Rio de Janeiro é a cidade brasileira que mais investe em educação e conectividade, aponta estudo da MasterCard

Índice MasterCard de Mercados Emergentes 2008™ lista as cidades mais importantes destas economias. A capital fluminense é uma das cinco localidades brasileiras presentes no estudo.

São Paulo– O Rio de Janeiro é a cidade brasileira que mais investe em educação e conectividade, de acordo com o Índice MasterCard de Mercados Emergentes 2008™, que busca avaliar e comparar o desempenho destas localidades nas funções mais importantes que interligam os mercados e o comércio no mundo inteiro.

Dentre as cidades localizadas em economias emergentes, Xangai, na China, é a que possui maior influência no mercado global. Já a China é o país que possui a maior quantidade de cidades presentes no estudo – 15 no total – o que demonstra a crescente importância asiática em uma economia global cada vez mais urbanizada.

Porém o Brasil, rico em recursos naturais e maior da América Latina em dimensão, população e economia, é o país da região que possui mais cidades listadas no ranking, cinco no total: além do Rio de Janeiro, também fazem parte do ranking São Paulo, Brasília, Recife e Curitiba.

Ainda sobre a região latino-americana, ela é a segunda mais bem posicionada no ranking, com 16 cidades, ficando atrás apenas da Ásia, Oriente Médio e África, que possuem 47 cidades listadas, e à frente da Europa, com 12.

Dentre as cidades brasileiras, São Paulo é a mais bem posicionada, em 12° lugar no ranking geral. As outras cidades brasileiras listadas no ranking têm as seguintes posições: Rio de Janeiro (36°), Brasília (42°), Recife (47°), Curitiba (49°).

Outras cidades da América Latina também aparecem bem posicionadas como Santiago, no Chile, em 5° lugar, Cidade do México, no México, em 7°, e Buenos Aires, na Argentina, em 13°.

O ranking é construído por meio da análise de oito dimensões, que contém mais de 100 indicadores. As dimensões são: 1) Ambiente Econômico e Comercial | 2) Crescimento e Desenvolvimento Econômico | 3) Ambiente de Negócios | 4) Rede de Serviços Financeiros | 5) Conectividade Comercial | 6) Educação e TI | 7) Qualidade de Vida Urbana | 8) Risco e Segurança.

São Paulo recebeu destaque, obtendo a 4ª posição no item “Rede de Serviços Financeiros”, categoria que avalia a presença de instituições financeiras internacionais na cidade, os serviços financeiros por ela oferecidos e a quantidade e valores comerciais transacionados; e 5ª lugar no item “Conectividade Comercial”, dimensão que avalia infra-estrutura de aeroportos, centros de convenções, bem como presença de embaixadas internacionais e volume anual de passageiros recebidos pela cidade; o que prova que a cidade é um importante centro financeiro no mercado global.

Segundo o estudo, Curitiba é a cidade brasileira que mais oferece segurança para seus cidadãos, uma vez que está em 4° lugar na dimensão “Risco e Segurança”, que considera indicadores como liberdade de expressão, risco de acidentes naturais e segurança pessoal, na qual Brasília e Recife, empatadas em 6° lugar, também foram destaques.

A Capital Federal, por sua vez, oferece a melhor qualidade de vida dentre as cidades brasileiras pesquisadas, tendo ficado em 6° lugar na dimensão “Qualidade de Vida Urbana”.

Já o Rio de Janeiro é a cidade brasileira com a melhor colocação no item “Educação & TI”, que mede as atividades educacionais na cidade, bem como a conectividade via internet e telecomunicações, ocupando o 25° lugar, à frente de São Paulo (27°).

"O Índice MasterCard de Mercados Emergentes reflete a importância cada vez maior que as cidades de economias emergentes vêm ganhando, tornando-se cruciais para as corporações em todo o mundo que buscam o desenvolvimento sustentado”, explica Carlos Fonseca, Líder de Inteligência de Mercado e Planejamento da MasterCard América Latina e Caribe. “Além disso, este estudo oferece um ponto-de-vista inovador sobre o papel e o potencial de cidades de mercados emergentes no comércio regional e global. O Brasil, com cinco cidades listadas, está ganhando cada vez mais relevância no cenário mundial”.

