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24/10/2008 - 07:53

VALE atinge recorde de R$ 12,4 bilhões no 3T08, alcança 166%


Resultado que triplica no periodo e demonstra grande solidez financeira, além dos recordes na produção de minério de ferro, pelotas, níquel, bauxita, alumínio, alumina, cobalto e carvão térmico, e de embarques para clientes de minério de ferro e pelotas, alumina, cobre, cobalto e carvão térmico.

Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce (Vale) continuou a apresentar excelente desempenho operacional e financeiro no terceiro trimestre de 2008 (3T08).

O lucro líquido alcançou um novo recorde trimestral, R$ 12,4 bilhões, apoiado em recordes históricos de receita operacional, resultado operacional, geração de caixa e em grande solidez financeira. A desvalorização do real em relação ao dólar americano contribuiu para o aumento do lucro em R$ 2,849 bilhões.

A excelência do desempenho da Vale é demonstrada também pela obtenção de recordes na produção de minério de ferro, pelotas, níquel, bauxita, alumínio, alumina, cobalto e carvão térmico, e de embarques para clientes de minério de ferro e pelotas, alumina, cobre, cobalto e carvão térmico.

Segundo a nota da Companhia, a combinação de solidez financeira, ativos de classe mundial e múltiplas opções de crescimento orgânico nos colocam em posição privilegiada para continuar a buscar a maximização da geração de valor para o acionista no longo prazo.

De acordo com o relatório, não obstante nossa crença nos bons fundamentos de longo prazo dos mercados de minérios e metais, no curto prazo nos defrontamos com um cenário econômico global em que os riscos se elevaram de maneira significativa. Por outro lado, as condições prevalecentes nos mercados financeiros geram oportunidades para criação de valor, facilitando o aproveitamento de diversas oportunidades de crescimento rentável disponíveis para um produtor de grande escala e custo baixo como a Vale.

A Vale também divulgou que de acordo com os riscos e oportunidades, a Vale mantém postura flexível, implementando sua estratégia de crescimento, porém administrando sua produção e execução de projetos de acordo com cuidadoso e contínuo monitoramento da evolução das condições de mercado.

Os principais destaques de nosso desempenho no 3T08 foram: • Lucro líquido de R$ 12,4 bilhões, o maior lucro trimestral na história da Vale, correspondente a lucro por ação de R$ 2,36. • Receita bruta recorde de R$ 21,4 bilhões, 33,4% superior ao valor registrado no 3T07. • Lucro operacional recorde, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), de R$ 10,1 bilhões, 44,7% acima do verificado no 3T07, de R$ 7,0 bilhões. • Geração de caixa recorde, medida pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 11,3 bilhões, 41,9% acima do verificado no 3T07, de R$ 8,0 bilhões. • Recorde trimestral de embarques de minério de ferro e pelotas: 86,604 milhões de toneladas métricas, com expansão de 12,5% em relação ao 3T07. • Recorde trimestral de embarques de alumina (1,163 milhão de toneladas), carvão térmico (451 mil toneladas), cobre (95 mil toneladas) e cobalto (819 toneladas).

• Sólida posição financeira, baseada em forte geração de caixa, recursos em caixa da ordem de US$ 15,3 bilhões, disponibilidade de volume significativo de linhas de crédito de médio e longo prazo e perfil de dívida de baixo risco, com baixa alavancagem, baixo custo, elevada cobertura de juros e longo prazo médio de vencimento. • Remuneração ao acionista recorde em 2008, no valor total de US$ 2,85 bilhões, equivalente a R$ 5,558 bilhões, com aumento de 52,0% relativamente aos US$ 1,875 bilhão pagos em 2007. Pagamento da segunda parcela da remuneração ao acionista de 2008 no valor de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,448 bilhões) a partir de 31 de outubro de 2008. • Investimentos2 de US$ 6,7 bilhões nos primeiros nove meses de 2008, um recorde histórico. Seis projetos concluídos até agora neste ano: Zuhai, Samarco III, Fazendão, Dalian, Paragominas II e Alunorte 6&7. • Em linha com nossos compromissos estratégicos, o investimento em responsabilidade social corporativa nos nove primeiros meses de 2008 alcançou o valor recorde de US$ 580 milhões, com US$ 404 milhões para meio ambiente e US$ 176 milhões em projetos sociais. • Em 30 de setembro de 2008, o somatório de todas as operações com derivativos da Vale apresentavam um saldo positivo (credor) de R$ 62,3 milhões.

