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01/03/2007 - 09:58

ALL: volume movimentado cresce 11% em 2006


No ano da bem sucedida integração da Brasil Ferrovias, resultado operacional da ALL cresce 23%, atingindo R$ 591 milhões.

Reconhecida como a maior operadora logística da América Latina, a ALL – América Latina Logística (Bovespa: ALLL11), anuncia os resultados do exercício de 2006, um ano importante na trajetória da empresa, marcado pela aquisição da Brasil Ferrovias – fato que a consolida como a maior empresa com base ferroviária do Brasil. Para fins de comparabilidade, os resultados consolidados não consideram os resultados da Brasil Ferrovias, apresentados separadamente.

A geração de caixa operacional, EBITDAR, (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de vagões) consolidado da companhia, cresceu 22,7% em 2006, passando de R$481,8 milhões, em 2005, para R$591,1 milhões. A receita bruta consolidada subiu 17,4%, de R$1,2 bilhão, em 2005, para R$1,5 bilhão, em 2006. O Lucro Líquido registrado no ano foi de R$ 173 milhões.

O aumento total de volume ferroviário foi de 10,6%, totalizando 22 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU). Esse resultado foi movido por crescimentos nos fluxos intermodais industriais e à ALL Argentina, de 21,9% e 5,9%, respectivamente e, principalmente, por um aumento de 13,4% na movimentação de commodities agrícolas. Somente no 4T06, os volumes aumentaram 12,5%, de 4.867 milhões de TKU, para 5.477 milhões de TKU, enquanto a receita subiu 22,2%, passando de R$292,0 milhões para R$356,7 milhões.

“Mais uma vez, mostramos nossa versatilidade, crescemos significativamente em volume, superando problemas como o protesto de agricultores e câmbio desfavorável, aumentando nossa participação nas cargas agrícolas nos portos e abrindo novos segmentos industriais”, afirma Bernardo Hees, Diretor-Presidente da ALL.

O resultado deve-se, em grande parte, à melhoria nos indicadores operacionais. Foram atingidos novos patamares de produtividade e confiabilidade para vagões e locomotivas, além da melhoria no giro de terminais e km/remunerada dos caminhões. O consumo de diesel foi reduzido em 3% sobre 2005, para o menor da história da companhia, 5,4 litros por mil TKB (tonelada por quilômetro bruto). No ano, foi também alcançado o melhor indicador em segurança operacional, com 12,2 acidentes por milhão de trem/km, contra 82,2 em 1997.

O Lucro Líquido Consolidado, com todos os ajustes e provisões decorrentes da aquisição de Brasil Ferrovias, foi positivo em R$ 76,1 milhões de reais.

Projetos Especiais - No mercado industrial, o crescimento foi acima de 21% em volumes intermodais, principalmente siderúrgico, cargas frigorificadas e containers. No mercado rodoviário, o foco em operações dedicadas garantiu crescimento de 44% no resultado operacional, capturando novas operações nos segmentos de Bebidas (AmBev), Consumo (Unilever) e Automotivo (Renault).

Na Argentina, mesmo enfrentando uma fraca safra de soja, milho e trigo, o volume da ALL cresceu 6%, movido basicamente pela melhoria dos indicadores operacionais. A confiabilidade dos ativos e o nível de segurança tiveram expressiva melhoria no ano. Pela primeira vez, foram fechados contratos de longo prazo com investimentos de clientes como AGD, Iecsa, Agrenco e Cia. Argentina de Granos.

No Brasil, a companhia formalizou diversos contratos comerciais de longo prazo, assegurando novos volumes e investimentos de clientes. Foram inseridos à frota mais de 1.500 vagões, entre novos e reformados, junto a clientes como Bunge, Coamo, Álcool PR, Klabin, Sadia, Votorantim e Ipiranga, além de terminais como o de placas da Masisa, em São Paulo, da Standard, para container, em Cambé e Cascavel, da Meridian, para grãos, em Maringá, e a duplicação do Pasa, para açúcar, em Paranaguá.

Destaque também para projetos como o novo porto em Zarate na Argentina, com capacidade estática de 150 mil toneladas ano, em construção pela Agrenco, que vai permitir melhor escoamento da safra Argentina e Paraguaia, e o Terminal de Grãos Guarujá (TGG), no porto de Santos, com capacidade estática de 240.000 toneladas, construído em parceria entre Bunge, Amaggi e ALL, que melhora a competitividade ferroviária no Porto.

Brasil Ferrovias - Em maio de 2006, a companhia adquiriu as operações da Brasil Ferrovias - concessão dos trechos Ferroban, Ferronorte e Novoeste. A compra foi feita por meio de troca de ações no valor de R$ 1,4 bilhão, o que possibilitou à ALL preservar o caixa para despesas do processo de reestruturação e investimentos necessários na recuperação da malha e ativos que, entre maio e dezembro do ano passado, totalizaram R$ 400 milhões e R$ 120 milhões respectivamente.

