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11/10/2008 - 08:27

Aperto de crédito deve gerar crescimento de até 20% na locação corporativa de automóveis

Com dificuldade para levantar capital nos bancos, empresas tendem a recorrer à venda dos automóveis próprios como opção para socorrer o caixa, avalia a ABLA.

As locadoras de automóveis começam a se preparar para um aumento de até 20% na demanda pela locação corporativa, a chamada 'terceirização de frotas', nos próximos três meses. O motivo é o agravamento da crise financeira, que tornou o crédito mais escasso e caro. Com isso, empresas interessadas em levantar capital de giro se vêem obrigadas a venderem ativos, caso dos automóveis, principalmente quando estes não estão diretamente relacionados à sua atividade-fim.

Paulo Saab, presidente executivo da ABLA, (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), acrescenta que o aumento das taxas de juros também já prejudica aqueles que pretendiam comprar automóveis a crédito. "Estes pagarão mais para adquirir os carros. Assim, nesta conjuntura, os que alugam serão diretamente beneficiados, pois o preço pago por um automóvel alugado é estável durante toda vigência do contrato com a locadora".

Conforme a ABLA, que representa nacionalmente as 1.905 locadoras que atuam no País, a terceirização já responde por 55% do faturamento do setor, que em 2007 atingiu R$ 3,49 bilhões.

Saab explica que o setor projeta o crescimento de até 20% na demanda exatamente em função de "estarmos vivendo em meio ao 'olho do furacão'. Temos convicção de que ainda crescerá a quantidade de empresas que partirá para a venda da frota própria como opção de socorro ao caixa, alugando somente a quantidade necessária de automóveis", afirma, partindo do fato que não apenas as grandes, mas também as de médio e pequeno porte já sofrem com a falta de crédito.

Nesse modelo de negócio, o da terceirização de frotas, a locadora assume a compra dos veículos e os serviços e taxas envolvidos, bem como os custos de revenda dos automóveis. As despesas de manutenção, seguro e impostos também ficam por conta das prestadoras do serviço. Conforme a ABLA, isso faz com que o aluguel implique em um desembolso final inferior (aproximadamente 25%, em média) se comparado com o das frotas próprias - inclusive após creditar-se ao comprador o valor referente à venda dos usados, após 24 meses.

Preço: Com relação ao dólar, mesmo que a alta seja prolongada, Saab diz que o setor descarta conseqüências diretas nos preços da locação de automóveis. Mesmo após as contínuas desvalorizações do real frente ao dólar, hoje cotado acima dos R$ 2,20 as diárias para aluguel de carros no Brasil permanecem praticamente inalteradas, favorecendo a locação de veículos.

Segundo avaliação da ABLA, o preço da locação no Brasil já é o mais baixo do mundo, se comparado em dólar, ao que é praticado lá fora. Conforme o mais recente censo da ABLA, o número de usuários aumentou em um milhão no último ano, passando de 14,1 milhões para 15,1 milhões.

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