Perspectivas dos negócios - “A combinação de dois choques, decorrentes da crise nos mercados financeiros e do aumento dos preços de alimentos e energia, está provocando desaceleração na atividade econômica global à medida em que se reduz significativamente o crescimento dos países desenvolvidos e a expansão dos mercados emergentes perde ímpeto, enfraquecendo a demanda por minerais e metais. A súbita falta de liquidez e a recente intensificação do estresse nos mercados financeiros aumentaram os riscos de uma recessão e, portanto, mitigando o risco de alta dos preços”, afirma a Vale.

De fato, os preços de alimentos e de energia caíram fortemente desde julho, contribuindo para baixar a inflação global e restaurando pelo menos parcialmente o poder de compra dos consumidores. Nos EUA, por exemplo, os preços ao consumidor permaneceram constantes em setembro, indício mais recente de que os preços de energia e a atividade econômica desaquecida concorrem para a estabilização dos preços.

Autoridades governamentais tomaram medidas mais abrangentes para estabilizar as condições nos mercados financeiros, através de uma ação global coordenada para restaurar a confiança nas instituições financeiras.

“ Na Europa, diversos governos agiram para garantir passivos bancários – depósitos e/ou dívidas – e para injetar capital no sistema bancário imediatamente. Nos EUA, o governo anunciou um plano constituído de duas partes seguindo linhas semelhantes: o Capital Purchase Program vai usar US$ 250 bilhões dos fundos do TARP (Troubled Asset Relief Program) para comprar ações preferenciais de bancos americanos e o Temporary Liquidity Garantee Program vai garantir dívidas novas e não garantidas emitidas pelos bancos. Estas ações são encorajadoras dado que a história de crises bancárias revela que quanto mais rápida for a recapitalização dos bancos, menores serão as perdas de produto real e, portanto, seus efeitos recessivos.

Mesmo com a implementação bem-sucedida desses planos, os mercados financeiros deverão continuar pressionados no futuro próximo até que a confiança na precificação de ativos e nos demais participantes do mercado esteja restabelecida. Ademais, é provável que a desalavancagem progressiva dos bancos diminua consideravelmente a expansão do crédito, aumentando os riscos de uma retração mais prolongada da atividade econômica global. Esperamos a continuação da desaceleração econômica global, com o ritmo de crescimento caindo no curto prazo ao nível observado na recessão de 2001. Esperamos que uma recuperação gradual comece no 2S09, com a expansão global voltando à tendência de longo prazo possivelmente apenas em 2010 “, continua a observação.

A Vale afirma que o crescimento das economias desenvolvidas deverá continuar fraco durante o restante de 2008 e o primeiro semestre de 2009. A retomada das atividades na construção residencial e preços mais estáveis do petróleo podem ajudar a criar as bases para a recuperação da economia americana no 2S09. Contudo, esperamos que a retomada do crescimento seja mais lenta do que em ciclos anteriores à medida que a limitação da oferta de crédito permanecerá como um limitador da ativação da demanda doméstica.

“Projetamos desaceleração também das economias emergentes, com expansão abaixo da média durante o 2S08 e início de 2009, antes de se reacelerar ao longo do próximo ano. No entanto, esperamos que o ritmo de crescimento dessas economias fique bem acima da taxa observada na recessão global de 2001, aumentando o hiato de crescimento em relação às economias desenvolvidas”, observa o relatório.

Na visão do relatório da Vale, o crescimento da China, a maior economia emergente, caiu de 11,9% em 2007 para 9% no 3T08, e deverá se enfraquecer ainda mais no restante do ano. A demanda externa líquida será negativamente afetada pelo enfraquecimento econômico da Europa e dos EUA e o aperto do crédito doméstico, implementado pelo governo chinês em 2007 para combater a inflação doméstica, está afetando negativamente a economia.

