AESIATI prioriza crescimento ordenado do SIA

Para a Associação, a aprovação do Plano Diretor Local dará condições para que a região se desenvolva de maneira ordenada.

Brasília– O crescimento do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), com o desenvolvimento do Varejo e do Atacado, tornou necessária a implantação de mudanças na infra-estrutura da região. Existem hoje quase quatro mil empresas, responsáveis por mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal. Circulam no local mais de 300 mil pessoas por dia.

Diante desse quadro, nos últimos três anos, o SIA recebeu diversas melhorias. Tornou-se Região Administrativa (RA) do DF – o que deu mais autonomia ao local, e começou a ter mais atenção do governo. Mesmo com esses avanços ainda há muito para se fazer. De acordo com Hélio Aveiro, presidente da Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transportes, Cargas e Inflamáveis do DF (AESIATI), com o aumento do fluxo de pessoas e dos negócios realizados na RA, a segurança, o transporte e o ordenamento territorial precisam ser revistos.

Mas para Aveiro, garantir o conforto e a tranqüilidade dos empresários e da população que freqüentam o local exigirá dos governantes um esforço ainda maior. “A AESIATI, junto ao poder público, conseguiu viabilizar algumas obras de revitalização importantes para o crescimento sustentável do SIA. Mas nesse processo, torna-se fundamental a implantação do Plano Diretor Local (PDL), para que se estabeleça o uso do solo de forma responsável”, considera.

O Projeto PDL do SIA já está previsto no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), que ainda está sendo avaliado pela Câmara Legislativa do DF. O seu objetivo é planejar o adensamento populacional, a ocupação e uso do solo, a criação de novos setores, a demanda por serviços públicos e o tráfego. “Portanto, para que haja garantias de que as mudanças ocorrerão da maneira como devem ocorrer, o Plano precisa ser viabilizado”, argumenta Aveiro.

Entre as reivindicações da AESIATI estão as obras das pistas marginais à EPTG, que facilitarão ainda mais o acesso ao SIA. Além disso, a Associação propõe uma revisão da iluminação, com a instalação de braços longos e lâmpadas de 400 watts em todos os setores; a construção de uma parada de ônibus e de um viaduto que fará a ligação com a Quadra 17. “Todas essas propostas visam melhorar a segurança e a circulação de pessoas, desafogar o trânsito e trazer mais conforto para quem trabalha na região”, completa Hélio.

De acordo com o presidente da AESIATI, muito já se avançou no sentido de revitalizar o setor. Diversas obras já estão em execução e outras já foram finalizadas. Entre elas estão a instalação da nova iluminação, a ampliação das faixas da avenida principal do SIA, a criação de retornos com semáforos para a entrada e saída dos trechos 2/3 e 3/4, além do complemento da marginal da EPIA, a partir do semáforo do Cruzeiro até os hotéis do SIA.

“Estas são melhorias essenciais. Contudo, os empresários do SIA sabem da importância em ter um crescimento ordenado. Para que isso ocorra, temos que trabalhar para que o PDL seja aprovado o mais rápido possível. Temos que resolver a situação dos estacionamentos e aprimorar o tráfego da região, que está longe de ser o ideal”, conclui Aveiro.

Perfil da AESIATI – A Associação das Empresas do Setor de Indústria, Abastecimento, Transportes, Cargas e Inflamáveis do Distrito Federal foi criada no dia 8 de dezembro de 2004. O objetivo da entidade é interagir com o governo e outros segmentos sociais e buscar soluções para os problemas modernos do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que surgem em função do crescimento acelerado da região, que já concentra mais de 50% do PIB do DF. Em pouco tempo, o trabalho da AESIATI já rendeu frutos. O SIA tornou-se uma Região Administrativa (RA), ganhou uma Delegacia de Polícia (8ª DP) e os investimentos em infra-estrutura aumentaram, beneficiando, inclusive, os deficientes físicos, que agora têm melhor acessibilidade ao local. A expectativa é continuar articulando as políticas públicas para o atendimento das demandas sociais, para redução da violência, melhoria da qualidade de vida e revitalização do SIA.