesso do Pantanal Matogrossense

Do turismo predatório à preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade: o Parque Natural Regional do Pantanal (PNRP), do Mato Grosso do Sul, se inspirou em um modelo francês de parques para remodelar seu turismo. A doutora pela Universidade Federal do Paraná e professora de geografia, Icléia Albuquerque de Vargas, vai apresentar esta transformação, defendida em sua tese de doutorado, durante o Fórum Mundial de Turismo para a Paz e Desenvolvimento Sustentável – Destinations 2006, que acontece de 29 de novembro a 2 de dezembro em Porto Alegre (RS).

De acordo com a doutora, principalmente na década de 80 o turismo no Pantanal era movido pela pesca predatória. “Os turistas, geralmente grupos de homens, iam para a região já com comidas e bebidas, enchiam seus isopores de peixe e iam embora”, relata. Cientes do encanto das paisagens e das conseqüências ambientais que o turismo predatório trazia, os pantaneiros, proprietários de fazendas do pantanal, se reuniram e criaram, em 2002, o Parque Natural Regional do Pantanal.

“A Federação Francesa de Parques Naturais Regionais deu recursos humanos e financeiros para que o parque fosse criado”, explica Icléia. No modelo francês, a demanda nasce dos moradores locais, que se organizam e seguem a normatização já existente para parques naturais. “O modelo francês trazido para o Brasil se preocupa com a valorização da população e cultura local, preservação ambiental e com o trabalho coletivo”, explica Icléia.

Outra iniciativa foi a criação da Associação de Pousadas Pantaneiras (PPAN – MS), onde as casas das fazenda se transformaram em hospedarias e apresentam para o turista o cotidiano do pantaneiro. “Os turistas, principalmente os estrangeiros, se encantam com as atividades rurais, como a lida com o gado, e acabam participando”, acrescenta a doutora.

Hoje, o Pantanal do Mato Grosso do Sul foca seu turismo no ecoturismo, turismo de aventura e turismo de contemplação. “As famílias locais produzem artesanato, com palha, couro e lã de cordeiro, e comidas típicas, como arroz carreteiro e churrasco pantaneiro, ganhando seu sustento por meio do turismo”, destaca a professora de geografia. “De simples peões de fazenda ou pescadores passaram a ser exportadores de nossa cultura”, finaliza.

Icléia Albuquerque de Vargas é doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), mestre em Educação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e bacharel e licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Sua tese de doutorado, que será apresentada durante o fórum, foi publicada pela editora da UFMS e tem como título “Território, identidade, paisagem e governança no Pantanal Mato-Grossense”.

. Mais informações: www.desti-nations.net

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