Dado que a China possui elevado superávit em conta corrente – 11,3% do PIB em 2007 –, o comércio externo é o canal de transmissão dos ciclos de negócio das economias desenvolvidas para a atividade econômica doméstica. Diferentemente de países asiáticos menores voltados para exportação, as exportações chinesas não se constituem no motor de expansão da demanda agregada.

Devido ao porte de sua economia, a demanda externa líquida possui papel secundário no crescimento da demanda agregada. Em 2007, por exemplo, o PIB aumentou 11,9%, dos quais a demanda doméstica contribuiu com 9,4% e a demanda externa líquida com os 2,5% restantes.

Outro elemento importante é a natureza do comércio chinês com o restante do mundo: quase a metade das exportações da China compreende processamento de produtos importados, cujo valor-adicionado é relativamente pequeno. Nesse caso= quando as exportações diminuem há também redução de importações. Tal característica não isola a China de choques externos, mas faz com que a demanda externa líquida seja menos sensível à desaceleração global.

Isso ajuda a explicar a resistência mostrada pela economia chinesa face a recessões passadas no mundo desenvolvido. A economia da China tem sua própria dinâmica e seus ciclos tem mostrado desde o início dos anos 80 forte correlação com a adoção de políticas macroeconômicas para estabilizar a inflação doméstica.

A expansão de crédito tem sido restringida desde 2007, em especial os empréstimos bancários para o setor imobiliário. Com a menor liquidez, as aquisições de imóveis e de terras têm diminuído e os investimentos e construção de imóveis se reduzido. O enfraquecimento das atividades da construção civil tem afetado negativamente a demanda por aço já que, segundo a CISA5, elas são responsáveis por 38% do consumo doméstico de aço.

O mercado imobiliário é muito importante como fonte de renda para os governos locais e para a criação de empregos e crescimento econômico, na medida em que é responsável por 20-25% do investimento em ativos fixos, que representa mais do que 40% do PIB chinês. A desaceleração da construção civil na China é tipicamente um fenômeno cíclico[ na medida em que os fundamentos de longo prazo permanecem muito sólidos.

O desequilíbrio no mercado global existente desde 2003 evidencia a crescente escassez de recursos minerais. A combinação de restrições de natureza geológica com fatores institucionais, riscos e custos impediram uma resposta mais adequada da indústria de mineração aos incentivos de preços. O choque financeiro e a retração da oferta de crédito impõem severas restrições adicionais à expansão da oferta de minérios e metais.

Enquanto as condições adversas do mercado financeiro se constituem em obstáculo ao financiamento de projetos, os preços mais baixos de metais pressionam os produtores de alto custo. A provável redução na produção atual e no desenvolvimento de projetos tende a gerar um viés de baixa sobre os custos operacionais e de investimento, beneficiando produtores com grande escala e de baixo custo como a Vale.

A Vale afirma que possui ampla flexibilidade para explorar diversas opções de crescimento rentável, dada sua solidez financeira, riqueza de recursos naturais, custos competitivos e um longo e bem sucedido histórico em desenvolvimento de projetos. Temos trabalhado durante os últimos anos para aprimorar cada uma dessas dimensões com o intuito de manter nosso compromisso em maximizar o valor ao acionista.

Apesar de continuar acreditando fortemente na solidez dos fundamentos de longo prazo dos mercados de minerais e metais, reconhecemos os riscos presentes no atual ambiente econômico. Por isso, estamos constantemente monitorando a evolução das condições de mercado, mantendo a flexibilidade para gerenciar a execução da nossa plataforma de projetos de acordo com nosso foco na criação de valor ao acionista.

Receita recorde: R$ 21,4 bilhões - A receita operacional bruta da Vale no 3T08 registrou um novo recorde, somando R$ 21,387 bilhões, superando em 13,3% o recorde anterior registrado no 2T08, de R$ 18,884 bilhões, e 33,4% acima dos R$ 16,037 bilhões apurados no 3T07.

