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15/10/2008 - 08:36

Crise financeira internacional não afetará investimentos no pré-sal, segundo ANP

Rio de Janeiro - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Haroldo Lima, afirmou no dia 14 de outubro (sexta-feira), no Rio, que a crise financeira internacional não afetou a comissão interministerial criada para apresentar alternativas de modelo exploratório para a região e que também vai afetar o plano de investimentos que se fará necessário para desenvolver as atividades de exploração e produção nos campos do pré-sal. Na avaliação do diretor da ANP, a crise é “uma questão conjuntural”, de momento, enquanto os investimentos para o desenvolvimento das atividades na região do pré-sal são de longo prazo e, por isso mesmo, não faltarão investidores.

“Tem muita gente querendo investir pelo governo. Chegam para nós e afirmam: vocês não precisam investir nada. Essa é a experiência em todo o mundo. Como o governo tem em sua retaguarda volumes de petróleo gigantescos e como há escassez de petróleo no mundo, todos querem saber de que forma participam da exploração desse petróleo existente no país.”

As declarações do direto-geral da ANP foram dadas durante audiência pública de apresentação das áreas envolvidas na 10ª Rodada de Licitações que a agência vai realizar, dia 18 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Lima estimou em, no mínimo, US$ 300 bilhões a US$ 400 bilhões o volume de investimentos necessários para serem aplicados no desenvolvimento da área do pré-sal nos próximos dez anos.

Sobre os trabalhos que vem sendo desenvolvidos pela comissão interministerial criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar soluções para o estabelecimento de um novo marco relatório a ser adotado especificamente para o pré-sal, o diretor geral da ANP admitiu que eles foram atrapalhados “um pouco” pelo processo eleitoral. Por isso, acrescentou, só deverão ser entregues a Lula após as eleições, provavelmente ainda no início de novembro, uma vez que boa parte dos ministros que integram a comissão estava ou está envolvida no processo eleitoral.

“Na verdade houve uma alteração de prazo. A comissão, embora tenha trabalhado intensamente nesse período, não conseguiu concluir os trabalhos e, com a proximidade das eleições, isso gerou atrasos maiores. A divulgação ficou para este intervalo entre o primeiro e o segundo turnos das eleições, o que também não deu certo, porque diversas autoridades que participam da comissão ainda estão envolvidas na campanha. De qualquer forma, as conclusões dos trabalhos deverão ser apresentadas para aprovação do presidente logo após as eleições”.

De qualquer maneira, Lima estimou faltarem apenas duas reuniões para que a comissão possa apresentar ao presidente todas as alternativas de modelo para a exploração do pré-sal.

Ele, no entanto, não adiantou o número de alternativas que serão propostas ao presidente, embora tenha admitido, mais uma vez, que uma delas é a criação de uma nova estatal.

Sobre a 10ª Rodada de Licitações, Lima informou que, embora só possua blocos em terra para serem licitados, ela “tem tudo para ser um sucesso”.

"A mesma coisa aconteceu com a 9ª Rodada depois que foram retirados os blocos do pré-sal ou próximos a ele. Muita gente achou que seria uma rodadinh, mas foi um sucesso e bateu todos os recordes. A mesma coisa ocorrerá agora: a 10ª rodada seguramente será uma grande rodada”.

Na avaliação de Lima, se as grandes empresas não participarem da 10ª Rodada, elas perderam, como alias já haviam perdido na 9ª. “É muito comum as grandes empresas perderem. Sem elas não participarem, elas perdem, e não nós. O Brasil é que ganha. Por ser uma rodada de blocos basicamente terrestres, é possível que a predominância seja pela participação muito maior de empresas brasileiras de porte médio ou grande”.

A 10ª Rodada de Licitações estará ofertando 130 blocos terrestres localizados em oito setores de sete bacias sedimentares: Amazonas, Paraná, Parecis, Potiguar, Recôncavo, São Francisco e Sergipe-Alagoas, totalizando mais de 70 mil quilômetros quadrados de área.| Por: Nielmar de Oliveira/ABr

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