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01/03/2007 - 10:01

Reservas internacionais brasileiras ultrapassam os US$ 100 bilhões

Brasília - As reservas internacionais brasileiras ultrapassaram, pela primeira vez, a barreira dos US$ 100 bilhões. O Banco Central divulgou hoje (28) que as reservas – uma espécie de poupança que o país faz para enfrentar eventuais choques econômicos - atingiram US$ 100,3 bilhões, ontem (27).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comemorou, afirmando que "isso torna o país muito mais resistente a essa turbulência internacional que vira e mexe aparece". E lembrou que o mercado financeiro internacional é hoje "poderoso e alavancado", e que por isso o Brasil precisar ter reservas elevadas para enfrentar a situação em caso de fuga de investimentos.

"Com as reservas, estaremos vacinados contra turbulência internacional", garantiu.

Um exemplo do que poderia ser uma turbulência internacional foi a oscilação ontem (27) nas bolsas de valores do mundo inteiro provocada por rumores de que o governo chinês planejaria travar a entrada de investimentos no país. Hoje os mercados amanheceram mais calmos.

No caso do Brasil, Mantega afirmou que solidez da econômica – incluindo as reservas – impediram conseqüências maiores. Mantega afirmou ainda que há espaço para aumentar ainda mais o estoque de dólares. "Essas reservas são altas em relação aquilo que o Brasil teve em relação à história, mas se você for comparar a outros países emergentes, elas podem crescer ainda mais".

Quanto ao preço que o país paga para acumular a moeda estrangeira, Mantega disse que colocando na balança "você paga uma conta um pouquinho mais salgada e tem uma série de benefícios".

As reservas internacionais são compostas por dólares que entram no país fruto das exportações e das aplicações financeiras e também por meio das compras da moeda americana que o BC realiza. Para adquirir os dólares, o BC vende títulos públicos atrelados à taxa Selic, hoje em 13%. Quando aplica os dólares em títulos no exterior, a remuneração é de aproximadamente 5%. O custo da compra de dólares sai para o Brasil a 8%, por isso alguns analistas criticam a política de recomposição de reservas iniciada em 2004 pelo Banco Central.

Mantega afirmou que é graças à segurança dada pelo Brasil de que está imune a turbulências que os países que emprestam ao país hoje cobram taxas mais baixas. "Essa segurança que temos hoje de que a turbulência não nos afeta vale ouro".

Ontem, após audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou que a política de compra de dólares para ampliar as reservas continuará este ano. | Por: Edla Lula/ABr

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