No segundo semestre de 2006, já sob a administração da ALL, o EBITDAR da Brasil Ferrovias cresceu 85,6% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 91,9 milhões para R$ 170,6 milhões.

A integração significou para a companhia alcançar o Porto de Santos, maior porto da América Latina. “Hoje, a ferrovia corresponde a apenas 27% de tudo o que é movimentado pelo porto. Em Paranaguá, por exemplo, esta participação é de 60%. Pretendemos transformar esta realidade, melhorar a logística e contribuir para aumentar a participação ferroviária no Porto de Santos”, explica Hees.

“Embora os indicadores operacionais de segurança, condições de via permanente e confiabilidade de locomotivas ainda sejam bastante inferiores em relação àqueles alcançados pela operação no sul do Brasil, já se começa a ver resultados. Acreditamos que este processo de virada operacional será concluído em dois a três anos”, afirma Hees.

Desde 1º de Janeiro, as malhas Sul e Norte começaram a ser controladas conjuntamente no CCO da ALL, em Curitiba. Todas as metas e indicadores estão integrados e, a já partir do primeiro trimestre, os resultados serão anunciados também de forma integrada.

Planos para 2007 - Para dar sustentação ao seu plano de crescimento, a ALL irá investir R$500 milhões em 2007, em toda a sua malha. Serão recuperadas 40 locomotivas e 1.800 vagões da frota morta da antiga Brasil Ferrovias, além da troca de 20 mil toneladas de trilhos. A companhia já formalizou contratos com clientes para 65% da sua capacidade de volume no ano na modalidade de take-or-pay.

Perfil ALL - Maior empresa de logística da América Latina e maior companhia ferroviária do Brasil, a ALL – América Latina Logística possui uma malha de 20.495 mil quilômetros de extensão, que abrange os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Brasil e as cidades de Paso de los Libres, Buenos Aires e Mendoza na Argentina, e opera uma frota de 960 locomotivas e 27 mil vagões, além de cerca de 1,4 mil veículos entre próprios e agregados.

A ALL possui ainda uma estrutura consolidada que conta com mais de 70 unidades espalhadas por cidades do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai e localizadas em pontos estratégicos para embarque e desembarque de carga.

Entre seus principais clientes, estão algumas das maiores empresas do país, como Cargill, AmBev, Unilever, Ford, Votorantim, Scania, Ipiranga e Gerdau. Seus serviços logísticos incluem o desenvolvimento de projetos customizados, movimentação nacional e internacional door-to-door, distribuição urbana, coletas milk run, gestão completa de armazéns, centros de distribuição e estoques. Atende aos mais diversos segmentos: commodities agrícolas e fertilizantes, combustíveis, construção, madeira, papel, celulose, siderúrgicos, higiene e limpeza, eletro-eletrônicos, automotivo e auto-peças, embalagens, químicos e petroquímicos, bebidas, entre outros.

A empresa iniciou suas atividades em março de 1997 como Ferrovia Sul Atlântico, ao vencer o processo de privatização da malha ferroviária sul (PR, SC e RS). Em dezembro de 1998, por meio de um contrato operacional, passou a operar também no trecho sul de SP. Em agosto de 1999 adquiriu as ferrovias argentinas MESO e BAP, dobrando a extensão de sua malha. Em julho de 2001 integrou a totalidade dos ativos e atividades da Delara, dando origem à maior empresa de logística da América Latina.

O lançamento de ações na Bolsa de Valores de São Paulo, em junho de 2004, foi um marco na trajetória da ALL, pois possibilitou a captação de recursos para financiar seu projeto de crescimento. Hoje, é a única empresa de logística que possui capital aberto no Brasil, com práticas de governança corporativa superiores.

Aquisição Brasil Ferrovias - Em maio de 2006, a ALL comprou as operações da Brasil Ferrovias, tornando-se a maior companhia ferroviária do país. Estendeu seu negócio aos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ampliou sua atuação no estado de São Paulo e passou a ter acesso ao Porto de Santos, o mais importante do País.

A aquisição foi feita por meio de uma troca de ações no valor de R$ 1,4 bilhão, e o valor total da operação, considerando-se a dívida líquida da empresa incorporada, foi de aproximadamente R$ 3 bilhões. A Brasil Ferrovias possuía 4,7 mil km de via férrea, 7,8 mil vagões e 280 locomotivas. A história da ALL se repete com a oportunidade de transformar a Brasil Ferrovias numa operação ferroviária viável e contribuir para o aumento da participação da ferrovia na matriz de transporte brasileira. Hoje a participação ferroviária no Porto de Santos está na faixa de 27%, enquanto em Paranaguá, onde a ALL já atuava, o percentual é 60%.

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