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Crescimento da energia solar e o PAC


Na paulista Birigüi, aquecimento solar já é realidade nos empreendimentos populares.

Município pioneiro na promulgação de Lei Municipal que incentiva o uso de energia solar ganha conjunto habitacional equipado com coletores para banho; medida ambientalmente saudável também proporciona economia no consumo de energia.

Birigüi (SP) – Alguns dos resultados que o governo federal espera de seu PAC – Plano de Aceleração do Crescimento – já podem ser medidos na prática na cidade paulista de Birigüi, município com cerca de 100 mil habitantes da região Oeste do Estado. Lá, um grupo de 115 pessoas que em breve receberá da Caixa Econômica Federal as chaves da casa própria em um conjunto habitacional, terá mais de um motivo para comemorar.

Além de entrar em suas habitações novinhas em folha, com valor médio de R$ 31 mil, financiadas pela CEF, esses moradores de baixa renda estarão entre os primeiros do Brasil a ter suas moradias equipadas com coletores solares de banho – coisa que até há pouco tempo, ainda que equivocadamente, era considerada luxo para ricos.

O novo conjunto habitacional tornou-se possível graças ao PAR – Programa de Arrendamento Residencial -, da CEF, desenvolvido naquele município por meio de uma parceria envolvendo a Prefeitura e a Câmara Municipal – que disponibilizaram terrenos e infra-estrutura -, a construtora local Atlanta e outras empresas.

Birigüi, que abriga uma das maiores indústrias de equipamentos para aquecimento solar para banho e piscina do Brasil – a Transsen Aquecedor Solar, com cerca de 150 colaboradores -, vale dizer, tornou-se o primeiro município brasileiro a ser convertido numa cidade solar, ou seja, um local no qual o poder público promulgou Lei Municipal que incentiva as construtoras a adotar a energia solar nos empreendimentos imobiliários.

No caso dos empreendimentos populares, não se trata de incentivo, mas de obrigatoriedade. A Lei, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal birigüiense, foi inspirada em cidades da Alemanha, país considerado líder mundial em uso de energia solar para fins residenciais.

O empreendimento da CEF em Birigüi ostentará a marca Transsen - familiar à população por ser uma empresa situada no município -, em cada um dos 115 telhados, o que está enchendo de orgulho e otimismo a direção da empresa.

“Esse empreendimento é a prova viva da viabilidade técnica, da funcionalidade e das dezenas de benefícios que a energia solar leva às pessoas e às comunidades independentemente de renda ou poder aquisitivo”, salienta Edson Pereira, vice-presidente da Transsen.

“Para começar, os moradores do conjunto habitacional, pessoas humildes e trabalhadoras, poderão contabilizar uma economia de até 50% em sua conta de energia elétrica”, exemplifica o executivo. “Isso sem falar na contribuição que dão ao meio ambiente pelo uso de uma energia natural renovável”, complementa.

De acordo com o executivo, o exemplo de Birigüi certamente será capaz de influenciar o emprego da energia solar em outras cidades brasileiras. Segundo ele, a própria CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano -, pertencente ao Governo do Estado de SP, já recebeu da Transsen, em doação, coletores solares de banho para equipar outras 50 casas que foram construídas recentemente na cidade de Cafelândia, também da região Oeste do Estado de SP.

Para o vice-presidente da Transsen, com as projeções de aquecimento para o setor de construção civil como há muito não se via no Brasil, os fabricantes que comercializam equipamentos solares de qualidade, como a empresa birigüiense, deverão experimentar um salto nos negócios – a Transsen espera crescer pelo menos 20% este ano.

“Mas se as expectativas em torno do PAC se concretizarem, poderemos rever essa meta em algum momento”, adverte Edson Pereira. Outro fator que influencia as projeções otimistas da Transsen está ligado às previsões de crise energética para o ano de 2008. “Num país como o Brasil, que já enfrentou crises energéticas e pode voltar a enfrentá-las, a adoção de energias alternativas é urgente”, crê Pereira.

Segundo a Abrava – Associação Brasileira das Empresas de Refrigeração, Condicionamento de Ar, Ventilação e Aquecimento -, entidade à qual estão ligadas as indústrias de equipamentos solares, o mercado brasileiro de aquecedores solares movimenta anualmente em torno de R$ 200 milhões. “Este número pode crescer muito, pelo menos duplicar em três anos, se o PAC for bem-sucedido”, aposta o vice-presidente da Transsen.

Perfil da Transsen Aquecedor Solar e o Instituto Susana Cintra - Com 20 anos de atuação que completa este ano, a empresa registrou crescimento próximo a 200% entre os períodos de 2002 e 2005. Emprega cerca de 150 colaboradores e produz anualmente em torno de 8,5 mil equipamentos, nas versões banho e piscina, além de controladores eletrônicos. Vale dizer que passa pelos coletores da Transsen instalados no País, todos os dias, volume médio de 40 milhões de litros de água - suficiente para encher mais de 1.000 piscinas de padrão 35 m².

A Transsen Aquecedor Solar, com o apoio de colaboradores e contribuidores, mantém o Instituto Susana Cintra, que leva o nome da presidente da empresa e assiste a cerca de 60 crianças de Birigüi e região. Estas, em período integral nas dependências da entidade, recebem alimentação, educação escolar e assistência médica, psicológica e ondontológica. * Foto: Moradia em Birigüi equipada com a placa coletora e o reservatório (boiler) Transsen

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