Nos nove primeiros meses deste ano a receita totalizou R$ 54,820 bilhões contra R$ 50,863 bilhões no mesmo período de 2007. O incremento na receita de R$ 5,350 bilhões relativamente ao 3T07 foi derivado dos preços mais elevados, R$ 5,683 bilhões, e dos maiores volumes, R$ 1,639 bilhão. A apreciação do real frente ao dólar americano no período6 contribuiu para redução na receita da ordem de R$ 1,972 bilhão.

A queda do preço do níquel simultaneamente à elevação do preço do minério de ferro determinou redução da participação dos minerais não ferrosos na receita total, de 42,2% no 3T07 para 25,5% no 3T08, enquanto que a relativa aos minerais ferrosos passou de 49,0% para 65,8%.

Em termos de distribuição geográfica, 40,6% da receita operacional bruta vieram de vendas para a Ásia, 30,7% das Américas, 24,6% da Europa e 4,1% de outras regiões do mundo.

Considerando as vendas por país, a China é o principal mercado, com participação de 20,1% na receita da Vale, Brasil com 17,8%, Japão com 10,5% e Alemanha com 7,0%.

Lucro operacional recorde: R$ 10,1 bilhões - No 3T08, o lucro operacional, medido pelo EBIT (lucro antes de juros e impostos), alcançou um novo recorde de R$ 10,110 bilhões, R$ 3,125 bilhões acima do registrado no 3T07 de R$ 6,985 bilhões, e R$ 910 milhões acima do recorde anterior obtido no 2T08 de R$ 9,200 bilhões. No 9M08, o lucro operacional alcançou R$ 24,635 bilhões, 1,5% maior que o 9M07 de R$ 24,259 bilhões. A margem EBIT foi de 48,8% no 3T08, 410 pontos base maior do que a margem EBIT registrada no mesmo período do ano passado.

Lucro líquido recorde: R$ 12,4 bilhões - O lucro líquido da Vale no 3T08 atingiu um novo recorde trimestral, chegando a R$ 12,433 bilhões, equivalente a lucro líquido de R$ 2,36 por ação. Houve aumento considerável em relação ao lucro do 3T07, de R$ 4,659 bilhões, representando 166,9%.

Nos primeiros nove meses de 2008, o lucro líquido atingiu R$ 19,259 bilhões, tendo sido 23,5% superior ao lucro do 9M07, de R$ 15,596 bilhões. No período que compreende os últimos 12 meses terminados em 30 de setembro de 2008, o lucro líquido da Vale somou R$ 23,670 bilhões.

A Companhia observa que a desvalorização do real contra o dólar americano no 3T08 teve impacto positivo no lucro de R$ 2,849 bilhões antes do imposto de renda.O efeito da variação cambial sobre nosso lucro se processa através de dois efeitos, balanço e fluxo.

Como a Vale possui uma posição de ativos líquidos em moedas estrangeiras, dado seu caráter de empresa global com investimentos em diversos países além do Brasil, uma desvalorização (valorização) do real em relação ao dólar americano tende a impactar positivamente (negativamente) seu lucro.

Desse modo, dada a desvalorização do real no 3T08, comparando-se as taxas de câmbio vigentes em 30 de junho com 30 de setembro, o efeito via balanço produziu impacto positivo de R$ 2,769 bilhões sobre o lucro antes do imposto de renda.

O efeito fluxo se materializa através do impacto da variação cambial sobre o resultado operacional. Como a maior parte de nossas receitas é denominada em dólares americanos, enquanto que do lado dos custos a moeda predominante é o real, uma desvalorização (valorização) do real tende a gerar efeito positivo (negativo) sobre o lucro.

No 3T08 o efeito líquido das variações cambiais sobre o resultado operacional foi de R$ 80 milhões. Como a desvalorização do real em relação ao dólar americano se deu de forma mais intensa somente em meados de setembro, quase no final do trimestre, sua influência sobre o lucro foi modesta. Entretanto, tudo o mais constante, os novos níveis de taxa de câmbio continuarão a afetar positivamente o lucro nos próximos trimestres.

Enquanto o efeito balanço é pontual, tudo o mais constante o efeito fluxo é contínuo, continuando a influenciar o desempenho do lucro e geração de caixa ao longo do tempo.

