Mantega afirma que R$ 100 bilhões de compulsórios garantem liquidez ao mercado

Brasília - Os R$ 100 bilhões de depósitos compulsórios que o Banco Central pretende injetar no mercado são suficientes para assegurar a liquidez necessária. Pelo menos, por enquanto. A garantia é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. “É suficiente pelo menos para as questões que se colocaram até o presente. Não adianta dar um tiro de canhão para matar um esquilo ou um coelho”, afirmou Mantega, em entrevista exclusiva ao correspondente da TV Brasil em Washington, Floriano Filho.

No dia 13 de outubro (segunda-feira), em reação ao agravamento da crise financeira internacional, o Banco Central anunciou a decisão de implementar um programação de liberação integral de recursos que deveriam ser recolhidos pelos bancos à autoridade monetária (recolhimento compulsório). As liberações serão efetuadas de acordo com as necessidades de recursos (liquidez) dos mercados até o montante de R$ 100 bilhões. Nesta segunda-feira mesmo foi anunciada a liberação de até R$ 27,1 bilhões.

De acordo com Mantega, a injeção de recursos é uma demonstração de que o governo fará o que for necessário para restabelecer a liquidez e a confiança no mercado. “O governo tem armamento leve e tem armamento pesado."

O ministro descartou, no entanto, a necessidade de compra de bancos pelo governo federal. “Estão todos sólidos e robustos. Portanto, não tem nada a ver com aquilo que está acontecendo na Europa e nos Estados Unidos”, afirmou.

Para 2009, a previsão é de redução da demanda, do investimento, do nível de atividade e da arrecadação do governo federal. “Como temos, hoje, gorduras, cair um pouco não chega a comprometer o crescimento robusto da economia brasileira”, acredita o ministro da Fazenda. | Por: Mylena Fior/ABr