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25/10/2008 - 12:36

Situação dos fertilizantes preocupa especialistas

O preço dos fertilizantes tem sido colocado, nos últimos meses, como um dos grandes vilões do aumento dos custos de produção de diferentes culturas agrícolas. Isso acontece porque a grande maioria dos fertilizantes usados no Brasil são importados. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, neste ano o país deverá importar 74% do consumo de NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) e 92% da demanda total por potássio. É uma dependência no mínimo perigosa.

Dentro deste contexto, o pesquisador Antônio Marcos Coelho, que trabalha na Embrapa Milho e Sorgo na área de fertilidade de solos, entende que “a busca por fontes minerais e orgânicas alternativas para as condições brasileiras pode ser considerada uma estratégia de segurança nacional”. E a pesquisa agropecuária, entre outros setores, tem trabalhado neste sentido.

Para levantar e apresentar o que está sendo feito nesta área por diferentes instituições e para criar um fórum permanente de discussão, aconteceu em Belo Horizonte nos dias 9 e 10 de outubro o workshop “Novas fontes e novas tecnologias para fertilizantes em Minas Gerais”. Antônio Marcos conta que foram mostradas várias possibilidades durante o evento: “como exemplo, podem-se citar estudos prévios, conduzidos no âmbito da rede AgriRocha, coordenada pela Embrapa, que mostraram que rochas ricas em logopita e em biotita podem fornecer potássio ao solo, mesmo quando aplicados in natura”. Essas rochas, complementa, “têm apresentado potencial promissor para uso como fonte de potássio quando moídas e utilizadas de maneira análoga ao calcário”.

Outro exemplo do que está sendo feito vem das indústrias mineral e metalúrgica de Minas, tradicionais no estado. Segundo o pesquisador, elas “geram diversos co-produtos que têm potencial para uso como fontes de nutrientes na agricultura, o que representa novas oportunidades a serem validadas pela pesquisa”. São possibilidades que devem ser melhor pesquisadas mas que podem, a médio prazo, contribuir para que o Brasil seja menos dependente da importação de fertilizantes para a agricultura. Ou, o que seria ainda melhor, contribuir para que o país torne-se auto-suficiente na produção destes insumos agrícolas.

O workshop foi uma realização da Sectes (Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), por meio do Pólo de Excelência Mineral e Metalúrgico, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo e com o Cetec (Centro Tecnológico de Minas Gerais). Participaram representantes de instituições como as universidades federais de Lavras, Viçosa, Uberlândia e Ouro Preto, as Embrapas Milho e Sorgo e Cerrados (Planaltina-DF), os ministérios de Ciência e Tecnologia e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). /Grão em Grão.

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