Neste trimestre, tivemos receitas financeiras, provenientes da aplicação dos recursos mantidos em caixa, de R$ 467 milhões contra despesas financeiras relativas à nossa dívida da ordem de R$ 747 milhões.

Em 30 de setembro de 2008, o somatório de todas as operações com derivativos da Vale apresentavam um saldo positivo (credor) de R$ 62,3 milhões. A variação da marcação a mercado das operações com derivativos foi negativa, gerando impacto contábil não caixa de R$ 1,177 bilhão no 3T08. Entretanto, como nossas transações com derivativos protegem a estabilidade do fluxo de caixa em dólares americanos e não possuem caráter especulativo, seus resultados positivos ou negativos são compensados por variações de receitas, custos e dívida em dólares americanos na direção oposta.

“O box “Política de Gestão de Riscos” contém uma descrição de nossa política de gestão de riscos e de sua aplicação. O leitor poderá consultar também nota explicativa 7.17 Instrumentos Financeiros – Derivativos contida em nossas Demonstrações Contábeis de 30/09/2008 BR GAAP, arquivada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, frisa.

O efeito fluxo se materializa através do impacto da variação cambial sobre o resultado operacional. Como a maior parte de nossas receitas é denominada em dólares americanos, enquanto que do lado dos custos a moeda predominante é o real, uma desvalorização (valorização) do real tende a gerar efeito positivo (negativo) sobre o lucro.

No 3T08 o efeito líquido das variações cambiais sobre o resultado operacional foi de R$ 80 milhões. Como a desvalorização do real em relação ao dólar americano se deu de forma mais intensa somente em meados de setembro, quase no final do trimestre, sua influência sobre o lucro foi modesta. Entretanto, tudo o mais constante, os novos níveis de taxa de câmbio continuarão a afetar positivamente o lucro nos próximos trimestres.

Enquanto o efeito balanço é pontual, tudo o mais constante o efeito fluxo é contínuo, continuando a influenciar o desempenho do lucro e geração de caixa aolongo do tempo.

Neste trimestre, tivemos receitas financeiras, provenientes da aplicação dos recursos mantidos em caixa, de R$ 467 milhões contra despesas financeiras relativas à nossa dívida da ordem de R$ 747 milhões.

Em 30 de setembro de 2008, o somatório de todas as operações com derivativos da Vale apresentavam um saldo positivo (credor) de R$ 62,3 milhões. A variação da marcação a mercado das operações com derivativos foi negativa, gerando impacto contábil não caixa de R$ 1,177 bilhão no 3T08. Entretanto, como nossas transações com derivativos protegem a estabilidade do fluxo de caixa em dólares americanos e não possuem caráter especulativo, seus resultados positivos ou negativos são compensados por variações de receitas, custos e dívida em dólares americanos na direção oposta.

O box “Política de Gestão de Riscos” contém uma descrição de nossa política de gestão de riscos e de sua aplicação. O leitor poderá consultar também nota explicativa 7.17 Instrumentos Financeiros – Derivativos contida em nossas Demonstrações Contábeis de 30/09/2008 BR GAAP, arquivada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Solidez financeira - A Vale desfruta de uma posição financeira saudável, ancorada em forte geração de caixa, considerável volume de recursos em caixa, disponibilidade de linhas de crédito de médio e longo prazo e endividamento de baixo risco, com baixa alavancagem, baixo custo, elevada cobertura de juros e longos prazos de vencimentos. Diante das condições atualmente prevalecentes nos mercados financeiros, nossa posição financeira sólida nos concede bastante flexibilidade para explorar oportunidades de crescimento baseadas em seus próprios méritos.

Ainda de acordo coma Vale, em 30 de setembro de 2008, tínham uma posição de caixa de US$ 15,260 bilhões. Tal valor representa aumento significativo frente ao saldo de caixa de US$ 2,151 bilhões no dia 30 de junho de 2008, em decorrência da captação de recursos decorrente da emissão de ações concluída em agosto de 2008. O valor líquido recebido com a oferta global de ações foi de US$ 12,06 bilhões.

