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01/03/2007 - 10:02

PIB do Brasil cresce menos de 3% mas aponta melhora

Rio de Janeiro - A economia brasileira cresceu um pouco mais que o esperado em 2006, mas ainda assim a expansão foi inferior a 3 por cento pelo segundo ano consecutivo.

O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 2,9 por cento no ano passado, levemente acima dos 2,7 por cento estimados por economistas consultados pela Reuters.

O desempenho é um dos piores da América Latina, mas analistas vêem algum alento nos dados do último trimestre que mostram força da demanda interna e preparação de novos investimentos.

Com o resultado de 2006, o crescimento médio anual no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi de 2,6 por cento --mesma taxa do primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, a economia cresceu 2,2 por cento no primeiro semestre e 3,5 por cento na segunda metade do ano.

"O crescimento da economia deu uma acelerada no segundo semestre, com destaque para o último trimestre, o que abre uma perspectiva (positiva)", disse a gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o país deve manter este ano o ritmo de crescimento do final de 2006.

Houve crescimento nos três setores da economia: indústria, agropecuária e serviços. A indústria cresceu 3,0 por cento no ano passado, enquanto o setor agropecuário avançou 3,2 por cento e o setor de serviços teve ganho de 2,4 por cento.

Segundo o IBGE, a demanda interna foi o motor da economia no ano passado. "O consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo foram os dois responsáveis pela formação do PIB no ano passado. Foram favorecidos pelo aumento da massa salarial, pela maior oferta de crédito, pelos juros menores e pelo dólar baixo, que contribuiu para as importações", completou Palis.

Quarto trimestre mais firme - A contribuição da demanda interna no ano passado foi de 4,2 ponto percentual no PIB, enquanto o setor externo teve contribuição negativa de 1,4 ponto.

O consumo das famílias, que cresce há três anos, teve alta de 3,8 por cento, enquanto o consumo do governo cresceu 2,1 por cento em 2006.

A formação bruta de capital fixo, um indicador de investimentos na economia, avançou 6,3 por cento no ano passado --a maior expansão desde 2004.

"Os números mostram uma recuperação importante do consumo no último trimestre e de investimento também. Confirma a expectativa de que a demanda doméstica vai ser preponderante", comentou José Carlos de Faria, economista-chefe para Brasil do Deutsche Bank.

No quarto trimestre do ano, o PIB brasileiro cresceu 1,1 por cento na comparação com o terceiro trimestre. Em relação ao mesmo período de 2005, a expansão da economia nos últimos três meses do ano passado foi de 3,8 por cento.

A arrecadação de impostos sobre produtos subiu 4,4 por cento em 2006. Apenas o aumento nas importações já resultou em crescimento de 23,1 por cento na arrecadação de Imposto de Importação.

Outros impostos também cresceram, como o ICMS (3,4 por cento) e IPI/ISS (4,7 por cento). / Reuters

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