Fiesp se coloca à disposição de comitê organizador da Copa do Mundo de 2014

São Paulo - O presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), Paulo Skaf, colocou a entidade à disposição da organização da Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil. No dia 17 de outubro (sexta-feira), a Fiesp recebeu dirigentes do futebol para discutir quais as necessidades logísticas e de infra-estrutura exigidas para a viabilização da competição.

Na avaliação de Skaf, a crise mundial não prejudicará a Copa, apesar de ainda não se saber sua dimensão, "porque o Brasil tem condições melhores do que outros países, reservas financeiras suficientes, inflação sob controle, empresas e sistema financeiro sólidos".

Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernisconi, estudo feito pela entidade mostrou que nenhum dos 27 estádios de 17 cidades brasileiras, visitados em 2007, atendia as condições exigidas pela Federação Internacional de Futebol ( Fifa) para a realização da Copa do Mundo de Futebol.

“Os requisitos que a Fifa impõe para que um estádio seja local de jogos da Copa do Mundo são muito rigorosos, desde as condições do gramado, dimensões do campo, condições de vestiário, banheiros, conforto e segurança nas arquibancadas etc”, disse Bernisconi. Além disso, a Fifa observa as condições de acessibilidade dos estádios e do país sede do torneio, o que também está aquém das exigências.

Para o presidente do Sinaenco, a realização da Copa no Brasil será uma oportunidade para o país resolver problemas de infra-estrutura que existem e que precisam de solução, mesmo sem a realização do evento. “Estamos nos esforçando, nesse primeiro momento, pois sentimos uma falta de crédito. Há um esforço do Banco Central para compensar isso, o setor financeiro está sendo cobrado e estamos acompanhando muito de perto. Temos que aguardar para termos com clareza como as coisas vão caminhar.”

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, afirmou que, assim que a Fifa escolher as cidades que sediarão os jogos da Copa, em março, será possível fazer uma análise mais detalhada de cada local, para determinar suas necessidades, tanto em termos de estrutura dos estádios, quanto do entorno - como hotéis, transporte, hospitais e aeroportos.

Sobre a possibilidade de São Paulo receber jogos da Copa do Mundo, em dois estádios, Teixeira disse que é preciso, em primeiro lugar, saber quais serão as cidades escolhidas. “A primeira postulação que o comitê organizador local terá de fazer é conseguir que os jogos ocorram em 12 cidades. É difícil conseguir chegar a 12 quando a Fifa quer dez. O que a Fifa já decidiu é que será um estádio por cidade”.

De acordo com ele, nenhuma das cidades visitadas pelo Sinaenco tem estádios em condições para sediar os jogos, mas há perspectivas dentro do projeto elaborado pelo comitê de organização de que, até um ano antes da Copa, as cidades escolhidas terão de ter seus estádios prontos e em condição de receber os jogos. “De forma que não há nenhuma novidade com relação a isso, até porque nenhum país que fez Copa do Mundo, até hoje, tinha condições de fazê-la a sete anos da Copa”.| Por: Flávia Albuquerque /ABr