Dispomos de linhas de crédito de longo prazo com vencimento médio de dez anos, de quase US$ 10 bilhões, concedidas por instituições governamentais de crédito do Brasil e Japão. Tais linhas ainda não foram utilizadas e são destinadas ao financiamento de nosso portfólio de projetos.

Temos disponibilidade de linhas de crédito rotativo de US$ 1,9 bilhão, com vencimento médio de 3 anos, que proporcionam um colchão de liquidez. Até 30 de setembro de 2008 não havíamos utilizado essas linhas de crédito. Nossa subsidiária integral, Vale Inco, emitiu cartas de crédito no valor de US$ 101 milhões contra uma linha de crédito rotativo.

A dívida total da Vale em 30 de setembro de 2008 era de US$ 19,188 bilhões, com prazo médio do endividamento de 9,34 anos e custo médio de 5,76% ao ano. Amortizações de dívida, não incluindo pagamento de juros, previstas para o 4T08 e 2009 são de US$ 146 milhões e US$ 314 milhões, respectivamente, o que representa um percentual muito pequeno de nosso fluxo de caixa operacional.

A alavancagem, medida pela relação dívida total/EBITDA, reduziu-se para 1,0x em 30 de setembro de 2008, frente a 1,2x em 30 de junho de 2008. A relação dívida total/enterprise value em 30 de setembro de 2008 era de 18,5% contra 11,1% em 30 de junho de 2008.

A cobertura de juros, medida pela relação EBITDA/pagamento de juros, se elevou para 15,03x, contra 13,04x em 30 de junho de 2008. Considerando as posições de hedge, 38% da nossa dívida total em 30 de setembro de 2008 estava atrelada a taxa de juros flutuantes, e 62% a taxas de juros fixas,

Investimentos: fomentando o crescimento - A Vale realizou investimentos de US$ 2,718 bilhões no terceiro trimestre de 2008. Deste total, US$ 1,733 bilhão foram utilizados na execução de projetos, US$ 301milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 684 milhões na sustentação das operações existentes.

Nos primeiros nove meses de 2008, a Vale investiu US$ 6,725 bilhões, contra US$ 4,423 bilhões no mesmo período do ano anterior. Do desembolso total no ano, 76% foram destinados para financiar o crescimento: execução de projetos e P&D. Os investimentos em P&D no 3T08 foram compostos por US$ 138 milhões aplicados no programa de exploração mineral, US$ 150 milhões na realização de estudos sobre projetos e US$ 12 milhões para o desenvolvimento de novos processos e tecnologias. Investimos US$ 1,262 bilhão nas operações com minerais não ferrosos, US$ 608 em minerais ferrosos, US$ 425 milhões em logística, US$ 143 milhões em geração de energia, US$ 97 milhões em carvão, US$ 44 milhões em projetos de siderurgia e US$ 140 milhões nos outros segmentos de negócio. Alocados US$ 10,2 bilhões, US$ 1,5 bilhão para P&D e US$ 2,5 bilhões para a sustentação das operações existentes. | www.vale.com

O desempenho dos segmentos de negócios.: Minerais ferrosos – recordes de produção e embarques. No 3T08, atingimos um novo recorde de embarques de minério de ferro e pelotas, que totalizaram 86,604 milhões de toneladas métricas, 12,5% acima do 3T07. A produção recorde neste trimestre nos permitiu atingir esse importante marco.

No 9M08, as vendas de minério de ferro e pelotas alcançaram 239,914 milhões de toneladas métricas, 11,8% acima do registrado no mesmo período em 2007 de 214,587 milhões de toneladas métricas.

O volume de vendas de minério de ferro alcançou 74,645 milhões de toneladas métricas, recorde trimestral, uma alta de 12,4% ante o 3T07. Já os embarques de pelotas foram de 11,959 milhões de toneladas métricas, ante 10,540 milhões no 3T07.

Nos primeiros nove meses do ano as vendas para a China, principal destino de minério de ferro e pelotas, se elevaram para 74,876 milhões de toneladas métricas, respondendo por 31,2% do volume vendido. As vendas para o Brasil, segundo principal destino, representaram 16,1%, Japão 10,2%, Alemanha 7,8% e Coréia do Sul 3,9%.

