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16/10/2008 - 09:39

Linhas de crédito italiano vão beneficiar acordos entre as empresas

No próximo dia 20 de outubro missão empresarial italiana abrirá debate na FIESP-Federação das Industrias do Estado de São Paulo para ampliar possibilidades de negócios entre as empresas, amparadas por instrumentos de crédito do Brasil e da Itália.

Organizada pelo ICE – Instituto Italiano para o Comércio Exterior, Departamento de Promoção de Intercâmbios da Embaixada da Itália, missão com 25 empresas e instituições financeiras chega ao país interessada na troca de colaboração comercial, industrial e tecnológica, com parceiros brasileiros, nas mais diversas áreas: setores que vão da produção de energia por meio de fontes alternativas ao desenvolvimento de superfícies adequadas a aplicações na área biomédica; da prestação de serviços de consultoria na área de gestão e internacionalização de empresas a atividades no setor imobiliário; do fornecimento de componentes de automação mecânicos, hidráulicos e pneumáticos ao projeto e fabricação de implementos rodoviários etc.

De 20 a 24 de outubro, esta delegação percorre as cidades de São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte contando com o apoio das respectivas Federações das Indústrias e Câmaras de Comércio Italo-Brasileiras.

Esta iniciativa faz parte do Programa Extraordinário Made in Italy, onde o Brasil está sendo priorizado nas ações de promoção comercial e criação de oportunidades que fomentem o aperfeiçoamento das relações entre os dois países.

Onze empresas da Emilia Romagna, reunidas numa ação da Unindustria Bologna e da COFIMP (Consórcio para a formação e desenvolvimento de pequenas e médias empresas), fazem parte da delegação.

Canais de financiamentos - A estratégia do governo italiano baseia-se no tripé formado por três organismos: o ICE, responsável pela promoção comercial; a SACE (Servizi Assicurativi del Commercio Estero) – seguradora de crédito e investimentos que opera em mais de 150 países com foco em mercados emergentes e controlada pelo Ministério da Economia e Finanças da Itália; e a SIMEST, sociedade controlada pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico que financia as empresas interessadas em fincar bandeiras em outros países.

A SIMEST pode adquirir até 49% do capital social de empresas no exterior, em áreas geográficas consideradas estratégicas, como é o caso do Brasil. A participação do órgão na Missão permite que as empresas italianas tenham acesso facilitado às linhas de crédito, para o financiamento da sua quota de participação nas empresas fora da UE. Apóia, também, a exportação de máquinas e sistemas das empresas italianas, financia estudos de viabilidade e programas de assistência técnica e de desenvolvimento comercial. Fornece às empresas italianas serviços de assistência técnica e de consultoria profissional, como atividades de scouting, iniciativas de matchmaking e assistência financeira, legal e societária relativas a projetos de investimento no exterior.

Na parte da Emilia Romagna, o Brasilmech é o instrumento que facilita os processos de internacionalização no Brasil, por meio da realização de pesquisas de mercado personalizadas, adaptação de projetos estratégicos de internacionalização empresarial, identificação de parceiros, organização de encontros B2B e de rodadas de negócios, além do acompanhamento na fase de viabilidade operacional do projeto. Os parceiros institucionais são o Governo da Região Emilia Romagna, o COFIMP (Consórcio para a formação e desenvolvimento de pequenas e médias empresas); a Unindustria Bologna, associação afiliada à Confindustria Nacional que reúne mais de 2000 empresas, com 97 mil funcionários que geram 18 bilhões de Euros de faturamento global, cadeia produtiva composta principalmente por pequenas e médias empresas, e a Fundação Cassa di Risparmio de Bologna.

Brasil-Itália em números - O comércio Brasil e Itália movimentou US$ 7,8 bilhões em 2007, segundo o Ministério Brasileiro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, cifra que foi quase toda atingida no primeiro semestre de 2008. Entre janeiro e junho de 2008, a corrente comercial entre os dois países foi de US$ 4,7 bilhões, valor 27,7% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior.

As importações da Itália cresceram 27%, passando de US$ 2,6 bilhões, em 2006, para US$ 3,3 bilhões, em 2007. As vendas para este país chegaram a US$4,5 bilhões. A participação da Itália na pauta de exportações representou 2,8% do total das exportações brasileiras.

A Itália é o 13º investidor estrangeiro no Brasil. São duas economias complementares, cuja estreita cooperação é reforçada por ações positivas dos dois governos e facilitada pela forte presença da comunidade e da cultura italiana no Brasil. São quase 300 empresas italianas com presença direta no Brasil, número que era de pouco mais de 100 há menos de dez anos.

Nos últimos três anos, mais de 500 empresas italianas foram envolvidas nas iniciativas realizadas pelo ICE no Brasil, que propiciaram cerca de 3 mil encontros de negócios entre contatos institucionais e encontros B2B entre as empresas dos dois países.

Os resultados são notórios: o export italiano para o Brasil, em 2008, cresceu 45%, sobretudo no que diz respeito a bens de capital, que abocanham mais de 60% das importações brasileiras provenientes da Itália. O Brasil representa um mercado importante com condições produtivas vantajosas e grandes empresas já estão presentes no país, como a Fiat e a Telecom Italia. No entanto, também para as menores, relevantes no tecido industrial italiano, existem espaços para joint ventures.

Para Giovanni Sacchi, diretor para o Brasil do Instituto Italiano para o Comércio Exterior, além de importantes acordos comerciais, é preciso aprimorar o fortalecimento e apoio às pequenas e médias empresas, incentivando parcerias entre as indústrias e estimulando a internacionalização. “São iniciativas que, além do aporte de capital, favorecem o desenvolvimento de novos produtos e novos canais de distribuição, assistência técnica compartilhada, transferência de know-how e criação de novas áreas de competência”.

“Acordos comerciais entre os dois países sempre estiveram na pauta de prioridades, havendo promissoras relações comerciais a serem exploradas ao longo dos próximos anos. Convidamos as empresas italianas a olhar o Brasil como um parceiro com suas vantagens em energias renováveis, disponibilidade de recursos naturais e produção de bio-combustíveis” finaliza Sacchi.

. Perfil das empresas e solicitações de inscrições, para os seminários quanto às rodadas de negócios estão disponíveis no site www.ice-sanpaolo.com.br - novo canal de comunicação do ICE no Brasil.

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