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15/10/2008 - 08:06

A indústria siderúrgica brasileira mantém as metas de 2008

E preferem não arriscar nenhuma projeção para 2009, apenas acreditar no cenário de crescimento produtivo do país.

A indústria siderúrgica brasileira mantém suas metas de produção de aço bruto em 2008, e devido o cenário de crise financeira internacional não arriscam projeções para 2009.

Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Flávio Roberto de Azevedo, apesar de algumas produtoras de aço estarem fazendo ajustes de produção neste semestre, as paradas estão ocorrendo diante de necessidades de manutenção que foram antecipadas.

"Existem necessidades de manutenção e você antecipa paradas diante da conjuntura. Mas isso não significa que vão produzir menos anualmente", disse Azevedo na coletiva de imprensa logo após o lançamento do Relatório de Sustentabilidade do Setor Siderúrgico Brasileiro, pelo IBS em São Paulo.

A expectativa do IBS é de produção de cerca de 37 milhões de toneladas de aço bruto em 2008, expansão de 7,4 por cento sobre 2007.

"Para 2009, qualquer projeção é especulativa, não vejo motivo para o setor siderúrgico não crescer mais que o PIB (Produto Interno Bruto) ano que vem", acrescentou o presidente do IBS.

A expectativa do mercado é de que o PIB cresça 3,5 por cento em 2009 depois de avançar cerca de 5 por cento este ano.

Na sua opinião um cenário de crescimento, e crescimento produtivo.

Ele afirmou que não existe problemas de crédito que possam reduzir a velocidade de implantação dos projetos de expansão do setor.

A indústria produtora de aço do Brasil projeta investimentos de 58,7 bilhões de dólares de 2007 a 2015, elevando a capacidade produtiva de 41 milhões de toneladas anuais para 66,7 milhões de toneladas. Se forem incluídas as 16,5 milhões de toneladas previstas em projetos em estudos, totalizam 83,2 milhões de toneladas no final do período.

"Os projetos em estudo podem sofrer alteração", ponderou Azevedo, ao responder pergunta sobre os planos que ainda estão nas pranchetas das siderúrgicas. Segundo ele, a maior parte dos recursos para os investimentos está saindo do caixa das próprias empresas ou de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Entre as siderúrgicas que estão avaliando seu parque produtivo está a ArcelorMittal Brasil, unidade do maior grupo siderúrgico do mundo, a ArcelorMittal, que sinalizou em setembro que pretende cortar produção em 15 por cento para dar sustentação aos preços. Os cortes se concentrariam primeiramente em produtos de aço longo.

Ao ser questionado sobre a estratégia da empresa no Brasil, o presidente da ArcelorMittal Brasil, presente ao evento do IBS, José Armando Campos, afirmou que estão "estudando onde ajustar em função da evolução da demanda nesses últimos três meses, a fase é de análise”, afirma.

Sobre o mercado de construção civil, importante consumidor de aços longos, Campos não compreende de um lado o sinal vermelho diz que vai haver escassez de crédito, de outro um grande número de anúncios de imobiliários nos grandes jornais, “alguma coisa não bate”, sintetiza.

Ele não confirmou informação de relatório do Goldman Sachs de que a ArcelorMittal Tubarão, no Espírito Santo, estuda cortar produção de placas em 20 por cento neste final de ano. A resposta é que o assunto está sendo estudado.

Relatório de Sustentabilidade do Setor Siderúrgico Brasileiro - Cerca de 70 pessoas participaram no dia 14 de outubro (terça-feira), em São Paulo, do lançamento da edição anual do Relatório de Sustentabilidade do Setor Siderúrgico Brasileiro, produzida pelo IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia. Durante o evento, o presidente do IBS, Flávio Roberto Silva de Azevedo, também presidente da V&M do Brasil, destacou os investimentos que vêm sendo realizados pelas indústrias de aço brasileiras em práticas de gestão sustentáveis. “No ano passado, 94% dos co-produtos gerados pelo processo siderúrgico foram reaproveitados”, afirmou Azevedo. Também foram destacadas as políticas de uso racional de recursos, principalmente no que se refere ao uso da água e da energia elétrica por parte da indústria siderúrgica, além da reciclabilidade do aço em 100%.

Participaram também dos debates o conselheiro do IBS e presidente da ArcelorMittal Tubarão, José Armando de Figueiredo Campos; o diretor de engenharia, meio ambiente e energia do Grupo Gerdau, Érico Sommer; e o vice-presidente executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes. Na platéia, representantes da cadeira sídero-metalúrgica, parlamentares, empresários e imprensa.

A publicação traz informações a respeito das políticas e práticas de gestão e apresenta dados sobre os resultados de 2007 das empresas associadas ao Instituto, nas dimensões econômica, social e ambiental. Pelo segundo ano consecutivo, a estrutura e o conteúdo do documento foram definidos com base nas Diretrizes para Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade do GRI – Global Reporting Initiative. Estas diretrizes consistem em princípios que definem o conteúdo do documento e dão a garantia dos indicadores de desempenho que devem integrar o conteúdo de Relatórios e Protocolos, orientando como estas informações devem ser apuradas e publicadas.

O desenvolvimento do Relatório de Sustentabilidade 2008 foi coordenado pelo IBS e contou com a orientação e o apoio da Consultoria AMCE Negócios Sustentáveis, além da participação de um grande número de colaboradores das empresas associadas ao Instituto. O processo envolveu um importante trabalho de adequação de indicadores e alinhamento de critérios para apuração de dados e informações entre todas as Siderúrgicas.

Perfil do IBS - Fundado em 1963, o Instituto Brasileiro de Siderurgia tem o objetivo de congregar e representar as empresas siderúrgicas brasileiras, defendendo seus interesses e promovendo seu desenvolvimento. Para isso o IBS realiza estudos e pesquisas relacionados à produção, equipamentos e tecnologia, matérias-primas e energia, tendências de mercado, novas aplicações do aço e relações industriais; coleta dados, prepara e divulga estatísticas; colabora na normalização de produtos; desenvolve programas e políticas definidos pelo setor; atua como representante setorial junto a órgãos e entidades públicas e privadas no País e no exterior; realiza atividades de relações públicas e mantém contato com entidades afins no exterior.

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