A receita com o minério de ferro foi de R$ 10,050 bilhões, tendo crescido 70,1% frente ao 3T07 e a de pelotas somou R$ 3,097 bilhões, com aumento de 98,9% no mesmo período. Ambas estabeleceram novos recordes históricos.

Os embarques de manganês no 3T08 foram de 251 mil toneladas métricas, com crescimento de 67,3% em relação ao 3T07, quando a produção na mina do Azul ficou temporariamente paralisada. O volume vendido de ferro-ligas atingiu 95 mil contra 127 mil no 3T07.

A receita total dos negócios com minerais ferrosos foi de R$ 14,071 bilhões, com incremento de 79,0% frente ao 3T07. A variação dos preços foi responsável por aumento de receita em R$ 5,825 bilhões, enquanto que o efeito de maiores volumes de vendas contribuiu com R$ 1,406 bilhões. Por outro lado, a apreciação do real frente ao dólar americano foi responsável por uma redução na receita da ordem de R$ 1,019 bilhões.

A margem EBIT experimentou ampliação, passando de 53,7% no 3T07 para 61,9% no 3T08. O EBITDA dos negócios de minerais ferrosos atingiu R$ 8,781 bilhões, um aumento de R$ 4,428 bilhões, 101,7% acima do registrado no 3T07.

Minerais não ferrosos – recordes de embarques.: No 3T08 foram registrados recordes de vendas de cobre, alumina e cobalto. A receita total com minerais não ferrosos – níquel, cobre, bauxita, alumina, alumínio, potássio, metais do grupo da platina (PGMs), metais preciosos e cobalto – chegou a R$ 5,459 bilhões neste trimestre, 19,3% inferior ao mesmo período do ano passado.

O maior volume vendido contribuiu para um aumento na receita da ordem de R$ 641 milhões. Os menores preço do níquel e a apreciação do real frente ao dólar no período contribuíram para redução na receita de R$ 1,060 bilhão e R$ 883 milhões, respectivamente.

Nos primeiros nove meses do ano a receita com os minerais não ferrosos foi de R$ 17,400 bilhões, contra R$ 24,646 bilhões no mesmo período de 2007. Foram embarcadas 69 mil toneladas métricas de níquel refinado no 3T08, contra 61 mil no 3T07, que geraram receita de R$ 2,262 bilhões no trimestre, contra R$ 3,772 bilhões no mesmo período do ano anterior. Apesar do maior volume de vendas, que contribuiu para um aumento na receita de R$ 262 milhões, o menor preço de venda e a apreciação do real concorreram para diminuição na receita de R$ 1,280 bilhão e R$ 492 milhões, respectivamente.

As vendas de bauxita, alumina e alumínio primário adicionaram R$ 1,546 bilhão a receita bruta total, contra R$ 1,358 bilhão no 3T07. O maior volume vendido e os maiores preços praticados adicionaram a receita R$ 260 milhões e R$ 106 milhões, respectivamente, enquanto que o efeito da variação cambial teve impacto negativo de R$ 177 milhões.

Os embarques de alumínio totalizaram 150 mil toneladas métricas, contra 138 mil registrados no 3T07 e 126 mil no 2T08. As variações trimestrais nas quantidades vendidas devem-se aos efeitos da programação de embarques e suas alterações, dada a estabilidade dos níveis de produção do alumínio. As vendas de alumina totalizaram 1,163 milhões de toneladas métricas, ante 828 mil no 3T07 e 861 mil no 2T08, impulsionadas pelo start-up dos módulos 6 e 7 da Alunorte.

As vendas de cobre neste trimestre totalizaram 95 mil toneladas métricas e se configuraram em novo recorde. A receita gerada com as vendas deste produto foram de R$ 1,039 bilhão, 6,8% inferior a receita registrada no 3T07, de R$ 1,115 bilhão, quando que foram vendidas 76 mil toneladas métricas de cobre.

Os metais do grupo da platina (PGMs), principalmente platina e paládio, produziram receita de R$ 199 milhões no 3T08, em linha com o nível do 3T07, com embarques de 113 mil onças troy, 14,1% superior ao verificado no 3T07.