Um fato relevante levado em consideração para o desenvolvimento do estudo é que o comércio global origina-se e é gerenciado pelos maiores centros urbanos, fazendo com que, desta forma, as cidades - e não os países - sejam os motores do crescimento da economia global e a chave para o sucesso e a longevidade das nações às quais elas pertencem.

“Juntos, os fenômenos de urbanização e globalização tornaram a economia atual mais complexa e dinâmica do que em qualquer outro período histórico – capital, talento, tecnologia e, até mesmo, propriedade intelectual agora estão disponíveis além de fronteiras e nações”, explicou Eduardo Rojas, Especialista Principal em Desenvolvimento Urbano, Capacidade Institucional e Setor Financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e membro do Painel MasterCard do Conhecimento. “Cidades de mercados emergentes estão se tornando mais e mais relevantes para o comércio global e podem prover oportunidades únicas para os negócios em tempos de mudanças econômicas como os que estamos vivendo”.

Índice MasterCard de Mercados Emergentes 2008™.: Rio de Janeiro - A cidade maravilhosa é uma das cinco cidades brasileiras identificadas como centros emergentes de comércio no Índice MasterCard de Mercados Emergentes de 2008. O índice analisa o papel e a importância cada vez mais relevante para o comércio global de 65 cidades localizadas em economias emergentes por todo o mundo e as compara em oito categorias que avaliam sua posição atual e seu potencial de crescimento.

O índice foi compilado a partir de uma extensa pesquisa realizada por um painel independente de estudiosos de universidades renomadas e de institutos de pesquisas ao redor do mundo, especialistas em economia global e desenvolvimento urbano e social.

Índice geral.: A região da América Latina e Caribe é a segunda mais bem posicionada no ranking, com 16 cidades, ficando atrás apenas da Ásia, Oriente Médio e África, que possuem 47 cidades listadas, e à frente da Europa, que possui 12 cidades no ranking.

. O Brasil, rico em recursos naturais e maior país da América Latina em dimensão, população e economia, lidera a região com mais cidades listadas no ranking, cinco no total: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Curitiba.

· O Rio de Janeiro aparece em 36° lugar no ranking geral, a terceira colocação entre as cidades brasileiras, e também ocupa posição de destaque em alguns aspectos, como ambiente financeiro e conectividade comercial.

· As outras cidades brasileiras listadas no ranking são: São Paulo (12°), Brasília (42°), Recife (47°) e Curitiba (49°). Em primeiro lugar, está Xangai, China.

· Outras cidades da América Latina aparecem mais bem posicionadas do que as brasileiras: Santiago, em 5° lugar, e Cidade do México, em 7°.

Dimensão 1 - Ambiente Econômico e Comercial: 20° lugar - Esta dimensão analisa cinco indicadores nacionais, o que significa que todas as cidades brasileiras receberam a mesma pontuação neste item. Os indicadores analisados são: avaliação dos títulos emitidos pelo governo e negociados em moeda estrangeira, facilidade em negociar licensas e em registrar propriedades, comércio além-fronteiras e percepção de corrupção.

· O Rio de Janeiro aparece em 20° lugar na dimensão que analisa o ambiente econômico e comercial, empatado com as outras cidades brasileiras, imediatamente atrás de Santo Domingo, na República Dominicana, em 19º lugar.

· Santiago do Chile é a cidade mais bem posicionada nesta dimensão, em primeiro lugar.

· Outras cidades latino-americanas bem classificadas nesta dimensão são: Cidade do México e Monterrey (9°), Montevidéu (10°), Lima (14°), Bogotá e Medellín (16°).

Dimensão 2 - Crescimento e Desenvolvimento Econômico: 20° lugar - Esta dimensão mede a saúde econômica e o crescimento da economia, cobrindo indicadores nacionais como crescimento do PIB, inversão de investimentos estrangeiros, comércio internacional e crescimento da população urbana. Mas também considera um indicador no nível municipal: porcentagem da população total que vive nas cidades/metrópoles estudadas.

· Nesta dimensão, o Rio de Janeiro destaca-se em 20° lugar, apenas três posições atrás de São Paulo (17°) – a melhor colocada entre as cidades brasileiras.

