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21/10/2008 - 09:12

Crise externa provoca elevação dos juros futuros no Brasil, aponta pesquisa da Anefac

Com tendência de alta nas taxas, instituições financeiras reduzem prazos para empréstimos e estão mais atentas ao grau de endividamento do consumidor.

Pelo quinto mês consecutivo todas as taxas de juros das operações de crédito voltaram a ser elevadas, apurou a Pesquisa de Juros referente ao mês de setembro da Anefac - Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. "Estas elevações foram provocadas pela elevação da taxa básica de juros (Selic) ocorrida na reunião do Copom do dia 10/09/2008, que foi elevada de 13,00% ao ano em agosto/2008 para 13,75% ao ano em setembro/2008, bem como pelo agravamento da crise externa que provocou elevação dos juros futuros" explica o coordenador do trabalho e vice-presidente da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira.

Tendo em vista a crise externa, o consumidor brasileiro já começa a sentir seus efeitos. Dados da pesquisa mensal de juros da Anefac demonstram:

1 - Maior seletividade das instituições financeiras no crédito. Estão mais atentas ao grau de endividamento dos consumidores e ao seu comportamento de renda nas novas contratações de empréstimos. Em muitos casos, além de uma maior seletividade, já se observam igualmente maiores restrições aos financiamentos;

2 - Taxas de juros das operações de crédito sendo elevadas e com tendência de alta. Dados da pesquisa de juros de setembro/2008 demonstram que a taxa média de juros das operações de crédito para pessoa física passou de 7,39% ao mês (135,27% ao ano) em agosto/2008 para 7,46% ao mês (137,12% ao ano) em setembro/2008.

Na pessoa jurídica a taxa média de juros passou de 4,27% ao mês (65,16% ao ano) em agosto/2008 para 4,36% ao mês (66,88% ao ano) em setembro/2008;

3 - Redução de 12 meses nos prazos de financiamentos. Exemplos: No caso de veículos os prazos máximos foram reduzidos de 72 meses em agosto/2008 para 60 meses em setembro/2008; e de bens diversos (linha branca, linha marrom, móveis, computadores) o prazo foi reduzido de 36 meses em agosto/2008 para 24 meses em setembro/2008.

No caso dos prazos no segmento de veículos, anteriormente, a maioria dos anúncios era para prazos de 60 a 72 meses. Hoje, os mesmos, são para prazos entre 36 a 48 meses, além das instituições financeiras começarem a exigir entrada de 10% a 20% nos novos financiamentos.

Para financiamento de bens diversos anteriormente a maioria dos anúncios eram para 24 meses. Agora, os mesmos, apresentam em sua maioria prazo de 12 meses.

Pessoa Física - De acordo com a pesquisa, a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,07 pontos percentual no mês (1,85 ponto percentual no ano) correspondente a uma elevação de 0,95% no mês (1,37% em doze meses) passando a mesma de 7,39% ao mês (135,27% ao ano) em agosto/2008 para 7,46% ao mês (137,12% ao ano) em setembro/2008. Esta é a maior taxa de juros média desde novembro/2006.

Pessoa Jurídica-A taxa de juros, média geral, para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,09 pontos percentual no mês (1,72 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 2,11% no mês (2,64% em doze meses) passando a mesma de 4,27% ao mês (65,16% ao ano) em agosto/2008 para 4,36% ao mês (66,88% ao ano) em setembro/2008. Esta é a maior taxa de juros média desde maio/2006.

Taxa de juros x Selic - Considerando todas as quedas e elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidos pelo Banco Central, desde setembro/2005, houve neste período (até setembro/2008) uma redução da Selic de 6,00 pontos percentuais (queda de 30,38%) de 19,75% ao ano em setembro/2005 para 13,75% ao ano em setembro/2008.

Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma redução de 4,00 pontos percentuais (queda de 2,83%) de 141,12% ao ano em setembro/2005 para 137,12% ao ano em setembro/2008.

Nas operações de crédito para pessoa jurídica esta queda atingiu 1,35 pontos percentuais (queda de 1,98%) de 68,23% ao ano em setembro/2005 para 66,88% ao ano em setembro/2008, ficando evidentes que não foram repassadas integralmente todas as quedas da taxa básica de juros.

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