O potássio e o cobalto tiveram consideráveis aumentos de receita, de 82,2% e 39,0%, somando R$ 170 milhões e R$ 94 milhões, respectivamente. O preço do potássio continua a aumentar, refletindo o forte aumento na demanda por este produto.

Os embarques de caulim produziram receita de R$ 96 milhões, 13,7% abaixo da receita verificado no 3T07. Apesar do maior volume vendido, que adicionou R$ 6 milhões a receita, o menor preço de venda e a apreciação do câmbio concorreram para reduzir a receita em R$ 6 milhões e R$ 15 milhões, respectivamente.

A margem EBIT dos minerais não ferrosos foi de 25,9% neste trimestre, contra 42,2% no 3T07 e 38,2% no 2T08. A queda no preço do níquel, os maiores custos com energia e o aumento na depreciação explicam o estreitamento da nossa margem operacional. A geração de caixa, medida pelo EBITDA, totalizou R$ 2,105 bilhões, contra R$ 3,359 bilhões no 3T07, refletindo a diminuição do preço de alguns produtos, principalmente o do níquel.

Os investimentos nas operações de minerais não ferrosos somaram US$ 1,262 bilhão, tendo sido empregados US$ 862 milhões no desenvolvimento de projetos, US$ 151 milhões em P&D e US$ 249 milhões em manutenção.

Carvão – acima de um milhão de toneladas. A receita com vendas de carvão alcançou R$ 340 milhões no 3T08, dos quais R$ 271 milhões foram relativos ao carvão metalúrgico (semi-hard, semi-soft e PCI10) e R$ 69 milhões ao carvão térmico. Nos nove primeiros meses de 2008, a receita com carvão totalizou R$ 636 milhões.

Pela segunda vez, os embarques de carvão superaram a marca de um milhão de toneladas. A primeira vez foi no 1T08, e neste trimestre eles totalizaram 1,140 milhões de toneladas métricas, dos quais 689 mil de carvão metalúrgico e 451 mil de carvão térmico. As vendas de carvão térmico se constituíram em recorde desde quando começamos a operação dos negócios de carvão. A variação nos embarques trimestrais de carvão é explicada por um embarque de 127 mil toneladas métricas que estava programado para acontecer no 2T08 e foi adiado para este trimestre. Investimos US$ 97 milhões nos negócios com carvão neste trimestre, sendo que US$ 67 milhões foram investidos na expansão de projetos, US$ 21 milhões em P&D e US$ 8 milhões na sustentação das operações existentes.

Carga geral para clientes, houve uma redução de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram movimentadas 8,064 bilhões de tku.

A redução do transporte ferroviário de carga geral é explicada por menores volumes de produtos agrícolas, principalmente grãos, como conseqüência da queda no ritmo das exportações brasileiras.

As principais cargas transportadas foram produtos agrícolas (44%), insumos e produtos da indústria do aço (41,1%), insumos para construção civil e produtos florestais (5,8%), combustíveis (5,1%), e outros (3,9%).

A receita gerada pelos serviços de logística de R$ 1,034 bilhões, comparados a R$ 894 milhões no 3T07, representando um aumento de 15,3%. O transporte ferroviário de carga geral produziu receita de R$ 874 milhões, superior em 15.1% ao 3T07, quando foi registrada receita de R$ 759 milhões. Apesar da queda nos volumes transportados, maiores preços e maior diversificação do mix de produtos possibilitaram o aumento da receita frente ao 3T07.

Os serviços de operação portuária geraram R$ 122 milhões, contra R$ 111 milhões e os serviços de navegação e apoio portuário contribuíram com R$ 23 milhões ante R$ 19 milhões.

No 3T08, a margem EBIT do segmento de logística foi de 21,2%, contra 25,2% no mesmo trimestre do ano passado. O EBITDA totalizou R$ 397 milhões em linha com o 3T07. Foram destinados US$ 397 milhões aos investimentos em logística no 3T08, sendo US$ 214 milhões ao desenvolvimento de projetos, US$ 36 milhões em P&D e US$ 147 milhões em manutenção.

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