· As outras cidades brasileiras presentes no estudo ocuparam as seguintes posições: Recife (22°), Curitiba (23°) e Brasília (24°). A primeira cidade nesta categoria foi Xangai, na China.

· Com exceção de São Paulo, somente três outras cidades da América Latina aparecem mais bem posicionadas que o Rio de Janeiro: Santiago (6°), Cidade do México (9°) e Monterrey (18°).

· Outro ponto importante é que as 15 primeiras cidades dessa categoria são chinesas, o que demonstra a força de sua numerosa população e o conseqüente reflexo da economia daquele País no mundo.

Dimensão 3 - Ambiente de Negócios: 26° lugar - Esta dimensão também baseia-se grandemente em indicadores nacionais, como carga tributária corporativa, execução contratual, facilidade em abrir uma empresa, em fechar um empresa e em adquirir crédito. Este ítem também inclui um indicador municipal: facilidade de entrada e saída.

· Entre todas as categorias analisadas, foi nesta que todas as cidades brasileiras estudadas, incluindo o Rio de Janeiro, obtiveram sua menor pontuação.

· Apesar da baixa performance brasileira nesta dimensão, outras cidades da América Latina tiveram destaque nesta categoria, contabilizando seis cidades nas primeiras posições: Montevidéu (3°), Santiago (4°), Cidade do México e Monterrey (7°), Lima (10°) e Buenos Aires (14°).

Dimensão 4 – Rede de Serviços Financeiros: 33° lugar - Esta é a primeira dimensão do Índice MasterCard de Mercados Emergentes 2008 a considerar somente indicadores no nível das cidades estudadas, incluindo: valor total de títulos, recebíveis, derivativos e comodities negociados, rede de serviços financeiros (medida pela presença de bancos, seguradoras e corretoras de investimento) e a regulamentação de taxas de câmbio e atividades bancárias.

· O Rio de Janeiro está na segunda colocação dentre as brasileiras, em 33° lugar, prejudicada pela ausência de bolsa de valores na cidade e conseqüente negociação de títulos, recebíveis, derivativos e comodities.

· Neste item, a cidade brasileira que obteve a melhor pontuação foi São Paulo, em 4° lugar, atrás apenas de Mumbai (1°), Xangai (2°) e Johanesburgo (3°), o que prova que a cidade é um importante centro financeiro no mercado global.

· As outras cidades brasileiras estão posicionadas da seguinte forma: Curitiba (45°), Brasília (49°) e Recife (52°).

· Outras cidades da América Latina que também foram consideradas bem desenvolvidas financeiramente pelo estudo são: Cidade do México (6°), Buenos Aires (10°) e Santiago (15°).

Dimensão 5 - Conectividade Comercial: 32° lugar - Esta categoria também baseia-se grandemente em dados municipais e considera dez indicadores existentes e um criado especialmente para compor este índice, com o objetivo de medir a conectividade das cidades estudadas com outros centros comerciais regionais e do mundo. Dentre os indicadores, estão: volume de passageiros e carga transportados por ar, presença de consulados e embaixadas internacionais, e infra-estrutura de hotéis e centros de convenção.

· Nesta dimensão, mais uma vez, o Rio de Janeiro é a segunda colocada dentre as cidades brasileiras, em 32° lugar no ranking geral, sendo impulsionado principalmente pelos indicadores que consideram a infra-estrutura turística da cidade: número de hotéis pertencentes às 20 maiores cadeias internacionais e em volume de passageiros que pousam na cidade semanalmente.

· São Paulo é a cidade mais bem posicionada da América Latina, em 5° lugar, atrás apenas de Xangai (1°), Bangcoc (2°), Pequim (3°) e Moscou (4°).

· As outras cidades brasileiras aparecem nas seguintes posições: Brasília (45°), Recife (53°) e Curitiba (64°).

· Cidade do México (7°) e Buenos Aires (9°) são as outras duas cidades latino-americanas bem posicionadas nesta categoria, entre as dez primeiras.

Dimensão 6 - Educação & TI: 26° lugar - Com uma mistura de sete indicadores nacionais e três municipais, esta categoria mede a intensidade das atividades educacionais nas cidades pesquisadas bem como seu nível de conectividade tecnológica por meio de Internet e telecomunicações.

