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18/10/2008 - 12:15

Brasil valida uso do código eletrônico de produto na cadeia de congelados

Tecnologia acaba de ser testada com sucesso em operação de exportação de frangos. Ganho de produtividade foi de 43 vezes em relação ao código de barras convencional.

O Código Eletrônico de Produto (EPC), tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID), foi desenvolvido nos Estados Unidos há seis anos, em uma iniciativa liderada pela GS1, organização sem fins lucrativos que também administra a numeração do código de barras no mundo. Em face dos resultados iniciais animadores, o padrão foi adotado por grandes redes varejistas, que passaram a exigi-lo de seus principais fornecedores.

No Brasil, os testes começaram há cinco anos, com o estudo da tecnologia e o envolvimento de empresas líderes de mercado. A responsabilidade dos trabalhos ficou a cargo da GS1 Brasil, que criou o Grupo de Trabalho EPC. Periodicamente, o grupo promove seminários e encontros para estudo e discussão da nova tecnologia.

A tecnologia de identificação por radiofreqüência (RFID) vem sendo aprimorada nos últimos anos para atender a demandas criadas por grandes usuários internacionais, como redes varejistas, fabricantes de diversos setores econômicos e até o governo. Estes usuários enxergam a tecnologia como a ferramenta ideal para alcançar novos patamares em automação de processos, integração de sistemas de informação, rastreabilidade e autenticidade de produtos.

Diversos setores já comprovaram a eficácia da aplicação da tecnologia em seus processos, mas sua aplicação em produtos resfriados e congelados ainda não havia sido atestada. Até hoje, não se sabia como o EPC/RFID se comportaria em ambientes com alto índice de umidade, frio e condensação, como em um frigorífico. Para definir questões como estas, a GS1 Brasil conduziu um importante projeto-piloto em parceria com as empresas Frigorífico Flamboiã, Logimasters-Dachser, Edata, Genoa, Motorola, NEC, SEAL e RR Etiquetas. O objetivo do trabalho foi validar a aplicação e performance do EPC/RFID em unidades logísticas resfriadas e congeladas, para identificação serializada de paletes e automação do controle de estoques, além de expedição e registro dos sistemas de rastreabilidade.

Os testes iniciais foram realizados na linha de produção para exportação da Flamboiã – especializada na criação, abate e comercialização de frangos. Foram produzidos e identificados com etiqueta EPC/RFID mais de 18 mil quilos de produtos. As etiquetas foram aplicadas nas caixas de transportes e nos paletes. Dois carregamentos foram efetuados do frigorífico para a Logimasters, que recebeu a carga, armazenou e expediu para o exterior, utilizando portais EPC/RFID.

Resultados preliminares.: 100% de leitura de caixas e paletes submetidos a um ambiente extremamente agressivo, com temperaturas abaixo de 40ºC negativos e grande condensação de umidade sobre equipamentos e etiquetas.

Garantia de rastreabilidade dos produtos e visibilidade dos mesmos a todos os envolvidos nos processos produtivos e comerciais, até mesmo ao consumidor.

Aumento de produtividade nos processos de expedição, recebimento e na integração dos sistemas de informação e rastreabilidade em até 43 vezes. Se comparado a um processo já automatizado com código de barras, onde eram gastos em média 2 minutos e 10 segundos para identificação de 50 caixas de um palete, com a tecnologia EPC/RFID este mesmo processo pode ser feito durante o embarque do produto, ou seja, em menos de 1 segundo, não sendo necessária a interrupção no carregamento.

O Brasil é hoje o maior exportador mundial de carne de frango. No primeiro semestre de 2008, os embarques somaram 1,8 milhão de tonelada, um crescimento da ordem de 19% se comparado com 2007. No mercado externo, a carne de frango brasileira está presente em mais de 150 países, respondendo por quase 40% do comércio internacional. A implantação de um sistema mais moderno e eficaz de identificação e rastreabilidade permitirá ganho considerável de produtividade em toda a cadeia, além de agregar maior confiança por parte de comerciantes e consumidores.

Perfil do EPC - Com o EPC cada item tem o seu próprio número individual codificado em uma etiqueta de radiofreqüência (RFID). Os leitores fazem a captura dessa identificação e são capazes de indicar onde o item está e em quais condições, comunicando-se com bancos de dados remotos pela Internet, obedecendo naturalmente a regras de segurança que protegem esses dados. Com isso, consegue-se a identificação automática e a visibilidade total dos produtos na cadeia de suprimentos.

A utilização do novo sistema oferece uma série de benefícios, como a leitura de itens sem a proximidade do leitor, permitindo, por exemplo, a contagem instantânea de estoque; a melhoria das práticas de reabastecimento com eliminação de itens faltantes e/ou com validade vencida; identificação da localização dos itens em processos de recall; a verificação imediata dos produtos nas prateleiras ou no “carrinho” do varejo.

Perfil do GS1 Brasil - A GS1 Brasil é uma associação multissetorial sem fins lucrativos, cuja missão é implementar e disseminar, em território nacional, padrões para a melhoria das cadeias de suprimentos, colaborando, assim, para o processo de automação, desde a matéria-prima até o consumidor final. A GS1 Brasil é o órgão oficial para o EPC – Código Eletrônico de Produto no Brasil e em âmbito internacional é filiada à EPCglobal Inc. A associação está presente no Brasil desde 1983, e ao longo desse período tem apoiado diversos setores na adoção de sistemas eficientes de rastreabilidade.

Para melhor atender a seus associados, a GS1 Brasil mantém grupos de trabalho que atuam em segmentos como calçadista, materiais de construção, saúde, cadeia da carne, móveis, telecomunicações, algodão, energia e autopeças, entre outros. A entidade também participa e promove eventos em diversas regiões do país, além de oferecer uma extensa grade de cursos gratuitos voltados às áreas de automação e logística. | Site www.gs1brasil.org.br ou pelo telefone (11) 3068 6229.

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