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Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro apresenta Impressões originais: a gravura desde o século XV


Seis séculos de gravura contam a história da arte ocidental de Dürer, Goya, Rembrandt a Picasso, Matisse, Nolde, Warhol

De 27 de fevereiro, terça-feira a 29 de abril de 2007, de erça a domingo, 10h às 21h , no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, Rua Primeiro de Março 66, Centro - Rio de Janeiro | Telefone (21) 3808-2020 | www.bb.com.br/cultura. A curadoria é de Carlos Martins, Valéria Piccoli e Pieter Tjabbes. Palestra no dia 30 de março (sexta-feira) às 18h30, Carlos Martins e Pieter Tjabbes fazem palestra grátis, sobre o recorte curatorial escolhido e os módulos que compõem o extenso panorama da história da gravura no Ocidente, da invenção da xilogravura, no século XV, até a serigrafia da Pop Art e da Nova Figuração, nos anos 60 e 70.

Com cerca de 280 obras de artistas referenciais nacionais e internacionais, "Impressões originais: a gravura desde o século XV" abre a temporada 2007 de artes plásticas do Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB Rio), no dia 27 de fevereiro, terça-feira, a partir das 10h.

A vasta abrangência da proposta desta mostra levou os curadores Carlos Martins, Valéria Piccoli e Pieter Tjabbes a fazerem escolhas muito precisas para manter uma visão histórica de longo alcance: desde a invenção da xilogravura no século XV na Europa até a Nova Figuração, anos 70, no Brasil e no mundo, nas várias técnicas de gravação - metal, xilogravura, litografia, água-forte, buril, linóleo, relevo seco, fotogravura etc.

A primeira dessas opções foi incluir apenas gravuras originais, isto é, as idealizadas como composições inéditas, criadas, gravadas e impressas por um mesmo artista, ou sob sua supervisão.

Elas se diferenciam das gravuras de reprodução, em que um gravador parte de uma composição de outro artista, seja ela pintura, escultura, afresco, iluminuras, que eram, então, multiplicadas em ateliês, com o objetivo de divulgar a obra daquele artista e fazer circular a imagem.

A segunda opção de recorte curatorial foi a de colocar em destaque marcos históricos da arte da gravura, em que as técnicas de impressão foram instrumentos de constituição e veículo de poéticas artísticas:

Origens da gravura - reúne xilogravuras e gravuras a buril dos séculos XVI e XVII que mostram a apropriação das novas técnicas de expressão visual e as propostas de novos temas;

Expressionismo - traz obras de intenso tom dramático e de crítica social produzidas na primeira metade do século XX, por uma geração de artistas marcada pelas guerras mundiais;

Abstração - destaca-se a vertente geométrica, que se vale da superfície plana e uniforme da serigrafia para construir jogos óticos, e a informal, que tira proveito de técnicas que traduzem a gestualidade da pintura na superfície impressa;

Pop Art e Nova Figuração - reúne artistas que, a partir dos anos 60, incorporam e reinterpretam signos da comunicação de massa, produzindo trabalhos derivados do cotidiano. As edições passam a ser maiores em conformidade com a velocidade do consumo.

A partir destes parâmetros, a exposição se organiza em torno da produção de sete artistas seminais para muitas gerações de gravadores pela originalidade, espírito transgressivo ou maneira inventiva com que usaram as técnicas de gravura.

São eles o alemão Albrecht Dürer (1471-1528), o holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669), o francês Jacques Callot (1592-1635), o italiano Giovanni Battista Piranesi (1720-1778), os espanhóis Francisco de Goya (1746-1828) e Pablo Picasso (1881-1973) e o italiano Giorgio Morandi (1890-1964).

Nomes como Andy Warhol (1928-1987), Antoni Tàpies (1923-), Emil Nolde (1867-1956), Henri Matisse (1869-1954), James Ensor (1860-1949), Joan Miró (1893-1983), Oskar Kokoschka (1886-1980) e Roy Lichtenstein (1923-1997) fazem parte da mostra, entre outros destaques.

As peças vêm de acervos holandeses - dos museus Stedelijk Museum Schiedam e Leiden Prentenkabinet, de Leiden, de coleções particulares e públicas brasileiras, como do Museu Nacional de Belas Artes, Biblioteca Nacional, Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAC-USP, Fundação Nemirovsky, Museu Lasar Segall, Fundação Ema Klabin, entre outras.

Montagem -Impressões originais: a gravura desde o século XV, idealizada pela Art Unlimited, é uma exposição didática, com montagem cronológica, que inclui elementos de um ateliê de gravura, como prensa e instrumentos. Há matrizes da versão portuguesa do manual de gravura em metal do francês Abraham Bosse, de 1805, e raridades bibliográficas, como um incunábulo do século XV - livro cujas imagens e texto são impressos com matrizes de madeira e um volume da mesma época ilustrado com iluminuras. Estes dois ítens mostram a função inicial da gravura como difusora de informação, no processo de passagem do manuscrito artesanal para a produção em série, com a invenção da mídia impressa. Em uma das paredes, há um glossário, também publicado no catálogo que acompanha a mostra, com 20 termos inerentes à gramática desse processo de reprodução através dos séculos.

O segundo segmento começa pela obra de Piranesi, à qual se segue a de Goya, do Expressionismo, de Picasso, Morandi e os movimentos abstratos (geométricos e líricos) e, por fim, a Pop Art e a Nova Figuração.

A Art Unlimited trabalha há cerca de 10 anos no segmento cultural, idealizando e produzindo exposições de artes e assessorando importantes instituições nacionais e internacionais. Entre seus trabalhos recentes estão a exposição "Lina Bo Bardi - Arquiteto", no MASP; "Henry Moore: Uma Retrospectiva", na Pinacoteca de São Paulo, no Paço Imperial, RJ, e no CCBB Brasília; e a curadoria e organização da exposição "Rembrandt e a Arte da Gravura", no CCBB-SP, CCBB-RJ e Museu Oscar Niemeyer, Curitiba.

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