· Nesta dimensão, o Rio de Janeiro é a cidade brasileira mais bem posicionada, em 25° lugar, à frente até mesmo de São Paulo (27°), impulsionada principalmente por uma boa performance no indicador que mede o número de escolas de medicina presentes na cidade: 63,64 pontos para o Rio de Janeiro, contra 27,27 pontos para São Paulo.

· As outras cidades brasileiras ocupam as seguintes posições: Curitiba (34°), Brasília (35°), que divide a posição com Bucareste, e Recife (37°).

· As dez primeiras posições deste ranking são ocupadas por cidades chinesas, lideradas por Pequim (1°), Xangai (2°) e Wuhan (3°), que foram beneficiadas por indicadores nacionais como assinantes de banda larga e de telefonia celular e volume de chamadas telefônicas internacionais.

· A cidade latino-americana mais bem posicionada nesta categoria é Santiago, em 21° lugar, também impulsionada por uma boa performance no Índice Educacional do Relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas e no indicador que considera o número de escolas de medicina presentes na cidade.

· Vale ressaltar que todas as cidade latino-americanas estudadas tiveram pontuação entre os primeiros 30% no indicador que utiliza o Índice de Educação do Relatório de Desenvolvimento Humano, realizado pelas Nações Unidas, o que demonstra o bom nível do ensino na região.

Dimensão 7 - Qualidade de Vida Urbana: 16° lugar - Esta dimensão é composta por uma mistura balanceada de indicadores nacionais e municipais, incluindo: liberdade pessoal e nível de censura da mídia, infra-estrutura de saúde, serviços públicos e de transporte, além de recreação e cultura, clima, taxa de mortalidade infantil e expectativa de vida.

· O Rio de Janeiro encontra-se em 16° lugar na sétima dimensão, impulsionado principalmente pela boa performance nos indicadores que medem a liberdade pessoal e de expressão dos habitantes da cidade, suas opções culturais e de entretenimento, boa estrutura de serviços públicos e de transporte, baixa mortalidade infantil e alta expectativa de vida em comparação às outras cidades pesquisadas. A cidade maravilhosa ficou apenas 11 posições atrás da cidade brasileira mais bem posicionada nesta categoria: Brasília (6°).

· As outras cidades brasileiras ocupam as seguintes posições: São Paulo (15°), Curitiba (17°) e Recife (18°).

· Contrariando a tendência das categorias anteriores, nenhuma cidade asiática figura nos 10 primeiros lugares, que contemplam seis cidades latino-americanas, lideradas pelas cidades européias de Budapeste (1º) e Varsóvia (2º).

· Além de Brasília, as cidades latino-americanas mais bem posicionadas nesta categoria são Buenos Aires (3°), Cidade do México e Montevidéu, empatadas na quinta posição e Santiago (5°).

· Onze das 16 cidades latino-americanas pontuaram entre os primeiros 30% no indicador que mede as opções culturais e de entretenimento oferecidas pelas cidades participantes do estudo, reafirmando o característico orgulho latino de sua herança cultural e fazendo dessas cidades ótimos destinos turísticos.

Dimensão 8 - Risco e Segurança: 11° lugar - Composta por cinco indicadores, dois nacionais e três em nível municipal, esta dimensão avalia aspectos como liberdade política e de expressão, segurança pessoal em termos de violência urbana e de desastres naturais e ambiente social.

· No que se refere à segurança e risco de seus cidadãos, o Rio de Janeiro, em 11° lugar, tem a segunda pior avaliação entre todas as cidades brasileiras, atrás apenas de São Paulo, em 15° lugar.

· Curitiba é a cidade brasileira mais segura, ocupando o 4° lugar, atrás apenas de Budapeste (1°), Varsóvia (2°) e Montevidéu (3°).

· Importante notar que nas dez primeiras posições desta categoria encontram-se três cidades brasileiras: Curitiba em 4° lugar e Brasília e Recife, empatadas em 6°.

· Outras cidades latino-americanas bem avaliadas foram Monterrey, também em 6°, e Buenos Aires (7°).

· Medelín, antes considerada a capital latino-americana do narcotráfico, mostra sinais de grande recuperação, posicionada em 36º lugar nesta dimensão, à frente de cidades como Xangai (39º), Moscou (40º) e da capital colombiana, Bogotá (48º).

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