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25/10/2008 - 11:52

Com a crise, indústria de Santa Catarina reavalia investimentos para 2009

FIESC defende redução dos gastos públicos e dos juros para evitar parada da economia.

Florianópolis - Os planos de investimentos da maior parte das indústrias catarinenses para 2009 não serão abandonados, mas passarão por revisão, segundo pesquisa realizada pela Federação das Indústrias (FIESC) e divulgada nesta quinta-feira. O levantamento mostrou que 57% das indústrias pretendem investir no próximo ano, mas irão revisar seus projetos, 6% decidiram adiar e 1% optou por cancelar. Por outro lado, 21% das indústrias consultadas informaram que os investimentos estão integralmente mantidos e 15% que não havia previsão de inversão para 2009.

A pesquisa também mostra que 54% das indústrias já sentem algum tipo de prejuízo decorrente da crise, como restrição do consumo ou cancelamento de pedidos, alta das matérias-primas, atrasos de pagamentos ou inviabilidade de negócios devido à alta do dólar. Nesse sentido, a pesquisa apontou que 89% das indústrias são afetadas pela variação do câmbio, um dos fatores mais visíveis da crise atual.

Praticamente uma em cada quatro empresas (24%) respondeu que já sente a restrição ao crédito no mercado interno, enquanto 16% das pesquisadas informaram sentir dificuldades para obter recursos no mercado externo. Entre os problemas apontados estão a escassez de linhas, alta nos custos, redução de limites, demora na liberação de recursos para importação ou problemas nas operações ligadas à exportação e capital de giro.

"Os resultados da pesquisa estão em linha com as sinalizações que tínhamos quanto a reavaliações de investimentos e dificuldades para obtenção de crédito. Como as expectativas futuras dos empresários ficaram muito piores, segundo outra pesquisa divulgada pela FIESC nesta semana, temos um indicativo de que a desaceleração da economia em 2009 poderá ser mais forte do que o esperado no começo da crise", avalia o presidente do Sistema FIESC, Alcantaro Corrêa.

Para ele, são necessárias medidas a fim de evitar a parada da economia. "É hora de reduzir os gastos públicos para que os investimentos como os do Programa de Aceleração do Crescimento não sejam comprometidos. Também é hora de reduzir juros, para evitar que as restrições já sentidas no crédito se agravem, comprometendo ainda mais o desempenho do mercado interno em 2009", avalia Corrêa.

Por outro lado, a pesquisa mostrou que a maior parte das indústrias ainda contam com boas vendas até o final de 2008. Para 60% delas, as vendas de final de ano ficarão dentro do previsto, para 7% irão superar as projeções e para 33% ficarão abaixo das expectativas. Apesar disso e de a crise só ter se agravado no último trimestre do ano, haverá impacto no crescimento das empresas já em 2008. É o que responderam 43% das indústrias, informando que o crescimento projetado não será atingido neste ano.

A pesquisa foi realizada com 88 indústrias de grande e médio porte, entre os dias 8 e 21 de outubro.

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